Ruminação em idosos
uma revisão sistemática das alterações cognitivas
Palavras-chave:
Ruminação, idoso, cognição, envelhecimento, alterações cognitivasResumo
Objetivo: Identificar as principais alterações cognitivas em idosos com alto índice de ruminação e os principais instrumentos utilizados para avaliação da ruminação e de funções cognitivas. Métodos: Revisão sistemática de estudos selecionados nas bases Web of Science, PsycINFO, Scielo, Scopus e Pubmed, publicados em inglês, no período de janeiro de 2010 a setembro de 2020. A busca de artigos resultou em 580 estudos. A seleção foi realizada em três fases: leitura de títulos, resumos e leitura de artigos completos, seguindo critérios de inclusão e exclusão, por dois revisores independentes, resultando em oito estudos elegíveis. Resultados: A Escala de Respostas Ruminativas (RSS) foi o instrumento mais utilizado para avaliar a ruminação e as alterações cognitivas mais encontradas foram: déficits de inibição para informações de valência negativa, dificuldades de recuperação da memória autobiográfica; alterações na memória episódica e na velocidade da memória de trabalho; prejuízos no controle cognitivo durante o aprendizado de regras, raciocínio conceitual pobre, menor flexibilidade cognitiva, dificuldades de aprendizagem em ambientes complexos e diminuição da capacidade de resolução de problemas. Conclusão: A ruminação em idosos pode acarretar prejuízos cognitivos, sendo assim, profissionais devem estar atento às necessidades tendo em vista o fato do crescimento de idosos no mundo. Trata-se de uma temática recente que requer novas pesquisas com mais alta evidência científica para estimular a capacidade cognitiva de idosos com ruminação.