Distopia: atualizações e permanências em obras audiovisuais ficcionais seriadas
Abstract
As séries televisivas ficcionais apontam para marcas de um tempo reveladas por realidades distópicas e medos associados aos temas e ambiências representados nas obras audiovisuais. O gênero ficção científica atualiza as representações desses medos, mas também investe na permanência de imaginários associados à relação dos sujeitos com os dispositivos e artefatos da cultura digital. Este artigo procura explorar, pela análise do discurso, como se manifestam essas atualizações e permanências ficcionais distópicas em três obras acessíveis na plataforma de streaming Netflix: Black Mirror (2011), 3% (2016) e AlteredCarbon (2018). As considerações finais apontam para a permanência do medo acionado pela substituição do humano pela máquina e para a atualização dos sentidos de aguçamento das diferenças sociais corroboradas pelos dispositivos tecnológicos.
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