LINHAS DE FUGA NA FILOSOFIA E NA CIÊNCIA: PARA ALÉM DE MARGENS E FRONTEIRAS DISCIPLINARES
Resumo
Por meio de uma perspectiva histórica das ciências e da própria filosofia, nossa contribuição segue, primeiramente, algumas pistas conceituais sugeridas por Gilles Deleuze e Félix Guattari sobre o conceito de “linhas de fuga”. À semelhança da criação de conceitos trataremos diferentes momentos da filosofia e da ciência sob a ótica de nomadismo como forma de novas composições do pensamento. Nesse debate eclodem vetores de entropia e transversalidade pensados aqui como modos de desterritorialização dos saberes disciplinares. A interdisciplinaridade nos coloca diante de forças intempestivas de criação e nomadismo. Tomando alguns exemplos da história do pensamento ocidental, a discussão proposta atravessa os espaços que oscilam entre conhecimentos oficiais e saberes marginais, bem como a crítica aos argumentos de autoridade e produção de monopólios ainda no crepúsculo da filosofia moderna. O texto chega a seu ápice com a “virada epistemológica”, nos estudos da física quântica e o cenário que a interdisciplinaridade ocupa na dialogia entre as ciências naturais e as ciências sociais.
Palavras-chave: Linhas de fuga; nomadismo; insularidade disciplinar; interdisciplinaridade