A TRAPAÇA SALUTAR: POESIA, LÍNGUA E GRAMÁTICA
POESIA, LÍNGUA E GRAMÁTICA
DOI:
https://doi.org/10.29281/rd.v9i17.8847Resumo
Este trabalho envolve as poesias de Manoel de Barros e de Gilberto Mendonça Teles como instrumentos diferentes de abordagem sobre os funcionamentos e o ensino da língua. Entende-se que a fruição da literatura é propriedade precípua, mas seu uso na escola não é desprovido de intenção formativa e informativa. E, ainda que a natureza estética da literatura seja sua essência inerente e preponderante, sendo geralmente contraindicado seu uso para assimilação de regras linguísticas, o seu funcionamento cognitivo é indiscutível, sendo que o domínio da língua, dentre outros saberes, é aprimorado pela leitura literária, numa fluência que pode propiciar a associação “doce e útil” horaciana. Contrapondo-se ao rigor tenso com que muitas vezes ocorre o ensino da norma culta, a literatura pode ser incluída dentre os instrumentos de desenvolvimento de habilidades linguísticas. Para reflexão sobre a relação entre o rigor do ensino da língua e a liberdade possibilitada pelo texto literário, as obras Arte de armar, Livro sobre nada e O livro das ignorãças parecem constituir interessante corpus para se pensar a língua e apreender suas configurações. Entendendo a importância da norma culta, cujo debate já criou muita confusão, entende-se que se torna inócuo perseguir o domínio culto utilizando radicalmente o rigor no ensino da norma padrão. Pela leitura, análise e pesquisa bibliográfica, o alcance pretendido é a ideia de que o modo lúdico de construir a escrita favorecem melhor envolvimento e assimilação das faces da língua e da gramática.
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