AMIZADE: BENEVOLÊNCIA E RECIPROCIDADE NA ÉTICA A NICÔMACO

Autores

Resumo

Este artigo debruça-se sobre o conceito de Amizade, desenvolvido por Aristóteles no livro Ética a Nicômaco, e a sua relação com os conceitos de benevolência e reciprocidade. Partindo do princípio de que na amizade a benevolência precisa ser conhecida, e quando a esta se se acrescenta a reciprocidade, pode-se conceber uma amizade, cujo fim é o prazer ou a utilidade ou o outro em si mesmo, denominado por Aristóteles como amizade pelo prazer, amizade pela utilidade e amizade perfeita. Assim, ao analisar a Ética a Nicômaco, pode-se perceber que o conceito de benevolência é suficientemente amplo para abarcar a forma qualificada de afeição e hábito que existem nas amizades e que envolve não só o querer bem a alguém, mas, fundamentalmente, o que ama e o bem que se dispensa. O conceito de reciprocidade, da maneira como é apresentado pelo filósofo, torna-se imprescindível para a compreensão tanto das amizades entre iguais quanto entre desiguais. Dessa forma, a benevolência e a reciprocidade estão intimamente ligadas para que haja amizade e, uma vez existido, não acabe, isto é, são conceitos que se relacionam e se tornam necessários à categorização e constituição da amizade.

Palavras-chave: Aristóteles; Ética a Nicômaco; amizade; benevolência; reciprocidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

André Luiz Bernardo Storino, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro-UNIRIO

Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Educação-PPGEdu/UNIRIO; Mestre em Educação, Cultura e Comunicação em Periferias Urbanas-FEBF/UERJ; Licenciatura em Filosofia-UCP. Professor-tutor Centro Universitário Augusto Motta - UNISUAM. Professor de Filosofia na Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro - SEEDUC. Integra o Núcleo de Estudos Diferenças, Educação, Gênero e Sexualidades- NuDES. 

Downloads

Publicado

2024-12-15

Como Citar

Bernardo Storino, A. L. (2024). AMIZADE: BENEVOLÊNCIA E RECIPROCIDADE NA ÉTICA A NICÔMACO. PRISMA - Revista De Filosofia, 6(2), 105–127. Recuperado de //periodicos.ufam.edu.br/index.php/prisma/article/view/14526