Modos de enfrentamento e respostas cognitivo-comportamentais de ansiedade em pacientes hospitalizados pela COVID-19

Autores

  • Milena Gama Setúbal Freitas Universidade Federál do Ceará
  • Estefânea Élida da Silva Gusmão Universidade Federal do Ceará
  • Liana Rosa Elias Universidade Federal do Ceará
  • Andréa Batista de Andrade Castelo Branco Universidade Federal do Ceará

Palavras-chave:

Enfrentamento, ansiedade, hospitalização, COVID-19

Resumo

O processo do adoecimento, desde sua suspeita diagnóstica até o momento da internação e do desenrolar dos estágios de recuperação, é capaz de desencadear estressores, que acabam por requerer esforços de enfrentamento do paciente que se encontra em tal situação. Pensando o contexto recente, marcado pela nuances da pandemia pela COVID-19, o presente estudo teve como principal objetivo avaliar a correlação entre duas variáveis: os diferentes modos de enfrentamento ao adoecimento utilizados por pacientes durante a hospitalização e a presença de sintomas de ansiedade/comportamentos ansiosos na população pesquisada. A presente proposta foi realizada através da réplica empírica de um estudo previamente realizado. No processo de obtenção de dados, foram utilizadas a Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HAD), a Escala de Modos de Enfrentamento de Problemas (EMEP) e um Questionário Socioeconômico (QS). A amostra participante foi composta por 50 pessoas com idade acima de 18 anos que passaram pelo processo de internação em hospital geral pela COVID-19 no período entre 2020-2021. Destes, 42% pontuaram acima de 12 na HAD, classificando-se como com prováveis sintomas de ansiedade durante a internação. Além disso, encontrou-se que o estilo de enfrentamento ao adoecimento mais prevalente entre os participantes foi o com foco no problema, seguido do focalizado em práticas religiosas/pensamento fantasioso, e do enfrentamento com foco no suporte social. Outrossim, foi observada correlação significativa entre o modo de enfrentamento ao adoecimento focado na emoção e sintomas ansiosos (r=0,45, com p<0,001). Os resultados deste estudo apontam a importância do desenvolvimento/aprimoramento de estratégias efetivas de cuidado em saúde mental no contexto da hospitalização, que considerem não só a ansiedade apresentada, mas também os estilos de enfrentamento possíveis de serem reforçados com intervenções nesse sentido, servindo também de base para novas investigações

Biografia do Autor

Milena Gama Setúbal Freitas, Universidade Federál do Ceará

Psicóloga pela Universidade Federal do Ceará (UFC).  

E-mail: setubal.milena@gmail.com

Estefânea Élida da Silva Gusmão, Universidade Federal do Ceará

Doutora em Psicologia Cognitiva pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE, 2009). Professora de Avaliação Psicológica da Universidade Federal do Ceará (UFC). Coordenadora do Núcleo de Avaliação Psicológica em Saúde (NapsiS-UFC).

E-mail: estefanea@gmail.com http://lattes.cnpq.br/0562517703484129

 

Liana Rosa Elias, Universidade Federal do Ceará

Doutora em Ciências Médicas na Universidade Federal do Ceará (2016). Professora efetiva do Curso de Psicologia da Universidade Federal do Ceará. Tutora do Programa de Educação Tutorial PET Psicologia. Coordenadora do Laboratório Integrado de Neurociências e Comportamento (LINCs). E-mail: lianarosa.ce@gmail.com http://lattes.cnpq.br/2887301247861009

 

Andréa Batista de Andrade Castelo Branco, Universidade Federal do Ceará

Doutora em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas). Coordenadora do projeto de pesquisa: Atuação do psicólogo humanista no contexto hospitalar. Professora do mestrado profissional em Psicologia da Saúde (IMS-UFBA). Professora da Universidade Federal do Ceará (UFC) - Departamento de Psicologia. E-mail: andrea.andrade@ufc.br http://lattes.cnpq.br/7015374772608025

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Publicado

2023-06-29