O CAMPO ETNOGRÁFICO ONDE COMEÇA? ONDE TERMINA? AS POSSIBILIDADES DA ESCRITA ETNOGRÁFICA
Resumo
O cerne da discussão aqui proposta versa sobre a seguinte indagação: Onde começa o trabalho de campo? Ou seja, a chamada observação participante ou, como muitos antropólogos tentaram e tentam conceituar, reconceitualizar como "presente etnográfico", "momento etnográfico", "contexto etnográfico". Em que momento do trabalho de campo inicia-se este "rito" tão emblemático. Outras questões a serem problematizadas versam sobre: O campo começa onde mesmo? Na "aldeia"? Numa "comunidade tradicional"? Ou na esquina a espera de um ônibus? Na beira de um rio dentro de um flutuante a espera de um barco de viagem para leva-lo em busca de "águas profundas"? Ou numa estrada de chão de terra vermelha no meio da Amazônia, onde o que se vê é apenas as luzes do automóvel no qual você estar de carona? O presente ensaio se propõe a estabelecer um diálogo com algumas perspectivas etnográficas no que concerne às suas descrições relativas a construção do trabalho de campo. Nesse sentido, este texto não se configura enquanto um trabalho antropológico acabado, o interesse aqui é apenas construir uma fala como um deslocamento, para depois problematiza-la sobre o campo e a relações de pesquisa construídas no campo.
Palavras-chave: campo etnográfico, etnografia, Antropologia.