A CONSTRUÇÃO DO CONCEITO DE AMIZADE EM AGOSTINHO: DE UMA EXPERIÊNCIA VIVENCIAL DE “AMIZADE INCIPIENTE” À DEFINIÇÃO DE “VERDADEIRA AMIZADE”

Autores

  • Marcos Roberto Nunes Costa Universidade Federal de Pernambuco - UFPE

Resumo

A amizade é tema recorrente na história da filosofia desde os mais remotos pensadores gregos, mas é com Platão e Aristóteles, e depois com os latinos, notadamente Cícero, que a questão ganha força, sendo este último o primeiro a escrever uma obra específica sobre o tema, o Laelius de Amicitia, que teria grande influência sobre Santo Agostinho, o qual, embora não tenha um escrito específico sobre a questão, muitas são as obras em que a ela se refere, seja para falar de suas experiências vivenciais de amizades, seja do ponto de vista teórico, quando a ela se remonta como instrumento conceitual ao tratar de diversos temas correlatos. Dos relatos de suas experiências vivenciais e especulações teóricas, resulta, em Agostinho, a construção evolutiva de uma concepção de amizade que vai de uma “amizade incipiente”, movida por interesses mundanos, pragmáticos e/ou filosófico-naturais, ao conceito de “verdadeira amizade”, alicerçada, por sua vez, no preceito evangélico da Caridade cristã, o que se conclui que “ama verdadeiramente ao amigo quem ama a Deus no amigo” (Serm., 336, 2), que é a genuína concepção agostiniana de amizade.

Palavras-chave: Agostinho; ‘amizade incipiente’; ‘verdadeira amizade’; verdade e caridade cristãs.

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Biografia do Autor

Marcos Roberto Nunes Costa, Universidade Federal de Pernambuco - UFPE

Pós-doutorado em Filosofia pela Universidade do Porto

Professor efetivo do Departamento de Filosofia da UFPE

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Publicado

2024-12-30

Como Citar

Costa, M. R. N. (2024). A CONSTRUÇÃO DO CONCEITO DE AMIZADE EM AGOSTINHO: DE UMA EXPERIÊNCIA VIVENCIAL DE “AMIZADE INCIPIENTE” À DEFINIÇÃO DE “VERDADEIRA AMIZADE”. PRISMA - Revista De Filosofia, 6(Especial), 41–65. Recuperado de //periodicos.ufam.edu.br/index.php/prisma/article/view/17333