Avaliação dos Hábitos Miccionais em Idosas com Síndrome da Bexiga Hiperativa.

Autores

  • Helmorany Nunes de Araújo Universidade de Brasília.
  • Patrícia Azevedo Garcia Universidade de Brasília.
  • Lara Borges Gullo Ramos Pereira Universidade de Brasília.
  • Raquel Henriques Jácomo Universidade de Brasília.
  • Liana Barbaresco Gomide Universidade de Brasília.
  • Aline Teixeira Alves Universidade de Brasília.

Resumo

O objetivo desse estudo foi descrever os hábitos miccionais de idosas com síndrome da bexiga hiperativa. A amostra foi constituída por mulheres idosas, com sintomas de bexiga hiperativa, que apresentaram escore final do Questionário de Avaliação de Bexiga Hiperativa (OAB-V8) maior ou igual a 8. As participantes também responderam a um questionário específico sobre os sintomas pesquisados e ao International Consultation on Incontinence Questionnaire Overactive Bladder (ICIQ-OAB). Os dados contínuos foram descritos utilizando medidas de tendência central e de variabilidade, e os dados categóricos foram apresentados em frequência absoluta e percentual. Identificou-se o percentil 25% para pontuação do questionário ICIQ-OAB, possibilitando a categorização das participantes com menos e com mais sintomas de síndrome da bexiga hiperativa. Um total de 100 idosas foram avaliadas, os principais sintomas encontrados foram de pouca frequência de hesitação miccional (3%) e esforço urinário (4%), sintomas de sensação de esvaziamento incompleto e alta frequência de esvaziamento da bexiga mesmo sem desejo miccional (74%). Houve influência do ambiente na escolha da postura adotada ao urinar. As queixas e comportamentos miccionais avaliados não tiveram diferença significativa entre os grupos com menor ou maior pontuação no questionário de sintomas, apenas o grau de incômodo teve diferença significativa, sendo maior no grupo com mais sintomas. Conclui-se que foram encontrados alguns comportamentos na amostra que podem piorar o quadro de sintomas como esvaziar a bexiga mesmo sem desejo miccional e a adoção de posturas que prejudicam o esvaziamento eficaz da bexiga, como, por exemplo, não encostar no assento sanitário.

Palavras-chave: Bexiga Urinária Hiperativa, Incontinência Urinária, Mulheres, Idoso.


ABSTRACT
The objective this study was to describe the voiding habits of elderly women with overactive bladder syndrome. The sample consisted of elderly women with overactive bladder symptoms, who presented a final score of the Overactive Bladder Evaluation Questionnaire (OAB-V8) greater than or equal to 8. Participants also answered a specific questionnaire about the symptoms studied and to the International Consultation on Incontinence Questionnaire Overactive Bladder (ICIQ-OAB). Continuous data were described using measures of central tendency and variability, and categorical data were presented in absolute and percentage frequency. The 25% percentile for the ICIQ-OAB questionnaire score was identified allowing the categorization of participants with fewer and more symptoms. A total of 100 elderly women were evaluated. The main symptoms were: low frequency of voiding hesitation (3%) and urinary stress (4%), symptoms of incomplete emptying sensation and high frequency of premature voiding (74%). There was influence of the environment in the choice of the posture adopted when urinating. The complaints and voiding behaviors evaluated did not differ significantly between groups with lower or higher scores on the symptom questionnaire, only the degree of discomfort had a significant difference, being higher in the group with more symptoms. We concluded some behaviors were found in the sample that may worsen the symptoms such as premature voiding and adopting postures that impair the effective emptying of the bladder, such as not touching the toilet seat.
Key words: Overactive Bladder, Urinary Incontinence, Women, Aged.

Biografia do Autor

Helmorany Nunes de Araújo, Universidade de Brasília.

Mestra pelo Programa de Pós- Graduação em Ciências da Reabilitação da Universidade de Brasília, Distrito Federal, Brasília.

Patrícia Azevedo Garcia, Universidade de Brasília.

Doutora e docente do Departamento de Fisioterapia da Universidade de Brasília, Distrito Federal, Brasília.

Lara Borges Gullo Ramos Pereira, Universidade de Brasília.

Mestranda do Programa de Pós- Graduação em Ciências da Reabilitação da Universidade de Brasília, Distrito Federal, Brasília.

Raquel Henriques Jácomo, Universidade de Brasília.

Doutoranda do Programa de Ciências Médicas da Universidade de Brasília, Distrito Federal, Brasília.

Liana Barbaresco Gomide, Universidade de Brasília.

Doutora e docente do Departamento de Fisioterapia da Universidade de Brasília, Distrito Federal, Brasília.

Aline Teixeira Alves, Universidade de Brasília.

Doutora e docente do Departamento de Fisioterapia da Universidade de Brasília, Distrito Federal, Brasília.

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Publicado

2019-09-03

Edição

Seção

Artigo Original