SEMELHANTES INFERIORES: AS MULHERES ENQUANTO GUARDIÃS EM REPÚBLICA V, DE PLATÃO

Autores

  • Vitória Alexandra Silva da Silva Universidade Federal do Pará

Resumo

Este artigo visa, a partir do livro V da República de Platão, tratar da inserção e da função da mulher, no projeto político-pedagógico da kallípolis, que em sua constituição não determina função privativa das mulheres, uma vez que tanto a natureza feminina quanto a masculina, quando aptas, por natureza, podem desempenhar a função de guardiães da cidade, com a ressalva de que a mulher possui uma constituição física mais fraca (Rep. V, 455e). Visa também, a partir do livro II da República argumentar que é a comunhão que vai estabelecer o bem de toda a cidade, portanto, a mulher precisa ter uma educação física e intelectual, tal qual seus pares, que lhe possibilite a excelência e superioridade dada por meio do aprendizado da ginástica e da música (456e). Desta maneira, recorremos a Paulo Butti, que argumenta que a mulher deixa de ser vista como objeto, para ser vista como um sujeito capaz de exercer atividades dentro da pólis. A respeito da tese da inferioridade, utilizamos a tese de Vânia dos Santos, que analisa esta diferenciação a partir da dicotomia entre Soma e Psyché. Além disso, escolhemos tratar brevemente acerca dos antecedentes da ideia de comunidade, assentados no Pitagorismo e no modelo de organização política e familiar espartana.

Palavras-chave: natureza; função; mulheres.

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Publicado

2024-12-15

Como Citar

Silva, V. A. S. da. (2024). SEMELHANTES INFERIORES: AS MULHERES ENQUANTO GUARDIÃS EM REPÚBLICA V, DE PLATÃO. PRISMA - Revista De Filosofia, 6(2), 16–36. Recuperado de //periodicos.ufam.edu.br/index.php/prisma/article/view/15481