Aplasia de medula óssea induzida por azatioprina em paciente com lúpus eritematoso sistêmico: relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.60104/revhugv9967Palavras-chave:
Lúpus Eritematoso Sistêmico, toxicidade, azatioprina, mielossupressão.Resumo
A azatioprina é um imunossupressor amplamente utilizado no manejo do Lúpus Eritematoso Sistêmico, sendo indicada para tratamento da anemia hemolítica, trombocitopenia e como manutenção na nefrite lúpica. Entretanto, alguns efeitos adversos estão associados ao uso deste agente, dentre eles a supressão da medula óssea. A leucopenia é a manifestação hematológica mais comum, mas casos de aplasia de medula óssea são descritos na literatura. Relata-se paciente do sexo feminino, 32 anos, com diagnóstico de Lúpus Eritematoso Sistêmico há 7 anos. Evoluiu com febre, hematoquezia, petéquias difusas e pancitopenia. Realizado tratamento antimicrobiano e com granulokine, devido neutropenia febril, além de otimização da corticoterapia, porém sem resposta satisfatória. Biópsia de medula óssea: hipoplasia acentuada das séries granulocítica e eritróide e ausência de megacariócitos. Evoluiu com melhora clínica e laboratorial 30 dias após retirada da azatioprina. Ficou evidenciado que a ocorrência de aplasia de medula óssea secundária ao uso da azatioprina é rara, mas que a suspensão total da droga se faz necessária para recuperação das séries granulocítica, eritrocítica e megacariocítica.
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