AUTOCONSCIÊNCIA, SUICÍDIO E FINITUDE: REFLEXÕES SOBRE MEDIAÇÃO COGNITIVA
Resumo
O referido artigo promove uma reflexão sobre a possível mediação cognitiva entre autoconsciência, finitude e suicídio. Inicialmente foram explanadas algumas concepções filosóficas e psicológicas acerca da finitude, em seguida, um breve histórico sobre as representações do suicídio, partindo da Antiguidade, onde o autoextermínio era compreendido como um caminho para a felicidade, passando por períodos históricos em que o ato foi associado como algo pecaminoso, criminoso, resultantes de aspectos sociais e/ou individuais, até concepções mais atuais que relacionam a um fenômeno complexo e multifatorial. Posteriormente, foi elaborada uma descrição sobre o processo da autoconsciência, entendida como um aspecto que envolve diversos processos cognitivos, o que oportunizou um caminho de escrutínio teórico sobre a possibilidade da mesma mediar as relações funcionais entre finitude e suicídio. Os resultados desta reflexão teórica oportunizaram a pontuação de indagações que urgem por um melhor esclarecimento sobre a cognição, e suas relações com o significado psicológico do suicídio e a formação de conceitos complexos relacionados a Morte e ao Self, como o de Finitude.
Palavras-chave: Autoconsciência, Suicídio, Finitude, Mediação Cognitiva, Psicologia Cognitiva.