Somanlu: Revista de Estudos Amazônicos //periodicos.ufam.edu.br/index.php/somanlu <p>A <strong>Somanlu: Revista de Estudos Amazônicos</strong> é um periódico semestral ligado ao Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia (<a href="https://www.ppgsca.ufam.edu.br/">PPGSCA</a>) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Criada em 2000, a revista é um espaço para divulgação científica sobre pesquisas em Humanidades produzidas sobre e na Amazônia.</p> <p>Com forte ênfase na Interdisciplinaridade, a <strong>Somanlu</strong> aceita contribuições para seus dossiês temáticos e em fluxo contínuo, publicando artigos inéditos, resenhas, relatos de pesquisa e entrevistas. São aceitos trabalhos em português, inglês e espanhol.</p> <p><strong>ISSN Eletrônico:</strong> 2316-4123 | <strong>DOI:</strong> 10.69696 | <strong>QUALIS:</strong> B3</p> <p> </p> UFAM pt-BR Somanlu: Revista de Estudos Amazônicos 1518-4765 <p>A <em>Somanlu: Revista de Estudos Amazônicos</em> faz uso de licença <a href="https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/">Creative Commons de atribuição (CC BY 4.0)</a></p> Apresentação do Dossiê "Amazônia(s) e África(s): conexões políticas, econômicas e socioculturais" //periodicos.ufam.edu.br/index.php/somanlu/article/view/10788 Manuel Henriques Matine José Gil Vicente Copyright (c) 2025 Manuel Henriques Matine, José Gil Vicente https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-31 2024-12-31 24 2 3 7 10.69696/somanlu.v24i2.10788 Ressignificação Linguística de Moçambique //periodicos.ufam.edu.br/index.php/somanlu/article/view/17074 <p>Ressignificação Linguística de Moçambique – Caso <em>Nyungwe</em> aborda aspetos linguísticos e culturais de Moçambique que têm a ver com a colonização portuguesa e a atuação dos sucessivos governos de Moçambique independente com o objetivo de tentar assinalar, corrigir e ressignificar imprecisões culturais, linguísticas, simbólicas, mitológicas cometidas nesses dois períodos e que afetaram negativa e definitivamente as questões acima indicados. Visa ainda apelar à reafricanização dos espéritos dos africanos e o fortalecimento da identidade cultural. Esta abordagem usa a metodologia adequada e adaptada às culturas e tradições orais cujas fontes estão inscritas na natureza e na sociedade, em que o(s) autor(es) é/são a comunidade linguística, são os mais velhos, guardiões, bibliotecas vivas de saberes ancestrais. Sendo esta uma pesquisa sobre Moçambique – África, não faria muito sentido usar uma metodologia descontextualizada da realidade Subsariana. Parece ser uma abordagem inovadora e pode ter algum interesse para a academia na medida em que se inscreve nas lutas dos povos do Sul global pela sua libertação e descolonização cultural, linguística, académica, epistemológica, mental, espiritual e a consequente reafricanização dos espíritos (Amílcar Cabral) e a reivindicação das epistemologias afrocêntricas, consentâneas com as realidades destes espaços em jogo, condição <em>sine</em> <em>qua</em> <em>non</em> para o desenvolvimento destes países. Os dados analisados são corruptelas de antropónimos, cronómios, epónimos, topónimos, etc. espalhados pelo Moçambique inteiro e o que destruíram deliberadamente e substituído por etiquetagens portuguesas, tentando apagar as memórias ancestrais africanas, que importa procurar corrigir e repor. Impuseram seus nomes em territórios ou pessoas como Américas, Brasil (Pindorama), Moçambique, António, Conceição, Domingos, Patrícia, com batismos, padrões, ferro quente, quando já possuíam seus nomes étnicos. Colocar outra identidade ou nomear é a arte de destruição da autenticidade, dominação, ocupação mais subtis (Nêgo Bispo); acabar as línguas indígenas nos locais colonizados, aniquilar ou pilhar os saberes locais, alienar povos inteiros constituem estratagemas dos mesmos crimes contra a humanidade. Inclusive criminalizaram (proibiram) culturas, línguas, religiões dos colonizados. Eles deviam ser únicos detentores de culturas, línguas, saberes, religiões, civilizações. Os escritos dos colonialistas sobre os povos colonizados estão cheios de distorções, armadilhas. Todos os povos são providos de saberes/ fazeres, conhecimentos, mas a cosmovisão monolítica de Deus único, verdade ou certeza (O Princípio da Incerteza) única, modo de ser e estar único não reconhecem o politeísmo, as verdades múltiplas e fluídas, outras maneiras de ser e estar. Para essas forças, todos os outros povos são sub-humanos, destituídos de saberes, pagãos, etc. A ausência de registos escritos por autóctones de Moçambique complica o resgate do que foi destruído. Mas não é impossível. Alguns saberes chegaram até aos dias de hoje através de cosmologias politeístas e da transmissão de geração em geração (Nêgo Bispo). Este artigo, escrito a partir da oralidade, com fontes orais, é um esforço na direção da revitalização das memórias ancestrais destruídas, apagadas pelos invasores e colonizadores, aprendendo com a oralidade a fim de reescrever para restituir os destruídos. Porque “não há quem diga sobre a vida de um povo melhor que as suas cantigas” (Nêgo Bispo). Por isso, aparecem poucas fontes escritas. Neste sentido, os conceitos e as metodologias utilizadas foram revistas e atualizadas por forma a se adequarem a espaços de tradições e culturas orais, em que a escrita é marginal, limitada e restrita a domínios oficiais e elitistas. Isto tem implicações diretas na bibliografia escrita, que acaba por ser escassa, à força das fontes orais, estas são originais/ primeiras porque obtidas em primeira mão dos próprios protagonistas – a comunidade cultural e linguística. É pouco sensato que os paradigmas ocidentais considerem não culturas as culturas orais milenares da maior parte dos povos do mundo inteiro. Isso fez escola e tem arredado das ciências muitos saberes que dariam valiosos.</p> Sóstenes Valente Rêgo Copyright (c) 2025 Sóstenes Valente Rêgo https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-31 2024-12-31 24 2 8 26 10.69696/somanlu.v24i2.17074 O Koumpo //periodicos.ufam.edu.br/index.php/somanlu/article/view/16349 <p>A máscara koumpo desempenha um papel importante na vida cultural do povo de Ziguinchor. Ela é considerada um personagem místico, mítico, sagrado e secular. Ela acompanha os principais eventos da vida social e desempenha um papel na educação tradicional dos jovens, moldando sua imaginação cultural. Assim como o kankourang, ele combate os espíritos malignos e protege os habitantes. Como todas as máscaras, o koumpo obedece a um conjunto de rituais cujos segredos são conhecidos apenas pelos iniciados. A cidade de Ziguinchor já teve vários matos sagrados de koumpo, sendo os mais importantes os matos sagrados de Boucotte, Kandé, Santhiaba e Tilène. O objetivo deste artigo é proporcionar uma melhor compreensão dessa figura mítica e revisitar seu lugar no espaço cultural de Ziguinchor, uma região considerada uma das mais multiculturais e cosmopolitas do Senegal.</p> <p> </p> Eugène Tavares Horace Dacosta Copyright (c) 2025 Eugène Tavares, Horace Dacosta https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-31 2024-12-31 24 2 27 43 10.69696/somanlu.v24i2.16349 Apaziguar os Espíritos, Iluminar Visões e Autodefesa //periodicos.ufam.edu.br/index.php/somanlu/article/view/16441 <p>O objecto deste artigo são as gramáticas sociais ligadas as capulanas dos tinyanga. A abordagem apoia-se em dados resultantes de um inquérito de terreno, realizado na cidade de Maputo e, em algumas, análises académicas desenvolvidas por outros pesquisadores. O argumento central mostra que as capulanas estão presentes, de forma marcante, no quotidiano dos tinyanga como indumentária e como instrumento de trabalho. No primeiro caso elas são usadas em diferentes contextos e situações sociais de forma livre e fora dum quadro normativo. Enquanto instrumento de trabalho, representam um conjunto de códigos comunicacionais que servem para apaziguar espíritos, iluminar visões e autodefesa.</p> <p> </p> Maria Henrique Fernando Aurélio Miambo Copyright (c) 2025 Maria Henrique Fernando, Aurélio Miambo https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-31 2024-12-31 24 2 44 61 10.69696/somanlu.v24i2.16441 Práticas costumeiras de conservação bio-cultural em Moçambique //periodicos.ufam.edu.br/index.php/somanlu/article/view/16923 <p>O presente artigo centra-se nas práticas costumeiras de conservação da floresta sagrada como categoria do património natural, em interação com <em>khu-Phalha</em> e mitos, como categorias do património cultural intangível. Pretende-se aqui analisar e demonstrar como as práticas culturais intangíveis de <em>ku-phalha</em> e mitos contribuem na conservação da floresta e vice-versa. Metodologicamente, a pesquisa sustenta-se pela pesquisa bibliográfica e trabalho do campo baseado na observação direta e na história oral. Da pesquisa realizada entre 2023 e 2024, em Moçambique, Província de Inhambane, Distrito de Govuro, Localidade de Save, conclui-se que com as práticas de <em>khu-phalha</em> e mitos atribui-se um valor simbólico atado à sacralidade do local que se descreve em floresta onde são presente um conjunto de plantas que se crê ter valor cultural e de caráter mágico religioso sincrético. A sacralidade implica a criação de um conjunto de inibições na exploração de serviços de ecossistema, o que se traduz na proteção e conservação da floresta. <em>Khu-phalha</em> tem na floresta mais um espaço da sua prática, sua transmissão e continuidade pelas novas gerações. A conservação encontra o seu sentido lato de aplicação na categoria analítica simbólica de <em>Ku-phalha</em>, pois, tem na floresta mais um espaço da sua prática de conservação e proteção com vista a sua transmissão e continuidade para as novas gerações. Há uma interação entre o <em>ku-phalha</em>, mitos e a floresta, que se traduz na conservação dos dois patrimónios. Essa interação leva ao que se designa de práticas de conservação do patrimônio biocultural. Este artigo pretende responder aos questionamentos sobre o papel desses ditames costumeiros e consuetudinários no processo de manutenção de espaços representativos e simbólicos do patrimônio intangível.</p> <p> </p> Alberto Augusto Rofasse Madinho Copyright (c) 2025 Alberto Augusto Rofasse Madinho https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-31 2024-12-31 24 2 62 81 10.69696/somanlu.v24i2.16923 A memória do tráfico negreiro em Moçambique //periodicos.ufam.edu.br/index.php/somanlu/article/view/16909 <p>Sabe-se que a Educação Colonial em Moçambique combateu a integração dos Saberes locais, por considerar tradicionais e, portanto, atrasados, ao que comprometeriam o projeto do colonialismo português. Imediatamente pós-independência, a partir da reformulação do Sistema de Educação Colonial (SEC) à criação do Sistema Nacional de Educação (SNE), através da Lei 4/83, os Saberes locais ganharam significado, embora subtendido, na formação dos aluno/as. Em seguida, com a introdução da Lei 6/92 e a aprovação do Novo Currículo do Ensino Básico, em 2003 os Saberes locais sob designação de Currículo local, passaram a integrar parte das disciplinas curriculares e reservou-se 20% do tempo letivo na Disciplina de Ciências Sociais que decorria da 4ª-7ª Classes. Deste modo, o artigo busca analisar <em>o tráfico negreiro nos portos de Inhambane</em>, como saber local na Escola Primária 7 de Abril da Cidade de Inhambane.</p> Bernardino Cordeiro Feliciano Eunísio Do Clério José Nhapossa Copyright (c) 2025 Bernardino Cordeiro Feliciano, Eunísio Do Clério José Nhapossa https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-31 2024-12-31 24 2 82 99 10.69696/somanlu.v24i2.16909 O Comércio de Escravizados para o Grão-Pará nas correspondências dos governadores durante o Monopólio Comercial (1757-1778) //periodicos.ufam.edu.br/index.php/somanlu/article/view/17026 <p>O presente artigo é produto do encontro de novas fontes históricas e do tratamento para a compreensão do comércio de escravizados para a região setentrional da colônia, em particular para o Grão-Pará, durante o período de vigência do monopólio exercido pela Companhia Geral de Comércio do Grão-Pará e Maranhão (1757-1778). A existência de uma consolidada historiografia sobre o comércio de escravizados durante o período pombalino não estabeleceu uma história total que não possa ser indagada ou perquirida a partir de outros lugares e registros históricos. Nesse sentido, a partir da inquirição das “Correspondência originais dos governadores do Pará com a corte” (20 livros, 4 utilizados neste artigo) busca-se analisar o trânsito de escravizados no Pará, porém sobre outros prismas, principalmente a dimensão da presença dos escravizados e de seus agentes, aqui enfatizados a partir da administração da Companhia, seus mestres/capitães e, quando foi possível, também proprietários de tumbeiros). A metodologia de análise dos dados foi essencialmente quantitativa, visto que se priorizou a aridez dos números e a organização e tabulação em tabelas, todavia, estabeleceu-se com ela um diálogo e entendimento das cifras no contexto do governo de José I e da política efetivada pelo ministério pombalino e seus interlocutores, em particular os governadores do Pará, diante da questão relacionada a mão de obra. Os resultados inclinam-se a uma análise das pessoas que estiveram envolvidas no comércio de escravos na Amazônia no terceiro quartel dos setecentos, bem como as suas agências enquanto sujeitos igualmente necessário para o entendimento do funcionamento das lógicas mercantis.</p> Diego Pereira Santos Copyright (c) 2025 Diego Pereira Santos https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-31 2024-12-31 24 2 100 113 10.69696/somanlu.v24i2.17026 Torto Arado e a Reconfiguração Colonial //periodicos.ufam.edu.br/index.php/somanlu/article/view/16944 <p>Este artigo apresenta análise e problematização em torno do tema do impacto colonial na construção identitária e de gênero, a partir da hermenêutica do livro “Torto Arado” de Itamar Vieira Junior (2019). O problema que miramos nossa atenção está em torno dos relatos em ser mulher descritas na obra supracitada. Como hipótese enfatizamos o papel da arte, de modo especial da literatura em explicitar as relações tóxicas e violentas que demarcam as relações entre mulheres, homens e sociedade. Em um trajeto de revisão bibliográfica, utilizaremos Michel Foucault (2019) como base epistêmicas para refletir sobre a relação entre filosofia, literatura e construção de gênero, além de dialogar com teóricas contemporâneas no âmbito da construção de epistemologias do sul, especificamente Lélia González (2022), Margareth Rago (2019) e Schwarcz (2013), ambas trazendo à tona os imbróglios referentes a negritude e ao corpo feminino. Por fim, destacamos que a heteronormatividade, fruto da colonialidade, exerce poder de controle e subjugação, de modo que a experiência estética possibilita, por um lado, o confronto com as realidades e, ao mesmo tempo, proposições relacionadas à constituição de modos de subjetividade.</p> Adelci Silva dos Santos Vaniele Barreiros José Pascoal Mantovani Copyright (c) 2025 Adelci Silva dos Santos, Vaniele Barreiros, José Pascoal Mantovani https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-31 2024-12-31 24 2 114 128 10.69696/somanlu.v24i2.16944 Tem Terreiro na Floresta //periodicos.ufam.edu.br/index.php/somanlu/article/view/16442 <p>Em meio ao genocídio perpetrado contra a população negra oriunda de Áfricas, a diáspora trouxe ao Brasil, em suas mais variadas e recônditas regiões, sofrimentos e resistências de povos escravizados pelo sistema colonial. O texto aqui esboçado objetivou refletir acerca das ligações entre Áfricas e Amazônias por intermédio da religião, via metodologia autoenográfica – ao unir biografia e etnografia clássica a partir dos debates pós-coloniais -, obtida mediante vivência na festa dos <em>erês </em>e <em>ibejis</em> realizada no terreiro <em>Ylê Asé Oba Amacú</em> em outubro de 2024, na cidade de Manaus, capital do Amazonas, compreendendo-se as ligações entre o particular e o geral. O resultado evidencia a importância de visibilizar os saberes ancestrais conservados na região, mostrando, com foco na experiência do sagrado, aspectos pedagógicos trazidos pela festa acompanhada, tal qual evidencia a celebração em louvor a <em>erês </em>e <em>ibejis</em>, bem como a importância de babalorixás e ialorixás que conduzem a ritualística e a relação com a ancestralidade nos terreiros. Como conclusão, entende-se também serem imprescindíveis mais estudos que viabilizem a discussão em torno da presença negra nas Amazônias, de modo a combater racismos – incluindo o religioso e o epistêmico, constituintes do racismo estrutural – e a ideia falaciosa de uma inexpressiva presença africana na região. Neste diapasão, como sugestões, fica a contatação das necessidades de mais pesquisas neste eixo, de forma a combater os citados racismos assentes na região amazônica e no Brasil, por meio da construção de conhecimentos e saberes voltados para os sujeitos sociais que vivenciam a religião, sejam praticantes e/ou sacerdotes.</p> Antônio Lago da Silva Júnior Adan Renê Pereira da Silva Copyright (c) 2025 Antônio Lago da Silva Júnior, Adan Renê Pereira da Silva https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-31 2024-12-31 24 2 129 154 10.69696/somanlu.v24i2.16442 Editorial //periodicos.ufam.edu.br/index.php/somanlu/article/view/10408 Ludolf Waldmann Júnior Copyright (c) 2025 Ludolf Waldmann Júnior https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-04-01 2025-04-01 24 2 1 2 A liderança feminina no quilombo do Abacatal na cidade de Ananindeua/PA //periodicos.ufam.edu.br/index.php/somanlu/article/view/17575 <p>O presente trabalho deriva de entrevistas realizadas com lideranças femininas do quilombo do Abacatal, que se localiza a 8 km do centro da cidade de Ananindeua, na região metropolitana de Belém - PA. Desde sua origem, no ano de 1710, os quilombolas do Abacatal vêm enfrentando conflitos para permanecerem no território. O quilombo dispõe de uma área de pouco mais de 508 hectares, com aproximadamente 150 famílias e cerca de 500 habitantes. Nossos diálogos com essas lideranças fizeram parte das atividades de produção e divulgação de conhecimento científico do projeto de extensão OMITIDO, do OMITIDO. As entrevistas foram feitas em duas partes e a entrevista ora apresentada se baseia na segunda entrevista concedida por Amanda Cardoso, agente comunitária de saúde da comunidade. Nosso método consistiu em entrevista semi-aberta, on-line e com gravação audiovisual da mesma, via Google Meet. Entre as questões abordadas conversamos sobre a resistência dos quilombolas aos empreendimentos público-privados, com o avanço sobre o território, os impactos da pandemia e a importância da liderança feminina no quilombo.</p> Amanda Cardoso da Silva Ozaias da Silva Rodrigues Pedro Paulo de Miranda Araújo Soares Copyright (c) 2025 Amanda Cardoso da Silva, Ozaias da Silva Rodrigues, Pedro Paulo de Miranda Araújo Soares https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-31 2024-12-31 24 2 155 164 10.69696/somanlu.v24i2.17575