PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DA FORMAÇÃO CONTINUADA SOB O OLHAR DE PROFESSORAS ALFABETIZADORAS
UM ESTUDO NA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE HUMAITÁ-AM
Palabras clave:
Formação continuada, Professoras alfabetizadoras, PlanejamentoResumen
Este artigo traz um recorte do resultado da pesquisa de Mestrado intitulada “A formação continuada de alfabetizadoras e as necessidades dos contextos escolares: um estudo na rede municipal de ensino de Humaitá-AM” (GOMES, 2016), que teve como principal objetivo averiguar se para o planejamento e execução dos cursos de formação continuada é realizado um diagnóstico para o levantamento das reais necessidades das professoras. Esse estudo adotou uma pesquisa descritiva (RUDIO, 2008) de abordagem qualitativa (BOGDAN; BIKLEN, 1994) realizada com um grupo de professoras alfabetizadoras, da rede pública de ensino. Para a obtenção dos dados foi realizada uma entrevista semiestruturada e gravada. De posse dos dados empregou-se a Análise de Conteúdo apoiando-se nos estudos de Bardin (2011). Nesse recorte os resultados revelaram que o planejamento e execução dos cursos de formação continuada consistem em duas categorias de análise: categoria 1 - planejamento e execução da formação continuada que desconsidera as reais necessidades das professoras e categoria 2 - execução da formação continuada a partir do planejamento das instituições formadoras. Conclui-se com base nos resultados, que são desconsideradas as reais necessidades das alfabetizadoras, pois as formações buscam cumprir os objetivos das instituições formadoras. São, portanto, políticas de formação que convergem em práticas consideradas clássicas, as quais se contrapõem às mais novas tendências (crítico-reflexiva e as centradas na escola) enfatizadas no quadro teórico, em relação ao processo formativo, em que se baseiam nas experiências docentes, e não mais em cursos que propõem “pacotes de treinamentos” distante da realidade dos professores.