TRAJETÓRIA DA PRESENÇA-AUSÊNCIA DO ENSINO DE FILOSOFIA NAS REFORMAS EDUCACIONAIS DESDE OS PORTUGUESES AOS TEMPOS HODIERNOS
Resumo
Este texto visa apresentar, em linhas gerais, a trajetória da presença-ausência da Filosofia enquanto disciplina nas diferentes reformas educacionais adotadas inicialmente pelo governo português, depois pelo governo brasileiro, a partir de sua independência. A Filosofia está presente no Brasil desde o Período Colonial, por meio do sistema escolar jesuíta, permanece sob condições especiais a partir da reforma empreendida por Marquês de Pombal, depois enfrenta momentos de oscilações, ora sendo incluída total ou parcialmente, ora retirada por reformas fundamentadas em concepções consideradas estratégicas para o desenvolvimento do país, como o liberalismo e o positivismo. Enquanto algumas reformas reconheciam o valor histórico-cultural da filosofia enquanto área do saber, mantendo-a como disciplina curricular ou mesmo como disciplina optativa, outras adotaram posturas adversas, retirando-a do sistema escolar, a exemplo do que aconteceu durante as reformas escolares realizadas durante o Período Militar. Essa condição oscilante da Filosofia nos currículos de ensino brasileiro, valorizada teoricamente e desvalorizada na prática, influencia a ação dos professores que atuam diretamente com a Filosofia em nível médio.
Palavras-chave: Filosofia; Ensino de Filosofia; Reforma Educacional; Ensino Médio.