A REPRESENTATIVIDADE FEMININA NO ROMANCE A RAINHA DO IGNOTO
FEMALE REPRESENTATIVENESS IN THE NOVEL A RAINHA DO IGNOTO
DOI:
https://doi.org/10.29281/rd.v11i22.13912Palavras-chave:
Emília Freitas; Literatura Cearense; Visibilidade feminina; A Rainha do Ignoto; Autoria feminina.Resumo
No século XIX, escritoras cearenses como Francisca Clotilde, Alba Valdez e Emília Freitas marcaram o cenário intelectual e político com suas produções literárias e participação nas agremiações e movimentos abolicionistas. No entanto, o pioneirismo dessas escritoras é raramente encontrado em livros de história da literatura brasileira e cearense, revelando a exclusão de produções de autoria feminina do cânone literário. Entre esses escritos de autoria feminina que foram invisibilizados pela crítica está o primeiro romance publicado por uma escritora cearense, A Rainha do Ignoto (1899), de Emília Freitas, objeto de estudo desta pesquisa. Assim, o presente trabalho, de cunho qualitativo e bibliográfico, pretende analisar os personagens femininos do romance, investigando a presença feminina nos discursos históricos e no contexto social da época e tendo como básica teórica as obras de Mary Del Priore (1997) e Michelle Perrot (2006),bem como pesquisas de autoria da Alcilene Cavalcante (2008), Gildênia Moura e Carla Castro (2019).
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