Avaliação dos protocolos de higiene bucal nas unidades de terapia intensiva de hospitais públicos e privados
Evaluation of the protocols of oral hygiene in the intensive care units of public and private hospitals
Palavras-chave:
Higiene. Biofilme. Periodontite. Pneumonia.Resumo
Objetivo: Avaliar os protocolos preconizados para a higiene bucal de pacientes internados e intubados nas Unidades de Terapias Intensivas. Métodos: Trata-se de um estudo não-experimental descritivo que utilizou questionários, composto por perguntas fechadas e abertas. A amostra foi de 154 profissionais (55 médicos, 33 enfermeiros e 66 técnicos/auxiliares) de quatro hospitais públicos e privados. Resultados: Afirmaram haver protocolo de higienização bucal para pacientes internados: 43,6% (24/55) dos médicos, 45,5% (15/33) dos enfermeiros e 39,4% (26/66) dos auxiliares/técnicos, sendo 45,8% de instituições públicas e 39% privadas; e para pacientes intubados, 32,7% (18/55) dos médicos, 48,5% (16/33) dos enfermeiros e 31,8% (21/66) dos auxiliares/técnicos, sendo 34,7 e 36,6% de hospitais públicos e privados, respectivamente. A mediana da frequência de higiene bucal para todos os pacientes foi de três vezes, independente da profissão ou instituição. Os procedimentos mais usados, para pacientes internados nas instituições públicas e privadas, respectivamente, foram a escovação dental (45,5% e 28,1%), colutórios (18,2 e 21,9%), e para os pacientes intubados, foi o swab (68 e 70% ). O cloreto de cetilpiridino foi o colutório mais usado para pacientes internados (27,3 e 46,9%) e intubados (32 e 56,7%). Conclusão: Não há diferença entre a conduta de higiene bucal dos hospitais públicos e privados; e os protocolos adotados não estão de acordo com a literatura científica atual. Portanto, é essencial o desenvolvimento de programas educacionais e implementação de protocolos de higiene bucal na rotina hospitalar, visto que é um método eficaz na prevenção da pneumonia nosocomial e associada à ventilação mecânica.