DIÁLOGOS EPISTEMOLÓGICOS NA CONTEMPORANEIDADE: UMA EXPLORAÇÃO CRÍTICA E REFLEXIVA DA PESQUISA QUALITATIVA NA CIÊNCIA SOCIAL.
Resumo
RESUMO
A intrincada relação entre modernidade epistemológica e pesquisa qualitativa é cunhada em uma constante tensão entre tradicionalismo e inovação, na qual os paradigmas epistemológicos sustentam e ao mesmo tempo desafiam as práticas de pesquisa contemporâneas nas ciências sociais e humanas. Este trabalho busca explorar, de forma crítica e reflexiva, os movimentos dialéticos intrínsecos a essa relação, navegando por vertentes filosóficas e práticas metodológicas que se desdobram no que entendemos por pesquisa qualitativa na atualidade. O objetivo principal desta pesquisa consiste em desvelar as tramas nas quais o método qualitativo é construído e reinterpretado na modernidade, buscando compreender como as transformações epistemológicas influenciam e são influenciadas pelos fenômenos sociais contemporâneos. Através de uma metodologia de revisão bibliográfica, com uma abordagem analítica baseada nas obras de renomados teóricos como Bauman, Foucault, Giddens, e Lyotard, este estudo percorre a trajetória histórica e filosófica da modernidade epistemológica, entrelaçando-a com os desenvolvimentos, desafios, e perspectivas da pesquisa qualitativa. Os resultados encontrados apontam para uma complexa interrelação entre o pensar e o fazer científico, ressaltando que as práticas de pesquisa são simultaneamente reflexo e agente das transformações epistemológicas em curso. Este estudo se propõe a ser uma contribuição à reflexão sobre a metodologia qualitativa, ansiando estimular um diálogo profícuo acerca dos desafios e possibilidades futuras inseridos na dinâmica da pesquisa social e humana em um contexto de constante mutação epistemológica e social.
Palavras-chave: Modernidade Epistemológica. Pesquisa Qualitativa. Ciências Sociais. Reflexividade. Metodologia.
ABSTRACT
The intricate relationship between epistemological modernity and qualitative research is coined amidst a persistent tension between traditionalism and innovation, where epistemological paradigms both underpin and challenge contemporary research practices in social and human sciences. This work seeks to critically and reflectively explore the dialectical movements intrinsic to this relationship, navigating through philosophical strands and methodological practices that unfold into what is understood as qualitative research today. The primary aim of this research is to unveil the frameworks within which the qualitative method is constructed and reinterpreted in modernity, seeking to understand how epistemological transformations influence and are influenced by contemporary social phenomena. Through a methodology of bibliographic review, with an analytical approach based on the works of renowned theorists such as Bauman, Foucault, Giddens, and Lyotard, this study traverses the historical and philosophical trajectory of epistemological modernity, intertwining it with developments, challenges, and perspectives of qualitative research. The findings point towards a complex interrelation between scientific thinking and practice, highlighting that research practices are simultaneously a reflection and agent of ongoing epistemological transformations. This study proposes to contribute to reflections on qualitative methodology, aspiring to stimulate a fruitful dialogue about the challenges and future possibilities embedded in the dynamic of social and human research in a context of continuous epistemological and social mutation.
Keywords: Epistemological Modernity. Qualitative Research. Social Sciences. Reflexivity. Methodology.