PROTOCOLO PADRONIZADO DE AMOSTRAGEM DE ANUROS, LAGARTOS E SERPENTES EM MÓDULOS RAPELD
Palavras-chave:
Amazônia, Mata Atlântica, Herpetofauna, Monitoramento, Delineamento.Resumo
Este protocolo visa otimizar a eficiência das amostragens e garantir a padronização dos dados coletados, permitindo que os estudos de herpetofauna terrestre realizados nas diferentes regiões do Brasil sejam comparáveis entre si, em termos de esforço e demais parâmetros de amostragem, com elevado grau de confiança científica. Nos diferentes sítios do PPBio, foram implementados os módulos e grades do método RAPELD visando a coleta de dados padronizados e permitindo a comparação entre os sítios. As amostragens de anuros e de serpentes foram unificadas em um único protocolo, já que ambos podem ser amostrados durante a época chuvosa de forma simultânea em monitoramentos noturnos. Já os lagartos, são amostrados no período diurno na estação seca. Cada parcela deverá ser amostrada três vezes por estação. Em áreas comparativamente mais remotas a amostragem deverá ser feita em três dias consecutivos na estação daquele ano de acordo com o grupo focal correspondente. Nas parcelas, devem ser aplicados os métodos de amostragem ativa nos períodos diurno e noturno, como a busca ativa, o registro auditivo e a revirada de serrapilheira. O uso de um método padronizado para o monitoramento da herpetofauna é essencial para a obtenção de dados em larga escala e em longos períodos. Permite a comparação entre diferentes ecossistemas e ambientes com distintos níveis de influência humana, além de viabilizar a realização de estudos contínuos e replicáveis em diferentes locais e épocas. Os resultados devem ser comparáveis não apenas entre biomas no Brasil, mas também entre biomas brasileiros e ecossistemas de outros continentes.