AS DEUSAS USURPADAS
A FEMINILIDADE TRANSGRESSORA NA OBRA UM RIO CHAMADO TEMPO, UMA CASA CHAMADA TERRA, DE MIA COUTO
DOI:
https://doi.org/10.29281/rd.v6i11.4297Resumo
Em Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra (2003), Mia Couto discute questões como ancestralidade e identidade cultural, mas só as torna acessíveis por meio da descoberta de suas personagens femininas, da investigação de suas histórias como a entrada para os mistérios do clã dos Malilanes e da Ilha de Luar-do-Chão, conferindo-lhes o papel que outrora lhes fora usurpado pelo advento do patriarcado. Além de procurar entender por meio de autores como Krüger (2003) e Prandi (2001) de que forma a mulher, antes uma figura central nas narrativas tradicionais, acaba despojada em favor da ascensão masculina, esta pesquisa recorre aos estudos de Santos (2015) e Daibert (2015) para realizar uma leitura da atuação feminina em Um rio, e de que forma a cultura africana de tradição banta e a pós-colonização refletem na atitude da mulher moçambicana contemporânea que procura romper com os grilhões de uma tradição patriarcal.
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