PROTOCOLO DE AMOSTRAGEM DE AVES EM PARCELAS RAPELD
Palavras-chave:
avifauna, monitoramento da biodiversidade, pontos fixos, pontos de escuta, redes de neblina, PPBio.Resumo
O monitoramento da biodiversidade é importante para entender mudanças ao longo do tempo e espaço, sendo esse um dos propósitos do sistema RAPELD. Para garantir a confiabilidade dos dados, é fundamental a padronização dos métodos de coleta para cada grupo taxonômico investigado. As aves são ótimos modelos para estudos ecológicos, sendo diversas espécies indicadoras de qualidade ambiental. Este trabalho visa padronizar a coleta de dados sobre aves em parcelas RAPELD através da atualização do protocolo para levantamento de aves de sub-bosque por meio dos métodos de captura com redes de neblina e incorporando o método de amostragem da avifauna por meio de pontos fixos. O protocolo para a amostragem de aves de sub-bosque com redes de neblina descreve a distribuição de 13 redes de 10 metros por parcela e orienta os ajustes para redes de diferentes tamanhos, além de especificar os dados que devem ser coletados para cada ave capturada, como medidas morfométricas e informações de anilhamento. O protocolo também inclui sugestões práticas para o sucesso da amostragem. Quanto ao método de pontos fixos, estabeleceu-se a posição de um ponto central por parcela (distância 125 m), com 10 minutos de amostragem por ponto, sendo realizado até cinco pontos diários (um por parcela), iniciando ao amanhecer e com o menor intervalo de tempo possível entre pontos. A coleta padronizada de dados, mesmo com diferentes pesquisadores e objetivos, permite criar séries de dados que podem ser utilizadas em pesquisas futuras, facilitando a integração científica e comparação entre diferentes regiões do Brasil.