MEDO, HOMOSSOCIABILIDADE E FRUSTRAÇÃO EM FILHO NATIVO

FEAR, HOMOSOCIALITY AND FRUSTRATION IN NATIVE SON

Autores

DOI:

https://doi.org/10.29281/rd.v13i25.17588

Palavras-chave:

Native Son, Richard Wright, Masculinidades Negras, Homossociabilidade, Romance Afro-Estadunidense

Resumo

O presente artigo tem por objetivo apresentar uma leitura crítica da primeira parte do romance Native Son, intitulada Fear, sob a perspectiva dos estudos sobre homens negros e masculinidades. Por meio da percepção de um mundo negro e um mundo branco figurados na obra, o artigo explora três aspectos fundamentais para composição da primeira parte do romance de Richard Wright: o medo do personagem principal Bigger Thomas, que se reproduz em atos violentos aparentemente ilógicos, mas fundamentais à sua composição enquanto homem e indivíduo; a homossociabilidade de homens negros em uma Chicago segregada durante a década de 1930, como espaço para reiteração de suas masculinidades, em oposição e contradição perante uma lógica hipermasculina, violenta e disfuncional; além da frustração do protagonista, que se demonstra desiludido frente as espectativas de um mundo branco pouco receptivo em uma realidade anti-negra.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Douglas Diniz, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio)

Douglas Diniz possui graduação em História pela UFRJ e mestrado em História pela UFRRJ, onde pesquisou sobre os arquétipos e anti-arquétipos da masculinidade negra em Native Son. Atualmente é doutorando em História pela PUC-Rio, onde pesquisa sobre as obras Black Boy e Invisible Man enquanto romances de formação, enfatizando a trajetória dos narradores-personagens por meio dos estudos sobre masculinidades negras.

Referências

BALDWIN, James. Notas de um filho nativo. Tradução: Paulo Henrique Britto. São Paulo: Companhia das Letras, 2020.

CONNELL, Raewyn. Masculinities. 2ª. ed. Berkeley: University of California Press, 2005.

CURRY, Tommy J. The man-not: race, class, genre and the dilemmas of black manhood. Philadelphia: Temple University Press, 2017.

ELLIS, Aimé J. “Boys in the Hood”: Black Male Community in Richard Wright’s Native Son. In:__________. If We Must Die: From Bigger Thomas to Biggie Smalls. 1ª. ed. Detroit: Wayne State University Press, 2011. p. 23-42.

FANON, Frantz. Os Condenados da Terra. Tradução: José Laurênio de Melo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1968.

FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Tradução: Sebastião Nascimento, Raquel Camargo. São Paulo: Ubu Editora, 2020.

FRANCE, Alan W. Misogyny and appropriation in Wright's “Native Son”. Modern Fiction Studies, Baltimore, ano 3, v. 34, p. 413-423, 9 mar. 1988.

LAMBERT, Matthew. ‘That sonofabitch could cut your throat’: Bigger and the Black Rat in Richard Wright's “Native Son”. The Journal of the Midwest Modern Language Association, Chicago, ano 1, v. 41, p. 75-92, 2016.

RAMPERSARD, Arnold. Introduction to the HarperPerennial Edition. In: WRIGHT, Richard. Native Son. 1ª. ed. New York: HarperPerennial, 1993. p. xi-xxviii.

SANTOS, Carolina Correia dos. Na ponta da língua: literatura, política e violência em Os sertões, Native Son e Cidade de Deus. 1ª. ed. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2021.

WELZER-LANG, Daniel. A construção do masculino: dominação das mulheres e homofobia. Estudos feministas, Florianópolis, ano 9, p. 460-482, 2001.

WRIGHT, Richard. How “Bigger” Was Born. In: RAMPERSARD, Arnold (ed.). Richard Wright: Early Works. New York: Library of America, 1991. p. 851-881.

WRIGHT, Richard. Native Son. In: RAMPERSARD, Arnold (ed.). Richard Wright: Early Works. New York: Library of America, 1991. p. 443-850.

Publicado

2025-02-28

Como Citar

DINIZ, D. MEDO, HOMOSSOCIABILIDADE E FRUSTRAÇÃO EM FILHO NATIVO: FEAR, HOMOSOCIALITY AND FRUSTRATION IN NATIVE SON. Revista Decifrar, Manaus, v. 13, n. 25, p. e132506, 2025. DOI: 10.29281/rd.v13i25.17588. Disponível em: //periodicos.ufam.edu.br/index.php/Decifrar/article/view/17588. Acesso em: 16 abr. 2025.

Edição

Seção

DOSSIÊ ESPECIAL: QUESTÕES DE RAÇA, GÊNERO E CLASSE NAS LITERATURAS ANGLÓFONAS