RIBEIRINHOS: crimes ambientais podem ser evitados com orientações às comunidades.

Autores

  • Maria Amávia de Souza Campos Universidade Federal do Amazonas - UFAM.

Resumo

As populações ribeirinhas, são povos que vivem nas beiras dos rios e geralmente são extremamente pobres e sofrem com as poluições dos rios e esgoto. As comunidades ribeirinhas vivem em casas de palafitas, as atividades que eles praticam são artesanato e a agricultura. A herança indígena de caiçaras e ribeirinhos se manifesta no principal sistema de cultivo, a roça de mandioca baseada na queima e derrubada da vegetação, seguindo um sistema de rodízio entre áreas cultivadas e áreas em recuperação. A mandioca é utilizada principalmente para se fazer a farinha, através de elaborado e intenso processamento para remover os compostos tóxicos da raiz, o qual geralmente é realizado nas casas de farinha, por vários membros da comunidade (ou da família) trabalhando em conjunto. A pesca é bastante difundida em ambas culturas, ocorrendo geralmente de forma mais artesanal, ou seja, utilizando barcos pequenos (ou mesmo canoas) com pouca autonomia, com tripulação reduzida e baseada em uma economia familiar. As técnicas de pesca são bastante diversificadas, incluindo redes de pesca de vários tipos (espera, arrasto, dentre outras), anzol e linha, espinhel (vários anzóis atados a uma corda), tarrafas e armadilhas diversas, utilizadas para capturar várias espécies de peixes, moluscos e crustáceos. Apesar da variedade de petrechos utilizados, as redes de pesca, principalmente as redes de espera confeccionadas com material sintético (nylon), têm sido muito utilizadas por pescadores caiçaras e ribeirinhos. A popularização dessa técnica possivelmente se deve a seu maior rendimento em relação ao esforço de pesca, pois a rede pode ser mantida na água por várias horas, sem a presença do pescador, que pode se dedicar a outras atividades (ou mesmo utilizar simultaneamente outras artes de pesca).

Palavras-chave: Amazônida; Ribeirinhos; Sobrevivência. 

Biografia do Autor

Maria Amávia de Souza Campos, Universidade Federal do Amazonas - UFAM.

Professora, Advogada e Membro da Sociedade Civil da Comissão Própria de Avaliação – CPA da Universidade Federal do Amazonas – UFAM.

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Publicado

2019-09-03

Edição

Seção

Artigo Original