MÁRCIO SOUZA: ICONOCLASTIA NAS METÁFORAS DA OSTENTAÇÃO

Autores

  • Iná Isabel de Almeida Rafael Silva Universidade Federal do Amazonas - UFAM

Resumo

O presente artigo tem como objetivo primordial desenvolver uma análise da escrita de Márcio Souza sobre o chamado período áureo da borracha na Amazônia, em dois textos exemplares do escritor: a) o livro de ensaios A expressão amazonense, publicado pela primeira vez no ano de 1977, especificamente os capítulos “O período do imperialismo”, “A vida como em Vaudeville” e “Documentaristas da ostentação”; b) o drama As folias do látex, edições de 1976 e 2010. Na primeira obra, o autor, como ensaísta, utiliza a metáfora do teatro para desmitificar a história do fausto na Amazônia; na segunda, como dramaturgo, vale-se do teatro como estratégia para veicular suas desconcertantes metáforas sobre esse mesmo fausto, mostrando o seu caráter fugaz e ilusório. Neste estudo, focalizo as principais metáforas criadas pelo escritor para representar esse período, mostrando como Márcio Souza reescreve a história de um tempo de ostentação, delírio e completa alienação que foi o período da economia gomífera na região, com os ingredientes do humor, da paródia e da iconoclastia, em diferentes gêneros textuais. Em termos teóricos, adoto a abordagem da metáfora conceptual, de Lakoff e Johnson, e a teoria da carnavalização, proposta por Mikhail Bakhtin.

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Como Citar

Silva, I. I. de A. R. (2015). MÁRCIO SOUZA: ICONOCLASTIA NAS METÁFORAS DA OSTENTAÇÃO. Revista Decifrar, 2(4), 77. Recuperado de https://periodicos.ufam.edu.br/index.php/Decifrar/article/view/1060

Edição

Seção

ARTIGOS (DOSSIÊ)