A Política da Guerra às Drogas
as implicações raciais na constituição sócio-histórica.
Palavras-chave:
Guerra às drogas, proibicionismo, drogas, racismo, políticas brasileiras de combate às drogas, controle socialResumo
As drogas são comumente compreendidas pelas pessoas como um problema social, gerador de violência, desigualdade e malefícios à saúde. No entanto, antes de uma droga se tornar um problema social, ela é inicialmente uma mercadoria, que agregam diversos interesses. Esse artigo se propõe a trazer à luz a discussão sobre a condução das políticas brasileiras sobre drogas, tendo em vista o modelo escravocrata que permeia a constituição da nação desde sua colonização por Portugal, e os projetos de controle social atravessados por uma cultura eugenista e segregadora, que constantemente se atualiza numa espécie de manutenção dos espaços de disputa de poder e participação política. Na compreensão que é um tema complexo, e que temas complexos necessitam de respostas complexas. As questões das drogas na sociedade contemporânea vêm se apresentando com enorme profundidade na aplicação das políticas públicas e na forma de enfrentamento aplicada dentro dos territórios, com uma análise histórica sobre os processos subjetivos do imaginário social. Resultando em impactos no cotidiano, trazendo situações problemáticas nas relações sociais, interpessoais, e econômicas. Ao adotar as medidas de Guerra às Drogas, o Brasil se alinha ao modelo beligerante de guerra a determinadas pessoas. Não existe guerra a um objeto, guerras são destinadas às pessoas, grupos de pessoas.