TODOS SOMOS MESTIÇOS, MAS NÃO SOMOS IGUAIS

A IDENTIDADE CABO-VERDIANA EM A MATRIARCA

Autores

  • Sonia María Chacaliaza Cruz (UESC)

Resumo

O presente artigo tem por objetivo analisar os aspectos culturais que constroem a identidade cabo-verdiana em A matriarca (2017), de Vera Duarte. Discutem-se as concepções de mestiçagem que se elaboram dentro do romance. Por um lado, é vista como superação da herança colonial e é entendida como um sistema social e cultural que promove e permite a convivência harmonia dos cidadãos. Por outro, a mestiçagem também pode ser lida, dentro do romance, como um discurso que mascara algumas práticas coloniais/discriminatórias naturalizadas no imaginário cultural do país. Para tal finalidade, foi necessário o auxílio das teorias pós-coloniais, especialmente das propostas de Stuart Hall (2003, 2006, 2017) e Edward Said (1995, 2005) que versam sobre a construção identitária. Dessa forma, conclui-se que, no romance, a cabo-verdianidade é uma construção cultural e dinâmica da sociedade ora servindo na identificação com o “outro” ora permitindo o reforço de estereótipos discriminatórios historicamente aprendidos.

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Publicado

2023-09-03

Como Citar

Chacaliaza Cruz, S. M. (2023). TODOS SOMOS MESTIÇOS, MAS NÃO SOMOS IGUAIS: A IDENTIDADE CABO-VERDIANA EM A MATRIARCA. Revista Decifrar, 11(21), 123–135. Recuperado de https://periodicos.ufam.edu.br/index.php/Decifrar/article/view/12103

Edição

Seção

ARTIGOS (DOSSIÊ)