Wamon - Revista dos alunos do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFAM //periodicos.ufam.edu.br/index.php/wamon <p style="text-align: justify;">A Wamon - Revista dos alunos do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Amazonas - é um periódico semestral que visa publicar artigos, resenhas, traduções, entrevistas, ensaios fotográficos, poesias e notícias objetivando a contribuição de um debate no campo antropológico. A revista aceita contribuições em fluxo contínuo, que serão submetidos aos editores e pareceristas externos. Serão aceitos trabalhos em português, espanhol, francês e inglês relacionados às temáticas antropológicas.</p> Editora da Universidade Federal do Amazonas - EDUA pt-BR Wamon - Revista dos alunos do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFAM 2446-8371 Ocupar o mundo, sentir as palavras: //periodicos.ufam.edu.br/index.php/wamon/article/view/15557 <p>Entrevistadoras:</p> <p>Thamires Pessanha Angelo</p> <p>Rafaele Cristina de Sousa Queiroz</p> Thamires Pessanha Angelo Rafaele Cristina de Sousa Queiroz Luiza Dias Flores Copyright (c) 2024 Wamon - Revista dos alunos do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFAM 2024-01-15 2024-01-15 8 2 231 249 Editorial 2023.2 //periodicos.ufam.edu.br/index.php/wamon/article/view/11393 <p>O presente Dossiê “Gênero, raça e sexualidade: mulheres negras, homens negros, populações subalternizadas e LGBTQIA+ nas etnografias contemporâne-as” reúne e apresenta trabalhos científicos no campo da antropologia, proporcionando aos nossos leitores uma análise reflexiva sobre a produção de conhecimentos em diferentes contextos e com sujeitos que estão alocados nos lugares estigmatizados da sociedade. Nesse sentido, acreditamos<br />que o Dossiê, organizado por Juliana Chagas e Ozaias da Silva Rodrigues, traz importantes aportes para uma política metodológica na antropologia que leve em igual consideração as contribuições teóricas das/os/es autoras/es que reúne. </p> Thamires Pessanha Angelo Carlos Calenti Copyright (c) 2024 Wamon - Revista dos alunos do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFAM 2024-01-15 2024-01-15 8 2 1 8 Apresentação do Dossiê "Gênero, raça e sexualidade: mulheres negras, homens negros, populações subalternizadas e LGBTQIA+ nas etnografias contemporâneas" //periodicos.ufam.edu.br/index.php/wamon/article/view/15555 <p><span style="font-weight: 400;">Como proposto por Carla Akotirene (2019), Nilma Lino Gomes (2006), Maria Aparecida Silva Bento (2016; 2022), Sueli Carneiro (2005; 2011), Kabengele Munanga (2004), Patricia Hill Collins e Silma Bilge (2021), Lélia Gonzalez (2020a) e Frantz Fanon (2020), entre outras/os, a raça e os processos de racialização se configuram como construção social que se intersecciona com o gênero, a sexualidade e muitos outros marcadores sociais, promovendo sentidos próprios às constituições subjetivas e coletivas de grupos historicamente compreendidos como minorias sociais subalternizadas, que materializam socialidades não ou contra hegemônicas. </span><span style="font-weight: 400;">Desse modo, os artigos, ensaios, o “texto-manifesto</span><span style="font-weight: 400;">”, digamos assim e o ensaio fotográfico que compõem o dossiê não se restringem somente à articulação entre as categorias centrais propostas, mas dialogam com elas, tecendo conexões com outras questões, recortes e especificidades geográficas, bem como com categorias empíricas e analíticas diversas que ressoam com a proposta apresentada. Percebe-se que mulheres e homens negros/as, indígenas, acadêmicas/os ou não, mães, pais, cis, trans, solteiras/os, casadas/os, Pessoas com Deficiência (PcD), periféricas, gordas/os, lésbicas, heterossexuais, bissexuais, idosas/os, jovens, faveladas/os ou não, são o foco de muitos trabalhos acadêmicos que articulam raça, gênero e sexualidade, visando refletir sobre as mais diversas experiências desses grupos. Os debates apresentados neste dossiê focam em formas diversas de racialização e generificação, pensando as populações negras, indígenas, quilombolas, de terreiro, LGBTQIA+, etc. e seus processos de subjetivação. </span></p> Juliana Silva Chagas Ozaias da Silva Rodrigues Copyright (c) 2024 Wamon - Revista dos alunos do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFAM 2024-01-15 2024-01-15 8 2 11 32 Os subalternos das margens do lixo: //periodicos.ufam.edu.br/index.php/wamon/article/view/13445 <p>A presente pesquisa etnográfica visual tem por objetivo demonstrar a realidade vivida por agentes que chamo de <em>catadores sazonais</em> em meio a precariedade e degradação do igarapé do beco do dilúvio em Manaus – AM. Suas relações com os resíduos sólidos para subsistência por meio do fluxo das águas do igarapé. O igarapé fica localizado na zona sul de Manaus, próximo a shoppings, universidades e centros comerciais, o que nos possibilita visualizar em um panorama antropológico as imbricações da poluição do meio ambiente urbano.</p> Eduardo Monteiro Copyright (c) 2024 Wamon - Revista dos alunos do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFAM 2024-01-15 2024-01-15 8 2 257 274 Reconexão ancestral //periodicos.ufam.edu.br/index.php/wamon/article/view/15556 <p>Como ponto de partida e referência, à luz do meu entendimento e inspirado pela introdução editorial, escrita por Victor Rebelo, na Revista "Caminho Espiritual" Edição 29, o Xamanismo é um tema vasto e um universo rico formado pelo conjunto de crenças religiosas e práticas primitivas da humanidade - primitiva no sentido de tempo primordial, numa época que escapa aos nossos registros históricos. Indígenas do Brasil, América do Norte, povos andinos, celtas, do Himalaia, africanos, esquimós, entre outros, certamente tiveram em suas origens práticas Xamânicas. Entendo o Xamanismo como a sabedoria e os rituais dos povos nativos que, honrando a Mãe-Terra, buscavam e ainda buscam a reconexão da alma com o Grande Mistério, sempre entrelaçando seus interesses de cura e transcendência em um sentido amplo.</p> Felipe Fernandes Copyright (c) 2024 Wamon - Revista dos alunos do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFAM 2024-01-15 2024-01-15 8 2 33 35 Visibilidade trans/travesti e raça: //periodicos.ufam.edu.br/index.php/wamon/article/view/13169 <p>Este artigo analisa uma parte da luta política da Rede Paraense de Pessoas Trans (REPPAT) para garatir o direito à existência de pessoas trans e travestis em Belém-Pará. As notas etnográficas baseiam-se em dados de pesquisa de campo realizada entre os meses de dezembro de 2018 e janeiro de 2020, enfatizando os atos realizados em comemoração ao Dia da Visibilidade Trans de 2019 e 2020. Além disso, utilizo duas entrevistas realizadas com Rafael Carmo e Isabella Santorinne, ambos coordenadores da REPPAT nesse período, tratando da criação e atuação da Rede na cidade. A partir desses dados, evidenciam-se as questões de visibilidade e raça nos referidos atos, o que nos permite compreender um pouco sobre a atuação política da ONG.</p> Gleidson Wirllen Bezerra Gomes Copyright (c) 2024 Wamon - Revista dos alunos do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFAM 2024-01-15 2024-01-15 8 2 37 61 Relações de poder, masculinidade e axé: //periodicos.ufam.edu.br/index.php/wamon/article/view/13103 <p>Ao analisar as dinâmicas de gênero que envolvem um terreiro de umbanda no nordeste paraense, proponho compreender os dilemas da masculinidade produzidas pela entidade conhecida como Zé Pelintra. Após inquietações feitas na defesa de mestrado, revisei meu caderno de campo e a própria dissertação, e trouxe reflexões que envolvem os discursos e atos jocosos da entidade com os homens gays, o que demonstra como o malandro reproduz um imaginário controlador sobre as masculinidades que destoam da heterossexualidade. Por fim, destaco como as tensões criadas entre Zé Pelintra e as homossexualidades masculinas são tratadas como <em>quizilas </em>e transformam o cotidiano do terreiro.</p> Victor Lean do Rosário Copyright (c) 2024 Wamon - Revista dos alunos do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFAM 2024-01-15 2024-01-15 8 2 63 85 "O que é uma vida normal?" //periodicos.ufam.edu.br/index.php/wamon/article/view/13469 <p><span style="font-weight: 400;">Este artigo apresenta a trajetória de uma etnografia que teve como objetivo conhecer e analisar as narrativas de pessoas que vivem com&nbsp; </span><em><span style="font-weight: 400;">HIV</span></em><span style="font-weight: 400;"> e são atendidas pela Organização Não Governamental (ONG) Grupo de Apoio à Prevenção e aos Portadores de HIV/Aids (GRAPPA), no município de Montes Claros, Minas Gerais</span><span style="font-weight: 400;">. As conclusões da pesquisa apontam que </span><span style="font-weight: 400;">a ideia de normalidade em contraposição ao patológico atravessou os discursos dos atendidos no GRAPPA em diversos momentos, como na pergunta de um homem dirigida a médica sobre o que seria uma vida normal, pois ele não se sentia normal. </span><span style="font-weight: 400;">&nbsp;</span><span style="font-weight: 400;">Foi constatado também&nbsp; que, por mais que as mulheres atendidas pelo GRAPPA expuseram </span><span style="font-weight: 400;">(sobre)vivências singulares após o diagnóstico, em ambos os casos é possível pensar em uma </span><em><span style="font-weight: 400;">reconfiguração de si</span></em><span style="font-weight: 400;"> e dos afetos após esse momento biográfico.&nbsp;</span></p> Matheus Felipe Oliveira Costa Daliana Cristina de Lima Antonio Copyright (c) 2024 Wamon - Revista dos alunos do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFAM 2024-01-15 2024-01-15 8 2 87 115 O corpo negro, marginal e homossexual na literatura da vida real: //periodicos.ufam.edu.br/index.php/wamon/article/view/12492 <p style="font-weight: 400;">O presente artigo tem por objetivo analisar a construção da masculinidade e da virilidade negras a partir de dois personagens, sendo eles Medonho, da obra ficcional Suor de Jorge Amado e Madame Satã, álter ego de João Francisco dos Santos, figura popular da boemia carioca dos anos 1930. Busca-se igualmente analisar e compreender como os conceitos de gênero, sexualidade e raça se entrelaçam e interferem na construção identitária e sociopolítica dos homossexuais negros brasileiros.</p> Juliana Carvalho da Silva Copyright (c) 2024 Wamon - Revista dos alunos do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFAM 2024-01-15 2024-01-15 8 2 117 136 Não há revolução sem movimento: //periodicos.ufam.edu.br/index.php/wamon/article/view/13245 <p>A Parada LGBT de Sergipe resulta do engajamento de ONGs, ativistas e militantes individuais que reivindicam melhorias para a população LGBTQIA+. Durante o planejamento e a execução da Parada surgem divergências que ocasionam tensões e conflitos entre os (as) envolvidos (as). Dessa forma, o presente artigo tem como objetivo analisar como se apresentam as relações de poder que constituem a construção da Parada LGBT de Sergipe. O percurso metodológico do trabalho envolveu levantamento bibliográfico, entrevistas e etnografia por meio da observação participante. A partir desta análise, percebe-se que a Parada LGBT de Sergipe é construída com muito diálogo entre as partes envolvidas, mas há também muitas divergências nos posicionamentos, especialmente de ordem política por parte de alguns/as coordenadores/as e apoiadores/as do evento. Tais atitudes terminam por resultar no rompimento de parcerias entre as instituições e/ou entre os/as militantes, seja de forma temporária ou definitiva.</p> Gladston Oliveira dos Passos Patrícia Rosalba Salvador Moura Costa Marcos Ribeiro de Melo Copyright (c) 2024 Wamon - Revista dos alunos do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFAM 2024-01-15 2024-01-15 8 2 137 162 Entre comidas, presenças e distâncias: //periodicos.ufam.edu.br/index.php/wamon/article/view/13231 <p><span class="TextRun SCXW157861908 BCX0" lang="PT-BR" xml:lang="PT-BR" data-contrast="auto"><span class="NormalTextRun SCXW157861908 BCX0">Devido ao fluxo de pessoas indo e vindo</span><span class="NormalTextRun SCXW157861908 BCX0"> a partir de</span> <span class="NormalTextRun SCXW157861908 BCX0">Canto do Buriti-PI, há famílias que se ramificam entre o </span></span><span class="TextRun SCXW157861908 BCX0" lang="PT-BR" xml:lang="PT-BR" data-contrast="auto"><span class="NormalTextRun SCXW157861908 BCX0">mundo</span></span><span class="TextRun SCXW157861908 BCX0" lang="PT-BR" xml:lang="PT-BR" data-contrast="auto"><span class="NormalTextRun SCXW157861908 BCX0"> e a </span></span><span class="TextRun SCXW157861908 BCX0" lang="PT-BR" xml:lang="PT-BR" data-contrast="auto"><span class="NormalTextRun SCXW157861908 BCX0">origem</span></span><span class="TextRun SCXW157861908 BCX0" lang="PT-BR" xml:lang="PT-BR" data-contrast="auto"><span class="NormalTextRun SCXW157861908 BCX0">. Muitas vezes essas famílias</span><span class="NormalTextRun SCXW157861908 BCX0"> podem estar presentes fisicamente apenas em momentos muito específicos do ano. As idas dos parentes do </span></span><span class="TextRun SCXW157861908 BCX0" lang="PT-BR" xml:lang="PT-BR" data-contrast="auto"><span class="NormalTextRun SCXW157861908 BCX0">mundo </span></span><span class="TextRun SCXW157861908 BCX0" lang="PT-BR" xml:lang="PT-BR" data-contrast="auto"><span class="NormalTextRun SCXW157861908 BCX0">para a </span></span><span class="TextRun SCXW157861908 BCX0" lang="PT-BR" xml:lang="PT-BR" data-contrast="auto"><span class="NormalTextRun SCXW157861908 BCX0">origem</span></span><span class="TextRun SCXW157861908 BCX0" lang="PT-BR" xml:lang="PT-BR" data-contrast="auto"><span class="NormalTextRun SCXW157861908 BCX0"> são marcadas, principalmente, pelas férias que as pessoas possuem do </span></span><span class="TextRun SCXW157861908 BCX0" lang="PT-BR" xml:lang="PT-BR" data-contrast="auto"><span class="NormalTextRun SCXW157861908 BCX0">mundo</span></span><span class="TextRun SCXW157861908 BCX0" lang="PT-BR" xml:lang="PT-BR" data-contrast="auto"><span class="NormalTextRun SCXW157861908 BCX0">. Geralmente esses momentos são em junho (per</span><span class="NormalTextRun SCXW157861908 BCX0">íodo marcado fortemente pelas festas juninas) e em dezembro (período marcado pelo </span><span class="NormalTextRun SCXW157861908 BCX0">Natal</span><span class="NormalTextRun SCXW157861908 BCX0"> e </span><span class="NormalTextRun SCXW157861908 BCX0">A</span><span class="NormalTextRun SCXW157861908 BCX0">no </span><span class="NormalTextRun SCXW157861908 BCX0">N</span><span class="NormalTextRun SCXW157861908 BCX0">ovo). Nessa volta para a </span></span><span class="TextRun SCXW157861908 BCX0" lang="PT-BR" xml:lang="PT-BR" data-contrast="auto"><span class="NormalTextRun SCXW157861908 BCX0">origem</span></span><span class="TextRun SCXW157861908 BCX0" lang="PT-BR" xml:lang="PT-BR" data-contrast="auto"><span class="NormalTextRun SCXW157861908 BCX0"> um espaço da casa passa a ser protagonista na confecção de </span><span class="NormalTextRun SpellingErrorV2Themed SCXW157861908 BCX0">reagregação</span><span class="NormalTextRun SCXW157861908 BCX0"> e presença dessas famílias, a cozinha. Uma substância pass</span><span class="NormalTextRun SCXW157861908 BCX0">a a ser lida como a ordenadora da vida e do cotidiano dessa família que procura estar presente, a comida. Assim, o presente artigo pretende discutir, a partir da etnografia, como é através da comida as relações de parentesco que podem estar diluídas sã</span><span class="NormalTextRun SCXW157861908 BCX0">o reforçadas e atualizadas através da presença constituída </span><span class="NormalTextRun SCXW157861908 BCX0">ao redor</span><span class="NormalTextRun SCXW157861908 BCX0"> da cozinha.&nbsp;</span></span><span class="EOP SCXW157861908 BCX0" data-ccp-props="{&quot;201341983&quot;:0,&quot;335551550&quot;:6,&quot;335551620&quot;:6,&quot;335559739&quot;:160,&quot;335559740&quot;:360}">&nbsp;</span></p> Ana Clara Sousa Damásio dos Santos Copyright (c) 2024 Wamon - Revista dos alunos do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFAM 2024-01-15 2024-01-15 8 2 163 182 Ela, Keila Sankofa: quem ela pensa que é? //periodicos.ufam.edu.br/index.php/wamon/article/view/13256 <p><span style="font-weight: 400;">O presente artigo é uma parte da pesquisa de mestrado de um dos autores sobre a carreira artística de Keila Sankofa, um importante nome contemporâneo</span> da cidade de Manaus na construção de narrativas negras no audiovisual e nas demais ramificações das artes, como performances, instalações e ocupações. Filha da Amazônia, Keila Sankofa reconhece o seu corpo negro como instrumento para conscientizar os negros e negras na busca e consolidação de sua autonomia, liberação social e consciência do seu corpo político. A artista se classifica como afrofuturista, nesse sentido, ela usa da memória e identidade para reivindicar os espaços apagados e negligenciados aos corpos negros na sociedade e questiona as violências que esses corpos sofrem historicamente. Ao colocar o seu corpo em primeira pessoa, ela reitera a importância do/a negro/a em compreender a importância do seu corpo protagonista de sua própria vida.</p> Lucas Lopes da Silva Aflitos Renilda Aparecida Costa Copyright (c) 2024 Wamon - Revista dos alunos do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFAM 2024-01-15 2024-01-15 8 2 183 203 Educação antirracista e decolonial: //periodicos.ufam.edu.br/index.php/wamon/article/view/13006 <p>O ano de 2023 é um marco para a educação brasileira, são vinte (20) anos da Lei nº 10.639/2003 que torna obrigatório o ensino de História e Cultura afro-brasileira na educação básica pública e privada, e quinze (15) anos da lei 11.645/2008 que modifica a anterior ao tornar obrigatório o estudo da História e Cultura indígena e afro-brasileira na educação básica. A história contada oficialmente, ou a história única, (ADICHIE,2019) sobre a população africana, afro-brasileira e indígena no ambiente escolar é marcada por silenciamento, negação, estereótipos e estigmas, o que caracteriza um sistema educacional estruturante excludente. Este artigo tem por objetivo refletir sobre a Lei 10.639/2003 no ambiente de sala de aula e o combate ao racismo a partir do Projeto interdisciplinar “Experiências e vivências de mulheridades negras e indígenas e a literatura em sala de aula”, realizado na Escola de Ensino Fundamental Fernando Cavalcante Mota, no município de Capistrano-Ce. Com uma abordagem quantitativa na busca de resultados que representem o contexto investigado (GODOY, 2001), traçamos como caminho metodológico, a partir da observação participante, com base uma etnografia (NASCIMENTO, 2022), informada pela teoria decolonial e antirracista.</p> Amadeu Cardoso do Nascimento Cleânia Martins de Oliveira Copyright (c) 2024 Wamon - Revista dos alunos do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFAM 2024-01-15 2024-01-15 8 2 205 229