ADOLESCÊNCIA: SINTOMA E SUBJETIVAÇÃO
Resumo
Este trabalho traz ao debate um estudo introdutório sobre a adolescência, período etário da grande maioria dos estudantes de ensino médio. O objetivo é analisar o conceito de adolescência e as distinções conceituais de “sintoma social” e de “subjetivação”. A problemática parte da seguinte questão: por que a fase da adolescência, tende a prolonga-se na vida do jovem favorecendo a formação de um sujeito com tendências a não saber responsabilizar-se por suas próprias escolhas? Metodologicamente segue os passos de uma pesquisa básica cuja revisão bibliográfica parte de uma abordagem conceitual na obra “Emílio ou Da Educação” de Jean-Jacques Rousseau (1995) dialogando com alguns aspectos genealógicos em Michel Foucault (2011; 2014). O referencial teórico sustenta as noções de “adolescência”, de “sintoma social” e de “subjetivação”. Nesse sentido, a reflexão sobre a adolescência perpassa pela história das sociedades ocidentais e, pelo modo como os estudiosos definem o fenômeno do adolescer. Assim, fazendo uso das noções de “conhecimento de si” e “cuidado de si” em Michel Foucault, é possível compreender a adolescência como uma possibilidade de ser um novo sujeito, reelaborado por si mesmo, que se pensa e se faz, desfaz-se e se refaz, mesmo diante de tantas sujeições sociais que nosso tempo se lhes impõem. O conhecimento de si, articulado ao cuidado de si, possibilita o governo de si e dos outros, estabelecendo, então, laços sociais e referências aos ideais culturais.
Palavras-Chave: Adolescência. Sujeito. Subjetivação.