O FARDO DE SER: LEITURA COMPARADA EM “COM LICENÇA POÉTICA” DE ADÉLIA PRADO E “FORÇADAMENTE MULHER, FORÇOSAMENTE MÃE” DE DINA SALÚSTIO E ADÉLIA PRADO
THE BURDEN OF BEING: COMPARED READING IN “WITH POETRY LICENSE” BY ADÉLIA PRADO AND “FORCEDLY WOMAN, NECESSARILY MOTHER” BY DINA SALÚSTIO AND ADÉLIA PRADO
DOI:
https://doi.org/10.29281/rd.v12i23.13453Palavras-chave:
Fardo de ser; Feminina/Feminista/Fêmea; Crônica e Poema; Dina Salústio; Adélia PradoResumo
RESUMO: O presente trabalho consiste em analisar a crônica “Forçadamente Mulher, Forçosamente Mãe” da escritora Dina Salústio e o poema “Com Licença Poética” de Adélia Prado, na busca de comparar o eu lírico presente no poema, o qual reconhece o peso de carregar uma bandeira, o qual vem acompanhado por nascer mulher, e a personagem da crônica que sente o peso do ser mãe e do ser mulher, pois sua infância é interrompida por uma gravidez indesejável. Michelle Perrot (2008, p.69), ressalta que a maternidade “é um pilar da sociedade e das forças dos Estados, torna-se um fato social”, marcando esse processo com uma condição da mulher, ideia que o patriarcado busca manter. Portanto, discutiremos a questão levantada pelo eu lírico sobre “carregar a bandeira” de ser mulher, enquanto que na crônica Paula, passa por situação de violência que obriga ela a ser mulher e mãe, e nessa perspectiva enfatizaremos quais são os enfrentamentos que os textos apresentam que tornam esse “ser” um peso para o sujeito mulher.
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