CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES: OS SISTEMAS HÍBRIDOS
Resumo
Com a finalidade de discutir o modelo colaborativo, enquanto forma ideal de aproveitamento da criatividade nas organizações, o presente artigo tece considerações e apresenta casos de empresas em que foi possível atenuar o papel que o poder tem nas organizações e de reduzir a procura de estatuto através da via hierárquica. São exemplos interessantes para uma outra forma de estruturação, baseada na descentralização, trabalho em equipa, eliminação de barreiras verticais e horizontais, e desenvolvimento de processos colaborativos baseados em projetos, permitindo melhorar o alinhamento de gestão.
No polo oposto, o modelo mecanicista apoia-se na hierarquia e na gestão das recompensas individuais, com objetivos indexados a prémios e pontos na avaliação de desempenho, perdendo-se a noção do coletivo e dificultando a emergência da criatividade. Como grande parte da realidade das empresas se situa entre ambos os polos, é difícil apresentar modelos organizacionais alternativos, como as organizações colaborativas, preferindo-se a conceção de modelos híbridos em que a organização colaborativa coexiste com a burocrática.
Na investigação realizada a conclusão geral foi a de que cada empresa representava um caso específico de construção do processo interno de inovação, sem a existência de modelos padronizados de execução, como na ilustração de um caso prático de equipas autorreguladas.
A conclusão é a de que talvez o modelo colaborativo vá ganhando o seu próprio espaço ou que, entretanto, apareça um modelo mais robusto que as conceções híbridas atuais, elas também fruto da época de transição que vivemos.
Palavras-Chave: Inovação Organizacional; Organizações Matriciais; Organizações Colaborativas; Criatividade Organizacional
CREATIVITY AND INNOVATION IN ORGANIZATIONS: THE HYBRID SYSTEMS
Abstract
In order to discuss the collaborative model, as an ideal way to exploit creativity in organizations, this article presents considerations and cases of companies in which it was possible to mitigate the role that power has in organizations and to reduce the demand for status through of the hierarchical way. They represent interesting examples for another form of structuring, based on decentralization, teamwork, elimination of vertical and horizontal barriers, and development of collaborative processes based on projects, allowing to improve management alignment.
On the opposite side, the mechanistic model, based on the hierarchy and management of individual rewards, with objectives indexed to awards and points in performance evaluation, losing the notion of the collective and making creativity more difficult to appear. As a large part of the reality of companies is located between both poles, it is difficult to present alternative organizational models, such as the collaborative organizations, preferring the design of hybrid models in which the collaborative organization coexists with bureaucratic.
In the investigation carried out the general conclusion was that each company represents a specific case of construction of the internal process of innovation, without the existence of standardized models of execution, as in the illustration of a practical case of self-regulated teams.
The conclusion is that perhaps the collaborative model will gain its own space or that, in time, the appears a more robust model than the current hybrid conceptions, which are also the fruit of the transition epoch we live.
Keywords: Organizational Innovation; Matrix Organizations; Collaborative Organizations; Organizational Creativity