EDUCAÇÃO E SENTIDO: CHESTERTON E LEWIS EM DEFESA DO MUNDO DAS FADAS
Resumo
Em busca de desenvolver uma experiência de ensino de filosofia apoiada na leitura e interpretação de textos poéticos (literários), fundada na reflexão poética como arte ou ciência introdutória para a formação filosófica, discorremos aqui sobre a imaginação como fonte de conhecimento com base em escritos de G. K. Chesterton (1874 – 1936) e C. S. Lewis (1898 –1963) que não apenas escreveram sobre a importância ou necessidade de seu uso, mas sobre os perigos de ver o mundo como uma máquina sólida em meio a um fatalismo determinista. Procuramos também trazer alguns outros autores que nos auxiliarão na tarefa de mostrar como o mundo moderno é autocentrado, uma vez que a educação do homem não é mais encontrar o sentido ou o logos das coisas. Intentaremos mostrar que os tão desprezados contos de fadas são um antídoto ao subjetivismo quando colocam adultos e crianças na realidade de uma maneira que o discurso direto e descritivo sem as experiências não o faria. Portanto, temos como objetivo neste artigo mostrar que a imaginação não é útil ao ensino de filosofia apenas, mas ela precisa ser desenvolvida, já que é um componente universal da natureza humana.
Palavras-chave: imaginação; sentido; contos de fadas; educação.