TRABALHANDO O IMAGINÁRIO INFANTIL DA CRIANÇA RIBEIRINHA: um desafio além da sala de aula.
Resumo
RESUMO
Na Amazônia, o rio e a floresta fazem parte da vida do homem ribeirinho, e apresentam-se como elementos fundamentais de sua vida, seu sustento, sua infância, seus medos, seus símbolos, seu imaginário, sua história e sua cultura. É nesse contexto que as águas escuras do rio e a mata absorvem um complexo universo de significados, no qual as crenças, os mitos, o sagrado e os seres sobrenaturais tomam relevância cada vez maior à medida que a criança ribeirinha na busca de explicações para os fenômenos, seu cotidiano e sua concepção de mundo, consegue construir sua ludicidade. Essa pesquisa, assim, buscou analisar o cotidiano da criança do povo das águas negras, especificamente na Comunidade de Sobrado, no Estado do Amazonas, considerando o rio, a floresta e o contexto escolar como espaços e elementos facilitadores na construção do imaginário infantil. Esse estudo se caracteriza como sendo de natureza descritiva e abordagem qualitativa, e tem como estratégia metodológica análise dos dados coletados através da observação e entrevista, a partir dos postulados de teóricos, como Gilbert Durand, Freire, Silva, entre outros, que tiveram como foco de estudo a formação do imaginário, a relevância da ludicidade no desenvolvimento infantil, e a práxis pedagógica. Por conseguinte, esta investigação contribui na construção de um possível caminho para a compreensão da realidade infantil ribeirinha, e como a floresta, o rio e o espaço escolar, podem atuar como elementos fomentadores de sua ludicidade e de seu imaginário. Além disso, o estudo oferece subsídios teóricos aos profissionais da educação preocupados em compreender a realidade amazônica ribeirinha.
Palavras-chave: imaginário, criança ribeirinha, rio, floresta, escola.