A EXPERIÊNCIA INTERIOR EM GEORGES BATAILLE: A MORTE, A COMUNICAÇÃO, O EROTISMO, O LIMITE
Resumo
Georges Bataille (1897–1962) foi um dos principais representantes da filosofia francesa do século XX. No entanto, até 1962, ano de sua morte, não foi reconhecido em vida enquanto referência literária-filosófica. A notoriedade de seu trabalho se deu, principalmente, após o lançamento — organizado por Michel Foucault (1926–1984) e publicado pela Gallimard — de suas Obras Completas, composta por doze volumes. Esta edição permitiu-nos captar como o pensamento, na obra batailliana, é refletido no fulgor e na potência do instante, o que se evidencia no caráter um tanto fragmentário de seus escritos, e em sua linguagem por vezes violenta e transgressiva. Isto posto, em sua filosofia há a recorrência de temas como a transgressão, o limite, o erotismo e a morte. À vista disso, o presente artigo propõe-se analisar o que Bataille entende por experiência interior, conforme o expõe em obra de mesmo título, originalmente publicada em 1943, e como esse conceito relaciona-se às noções de morte, comunicação e erotismo.
Palavras-chaves: Bataille; experiência interior; não-saber; dispêndio; Nietzsche.