UM OLHAR SOB AS AÇÕES DE ESTADO E SUAS CONSEQUÊNCIAS NO MODO DE VIDA DAS COMUNIDADES TRADICIONAIS ENVOLVIDAS EM CONFLITO PELA TERRA

O CASO NOSSA SENHORA AUXILIADORA DO RIO IPIXUNA

Autores

  • Jordeanes do Nascimento Araújo Universidade Federal do Amazonas - UFAM
  • Filipe Ferreira Melo Universidade Federal do Amazonas - UFAM

Palavras-chave:

Mapeamento social, “Comunidades tradicionais”, Políticas Agrárias e conflitos

Resumo

Este trabalho é fruto de um estudo antropológico de mapeamento social no Sul amazônico. Foi objeto de estudo a “comunidade” Nossa Senhora Auxiliadora do Rio Ipixuna, localizada as margens da BR 230 – Transamazônica do Rio Ipixuna, em Humaitá-AM. Objetivamos analisar os conflitos sociais gerados a partir da implementação de políticas agrárias frente aos povos amazônicos, para além compreender os dilemas por eles vivenciados, e ainda analisar a relação Estadocomunidade e investigar os impactos sociais em seus modos de vida. Optamos por uma abordagem qualitativa por se tratar de uma pesquisa na área das ciências sociais; usamos como instrumentos a entrevista aberta, com gravação em áudio e roteiro de entrevista. O trabalho de campo nos possibilitou escutar as vozes dos sujeitos intrínsecos a vida social da “comunidade”, bem como dos próprios sujeitos, e não só escutar, mas poder ver como é a vida dessa “comunidade”. As políticas de Estado têm afetado a “comunidade” Nossa Senhora Auxiliadora do Rio Ipixuna, as consequências dessas políticas incoerentes são perceptíveis nos conflitos pela posse de terra, pois os comunitários não possuem títulos de suas propriedades como prevê as políticas de PAE e isso causa desconforto e estranhamento entres os moradores da “comunidade”; Em suma, esta pesquisa se deu através de uma análise reflexiva, compreendendo a dinâmica social em que está envolvida a “comunidade”, isso contribui para o reconhecimento e valorização dos povos e “comunidades tradicionais” do sul amazônico, criando coalizão ao senso comum que tende a reduzir povos e “comunidades” como parte da natureza. 

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Publicado

2019-01-03

Edição

Seção

Artigos