O AUTO DA COMPADECIDA E A FINITUDE: UMA ANÁLISE FILMICA À LUZ DA LOGOTERAPIA.

Autores

  • Diogo Rogério Carlos Professor e coordenador do curso de Psicologia do Centro Universitário Maurício de Nassau.

Resumo

O AUTO DA COMPADECIDA E A FINITUDE: UMA ANÁLISE FILMICA À LUZ DA LOGOTERAPIA

RESUMO

O objetivo desta pesquisa é analisar, à luz da Logoterapia, os discursos e representações de finitude no filme O Auto da Compadecida. A Obra de Ariano Suassuna que já foi adaptada para o teatro, para a televisão e para o cinema aborda, entre tantos assuntos, a problemática da finitude numa visão nordestina: a visão do humor. A Logoterapia é uma abordagem psicológica criada por Viktor Emil Frankl, um médico psiquiatra de Viena, sobrevivente de quatro campos de concentração nazistas, e autor do best-seller Em Busca de Sentido; sua abordagem tem como fundamento o encontro do sentido na existência humana, considerando a pessoa como um ser tridimensional bio-psico-noético. Apresenta-se no desenrolar da análise fílmica conceitos da Logoterapia, como a tríade trágica (sofrimento, culpa e morte), a tríade valorativa (atitude, vivencia e criação), os pilares logoterapeuticos (liberdade da vontade, vontade de sentido e sentido da vida), a autotranscendência, o autodistanciamento e a vontade de humor, presentes nas narrativas de finitude das personagens. O filme O Auto da Compadecida apresenta sujeitos nordestinos que se percebem e que se posicionam perante a finitude de forma cômica, com fé fervorosa, com atitudes covardes ou heroicas; como escreve Viktor Frankl, na reflexão sobre a morte, as pessoas sentem-se convocados à vida. Aproximando-se também da concepção de ser-para-a-morte de Martín Heideggerd, onde assumir esse posicionamento, não significa pensar constantemente na morte e sim encarar a morte como um problema que se manifesta na própria existência. A análise fílmica tece aproximações entre a Logoterapia e as narrativas e experiências dos protagonistas do Auto da Compadecida diante da finitude e da morte, mostrando que o autodistanciamento e a vontade de humor, que é entre outras coisas, a capacidade de enxergar aquilo que é trágico de forma engraçada, é um recurso especificamente humano-nordestino para autotranscender. 

Palavras-chave: Análise Fílmica; Logoterapia; Finitude; Autodistanciamento; Humor.

 

EL YO DE LA COMPADECIDA Y LA FINITUD: UN ANÁLISIS DE LA PELÍCULA A LA LUZ DE LA LOGOTERAPIA

RESUMEN

El objetivo de esta investigación es analizar, a la luz de la Logoterapia, los discursos y representaciones de la finitud en la película O Auto da Compadecida. La obra de Ariano Suassuna, que ya há sido adaptada para teatro, televisión y cine, aborda, entre muchos temas, la cuestión de la finitud desde una perspectiva nororiental: la visión del humor. La logoterapia es un enfoque psicológico creado por Viktor Emil Frankl, psiquiatra vienés, superviviente de cuatro campos de concentración nazis y autor del best-seller En busca de sentido; Su enfoque se basa en encontrar sentido a la existencia humana, considerando a la persona como un ser biopsiconoético tridimensional. En el transcurso del análisis cinematográfico se presentan conceptos de la Logoterapia, como la tríada trágica (sufrimiento, culpa y muerte), la tríada valorativa (actitud, experiencia y creación), los pilares logoterapéuticos (libertad de voluntad, voluntad de significado y sentido de la vida), la autotrascendencia, el autodistanciamiento y el deseo de humor, presentes en las narrativas de finitud de los personajes. La película O Auto da Compadecida presenta sujetos nordestinos que se perciben y se posicionan ante la finitud de manera cómica, con fe ferviente, con actitudes cobardes o heroicas; como escribe Viktor Frankl, al reflexionar sobre la muerte, la gente se siente llamada a la vida. Abordando también la concepción del ser-para-la-muerte de Martín Heideggerd, donde asumir esta posición no significa pensar constantemente en la muerte sino afrontar la muerte como un problema que se manifiesta en la propia existencia. El análisis fílmico teje similitudes entre la Logoterapia y las narrativas y vivencias de los protagonistas de Auto da Compadecida ante la finitud y la muerte, mostrando ese distanciamiento y el deseo de humor, que es, entre otras cosas, la capacidad de ver lo que Es trágico de una manera divertida, es un recurso específicamente humano del noreste para la autotrascendencia. 

Palabras clave: Análisis cinematográfico; Logoterapia; Finitud; Autodistanciamiento; Humor.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Diogo Rogério Carlos, Professor e coordenador do curso de Psicologia do Centro Universitário Maurício de Nassau.

Mestrando em Psicologia Social pela Universidad de Flores (UFLO) – Buenos Aires, Argentina. Especialista em Logoterapia e Análise Existencial pela UNILIFE (João Pessoa – PB) e em Psicomotricidade pela Faculdade IBRA. Graduado em Psicologia pela Universidade do Vale do Ipojuca (UNIFAVIP) – Caruaru, PE. Professor e coordenador do curso de Psicologia do Centro Universitário Maurício de Nassau. (UNINASSAU) – Caruaru. E-mail: diogorogeriopsi@outlook.com

 

Fonte: Kemel Barbosa (2024).

Downloads

Publicado

2025-10-30