REMEMORAÇÕES OSMANIANAS: A PRIMEIRA VIAGEM
Resumo
Estas considerações a respeito de Marinheiro de Primeira Viagem (1963), de Osman Lins (1924 - 1978), examinam contribuições importantes para a escrita de diversos tipos de textos ficcionais, bem como de crítica de Literatura, em categorias como rememoração, espaço e tempo, a partir de experiências de entrevistas com Alain Robbe-Grillet (1922 - 2008), Vintila Horia (1915 - 1992), Michel Butor (1926 - 2016), diálogos com Jean-Louis Barrault (1910 - 1994), referência a Ernest Hemingway (1899 - 1961), da apreciação de obras de Arte Plástica, comentários teóricos sobre técnicas literárias, durante a permanência do escritor na Europa, em 1961. O leitor osmaniano observa uma intensificação reflexiva em obras posteriores a 1963, a reforçar as relações entre memória e plasticidade descritiva, bem como um gradual aprofundamento inquisitivo, na conquista de uma percepção aguçada para aparências do real como matéria de ficcionalização, sem afastar-se totalmente de suas raízes nordestinas, como atestou em composições reunidas em Nove, Novena (1966), ou A Rainha dos Cárceres da Grécia (1976), diferentes projetos narrativos, marcados por hibridismo discursivo. Inserem-se nos debates reflexões de tempos conturbados, para o desenvolvimento desta proposta interpretativa.
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