INDISSOCIABILIDADE ENTRE O ENSINO DE FILOSOFIA E O EXERCÍCIO DA DEMOCRACIA
A DOCÊNCIA FILOSÓFICA COMO UM ATO DE RESISTÊNCIA
Resumo
O exercício da democracia é o princípio básico para o exercício da filosofia, o que nos leva a afirmar que sem democracia não há filosofia e vice-versa. Neste contexto, o debate público norteado pela práxis democrática tornou a cidade de Atenas como a capital da liberdade grega, o que favoreceu para o nascimento da filosofia no solo ateniense. No escopo do debate sobre esta “vitalidade” democrática, no presente artigo fazemos uma exposição sobre o Ensino de Filosofia como um ato de resistência, ancorado em uma práxis filosófica que “caminha” em uma “via de mão dupla”, com a reflexão fundamentando a ação e a ação sustentando a reflexão. Portanto, o eixo central do texto em tela é a indissociabilidade entre o Ensino de Filosofia e o exercício da democracia. Sendo assim, o objetivo do debate apresentado neste texto é mostrar que o Ensino de Filosofia exercido como um ato político transforma a realidade social de todos os atores envolvidos no processo de ensino-aprendizagem, proporcionando uma conexão entre o exercício da docência e as práticas democráticas (tendo como consequência a indissociabilidade apontada acima). Para que tal indissociabilidade aconteça, faz-se necessário que a Filosofia seja uma disciplina obrigatória no Ensino Médio, na perspectiva de uma contribuição significativa e relevante para a formação da juventude, na busca por uma educação de qualidade.