Tumores da Parede Torácica: Uma Análise Retrospectiva

Chest Wall Tumors: Retrospective Analysis

Resumo

Objetivos: Avaliar retrospectivamente as características dos pacientes e as condutas terapêuticas cirúrgicas realizadas em pacientes, que foram submetidos ao tratamento de tumor de parede torácica por um serviço de cirurgia do estado do Amazonas, durante o período de janeiro de 2008 a março de 2017. Metodologia: Trata-se de um estudo retrospectivo da prevalência dos tumores de parede torácica e do perfil dos pacientes incluindo características clínicas e epidemiológicas, complicações, mortalidade e prognóstico. Foram avaliados os tipos histológicos mais frequentes desses tumores e os principais procedimentos terapêuticos realizados, bem como a reconstrução da parede torácica realizada, por meio dos prontuários, de onde foram coletados os dados destes pacientes, acompanhados por uma mesma equipe cirúrgica, atuante em três hospitais da cidade de Manaus (Hospital Universitário Getúlio Vargas, Hospital UNIMED e Hospital Beneficente Português), durante o período de janeiro de 2008 a março de 2017. Os dados foram submetidos a análises estatísticas descritivas, por meio do teste de probabilidade de significância. Resultados: Dos 30 pacientes incluídos neste estudo, 16 (53,3%) eram do sexo feminino e 14 (46,7%) do sexo masculino. A média de idade encontrada foi de 46,7 anos. 23 (76,7%) casos foram considerados benignos e 7 (23,3%) malignos. O tipo histológico mais encontrado foi lipoma (15 casos – 50%), seguido por metástase de câncer de mama (3 – 10%). O tratamento mais frequente foi a toracectomia com reconstrução parietal sem prótese (27 – 90%). Nos casos em que se utilizou prótese (3 – 10%), optou-se por placas de titânio, o STRATOSTM e tela de polipropileno em 2 (6,7%) e apenas a tela de polipropileno em 1 (3,3%). Houve complicações em 4 (13,3%) casos e recidiva em 3 (10%). Entre todos os casos, houve 2 óbitos, que corresponderam a 6,6% da amostra, tendo sido um diagnóstico de carcinoma de alto grau com diferenciação neuroendócrina e um de lipossarcoma de alto grau. Conclusão: Apesar de novas técnicas e tecnologias terem sido incluídas no tratamento de tumores de parede torácica, a mortalidade continua alta em casos de tumores malignos invasivos.