A ALCALINIDADE PODE SER UTILIZADA PARA ESTIMAR A CONCENTRAÇÃO DE CARBONO INORGÂNICO DISSOLVIDO NO RIO AMAZONAS?

Autores

  • Irene Cibelle Gonçalves Sampaio Universidade Federal do Oeste do Pará - UFOPA
  • José Mauro SouSa Moura Universidade Federal do Oeste do Pará - UFOPA
  • Zhaohui Aleck Wang Pesquisador Associado no Woods Hole Oceanographic Institute/ WHOI
  • Max Holmes Cientista Senior e diretor do Woods Hole Research Center/ WHRC
  • Allan Magalhães Universidade Federal do Oeste do Pará - UFOPA
  • Rafael Muniz Universidade Federal do Oeste do Pará - UFOPA
  • Rardiles Branches Ferreira Universidade Federal do Oeste do Pará - UFOPA

Resumo

 Este trabalho analisou concomitantemente as concentrações de carbono orgânico (COD) e inorgânico (CID) dissolvidos no Rio Amazonas no Estreito de Óbidos. As amostragens foram realizadas mensalmente de janeiro a dezembro de 2015. Observou-se que a alcalinidade é composta por cerca de 19 ± 11% compostos não carbonatos. Utilizando-se da concentração de CID e pH estimou-se que a pressão parcial de CO2 (pCO2 ) foi em média 4691± 1135 µatm, a concentração de bicarbonato (HCO3) no rio foi em média 316±71 µmol.L-1 e a concentração de CO2 dissolvido (CO2*) foi 135±35 µmol.L-1. Os valores de pCO2, HCO3 e CO2* calculados com base na alcalinidade e no pH apresentaram valores médios de 7133 ± 2758 µatm, 375 ± 50 µmol.L-1 e 215 ± 50 µmol.L-1 respectivamente. Os valores estimados com baseada na alcalinidade e foram estatisticamente diferentes dos valores concentrados com o uso da concentração de CID (teste T pareado). Portanto, no canal principal do Rio Amazonas, a alcalinidade não é um parâmetro robusto na estimativa de pCO2 ou espécies químicas de CID. Os valores de todos os parâmetros analisados são semelhantes aos encontrados na literatura, sugerindo que não as transformações que vêm ocorrendo ao longo da bacia de drenagem, a monte de Óbidos, não foi suficiente para alterar as concentrações de CID e COD em larga escala

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Publicado

2019-01-03

Edição

Seção

Artigos