MEDO, HOMOSSOCIABILIDADE E FRUSTRAÇÃO EM FILHO NATIVO
FEAR, HOMOSOCIALITY AND FRUSTRATION IN NATIVE SON
DOI:
https://doi.org/10.29281/rd.v13i25.17588Palavras-chave:
Native Son, Richard Wright, Masculinidades Negras, Homossociabilidade, Romance Afro-EstadunidenseResumo
O presente artigo tem por objetivo apresentar uma leitura crítica da primeira parte do romance Native Son, intitulada Fear, sob a perspectiva dos estudos sobre homens negros e masculinidades. Por meio da percepção de um mundo negro e um mundo branco figurados na obra, o artigo explora três aspectos fundamentais para composição da primeira parte do romance de Richard Wright: o medo do personagem principal Bigger Thomas, que se reproduz em atos violentos aparentemente ilógicos, mas fundamentais à sua composição enquanto homem e indivíduo; a homossociabilidade de homens negros em uma Chicago segregada durante a década de 1930, como espaço para reiteração de suas masculinidades, em oposição e contradição perante uma lógica hipermasculina, violenta e disfuncional; além da frustração do protagonista, que se demonstra desiludido frente as espectativas de um mundo branco pouco receptivo em uma realidade anti-negra.
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