//periodicos.ufam.edu.br/index.php/somanlu/issue/feedSomanlu: Revista de Estudos Amazônicos2024-12-20T22:51:02+00:00Ludolf Waldmann Júniorsomanlu@ufam.edu.brOpen Journal Systems<p>A <strong>Somanlu: Revista de Estudos Amazônicos</strong> é um periódico semestral ligado ao Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia (<a href="https://www.ppgsca.ufam.edu.br/">PPGSCA</a>) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Criada em 2000, a revista é um espaço para divulgação científica sobre pesquisas em Humanidades produzidas sobre e na Amazônia.</p> <p>Com forte ênfase na Interdisciplinaridade, a Somanlu aceita contribuições para seus dossiês temáticos e em fluxo contínuo, publicando artigos inéditos, resenhas, relatos de pesquisa e entrevistas. São aceitos trabalhos em português, inglês e espanhol.</p> <p><strong>ISSN Eletrônico:</strong> 2316-4123 | <strong>DOI:</strong> 10.69696 | <strong>QUALIS:</strong> B3</p> <p> </p>//periodicos.ufam.edu.br/index.php/somanlu/article/view/9101Apresentação do Dossiê "Foucault e o Pensamento Decolonial"2024-12-17T19:05:19+00:00Luis Celestinoluis.celestino@ufca.edu.brCaio Soutocaiosouto@ufam.edu.br2024-12-20T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Luis Celestino de França Júnior, Caio Souto//periodicos.ufam.edu.br/index.php/somanlu/article/view/15479Michel Foucault e Franz Fanon2024-12-05T21:19:01+00:00Mario Santos Morelmorel96@hotmail.comDanichi Hausen Mizoguchidanichihm@hotmail.com<p>O presente artigo propõe um diálogo entre Michel Foucault e Frantz Fanon, tomando como objeto de estudo seus diagnósticos sobre o poder colonial. A partir do que ambos escreveram sobre o racismo e a psiquiatria, objetivou-se jogar luz no modo como encaravam a colonização e nas pistas sobre as práticas de libertação que indicaram: uma espiritualidade contracolonial.</p>2024-12-20T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Mario Santos Morel, Danichi Hausen Mizoguchi//periodicos.ufam.edu.br/index.php/somanlu/article/view/15389Espaços de contestação e aliança em Foucault e Kopenawa2024-11-11T12:58:53+00:00Regiane Lorenzetti Collaresregiane.collares@ufca.edu.br<p>Este artigo tem como objetivo tratar da <em>queda do céu</em> anunciada pelo xamã Davi Kopenawa, também líder político Yanomami, numa conexão crítica à abordagem das “heterotopias” operada pelo pensador Michel Foucault. A advertência de Kopenawa sobre a fatalidade da queda do céu, provocada pela ganância do “homem-mercadoria” em expropriar a floresta, aqui oportunamente se encontra com a atenção de Foucault voltada aos espaços em que ocorre a erosão de vidas minoritárias. Abordar as heterotopias torna-se então uma forma de evidenciar espaços de contestação como alternativa ao silenciamento resultante de uma história de poderes que se materializou tanto na devastação de terras indígenas, quanto no massacre dos povos originários. As dimensões heterotópicas de Foucault e Kopenawa indicam, portanto, se vincular a um pensamento anticolonialista, provocando a abertura de fronteiras através das relações de vizinhança, áreas críticas onde é possível encontrar aliados e resistir às invasões e destruições coloniais.</p>2024-12-20T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Regiane Lorenzetti Collares//periodicos.ufam.edu.br/index.php/somanlu/article/view/15526Da exclusão ao exercício da função autor2024-09-27T23:23:05+00:00Ana Paula El-Jaickana.jaick@ufjf.brFabrício Servelatifabriciocservelati@gmail.com<p>Esta é uma breve análise discursiva foucaultiana da posição sujeito indígena tal como foi discursivizada pelos primeiros colonizadores europeus, e, contemporaneamente, da função de autor exercida por indígenas. Revemos aqui o pensamento de Foucault sobre a função-autor à luz de questões decoloniais atuais, e reivindicamos a oralidade e o corpo como dispositivos a serem considerados também como constituintes da posição do autor indígena.</p>2024-12-20T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Ana Paula El-Jaick, Fabrício Servelati//periodicos.ufam.edu.br/index.php/somanlu/article/view/14790O diário de uma favelada e o decolonialismo2024-08-27T15:53:13+00:00Marcos Antônio da Silva Santos Ferreiracontactme.marcos@gmail.com<p>O presente trabalho busca traçar um diálogo entre a filosofia e a literatura, visando uma abordagem interdisciplinar acerca da questão do decolonialismo, tendo como material primário a obra O diário de uma favelada (1960), da escritora brasileira Carolina Maria de Jesus. Buscamos abordar a obra tendo como horizonte interpretativo o pensamento do filósofo Michel Foucault com a noção de escrita de si, sendo uma das ferramentas utilizadas para o cuidado de si, como o concebe em sua Hermenêutica do sujeito (2004). Também buscamos apoio em Simone Weil, em um diálogo com suas colocações acerca do colonialismo e da ideia de desenraizamento da alma, presentes nos escritos Contra o colonialismo (2019) e O desenraizamento (2001).</p>2024-12-20T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Marcos Antônio da Silva Santos Ferreira//periodicos.ufam.edu.br/index.php/somanlu/article/view/15896Foucault e a Descolonização do pensamento2024-12-05T21:17:33+00:00Luiz Manoel Lopesmanoel.lopes@ufca.edu.br<p>O artigo busca aproximações dos modos de pensar de outras maneiras propostos por Michel Foucault. As nossas considerações remetem aos motivos que impelem este pensador a fazer novos aportes sobre as relações entre acontecimento, história e poder. Nestes aspectos, procuraremos ver como as relações de poder fazem confrontações com a filosofia da história e com o estruturalismo a fim de tratarmos de como podemos começar a pensar a partir de modos não-ocidentais e não-coloniais</p>2024-12-20T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Luiz Manoel Lopes//periodicos.ufam.edu.br/index.php/somanlu/article/view/15560Biopolítica, Necropolítica e Decolonialidade Interseccional em algumas análises dos racismos de Estado e sociedade no Brasil2024-10-10T19:51:11+00:00Flavia Cristina Silveira Lemosflaviacslemos@gmail.comJéssica Lanne de Souza Silva Ikumajessicalannesouza@gmail.comRonaldo Ferreira Pinheiroronaldofpinho@gmail.com<p class="Standarduseruseruser" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt;">O artigo teve o objetivo de analisar a biopolítica, a necropolítica e a decolonialidade sob a articulação com a interseccionalidade para colocar em crítica o racismo de Estado e de sociedade, no Brasil, especialmente por alguns aspectos do Brasil República. Buscou-se problematizar o deixar morrer de mulheres negras, sob a insígnia de democracia racial e mestiçagem como dispositivos de governo da população. Ainda foi realizado um olhar em perspectiva de aspectos dos feminismos negros na criação de efeitos políticos importantes nas resistências à negação do racismo e da violência de gênero como marcadores sociais que andam conjuntamente na prática de deixar morrer e matar em nome da vida. Por fim, aponta-se a relevância de trabalhos que tragam estas articulações conceituais e metodológicas como operadora de ruptura com os racismos de sociedade e de Estado, no presente brasileiro.</span></p>2024-12-20T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Flavia Cristina Silveira Lemos, Jéssica Lanne de Souza Silva Ikuma, Ronaldo Ferreira Pinheiro//periodicos.ufam.edu.br/index.php/somanlu/article/view/15270A figura do anormal e a desconstrução da colonialidade2024-11-11T12:57:42+00:00Paula Vargenspaulavargens@gmail.com<p>O presente texto propõe um diálogo entre o pensamento de Foucault sobre a construção da figura do anormal e o pensamento decolonial. Nessa perspectiva, volta-se para a relação entre a colonialidade e a invenção dos monstros, entendendo que a construção do anormal é espectrada figura do monstro e tem uma relação com os processos de hierarquização dos povos dentro da moderno-colonialidade, no sentido apresentado por Quijano. Ao assumirmos a dimensão espectral do monstro na formação do anormal anunciam-se elementos que contribuem nas reflexões sobre a construção do humano e de mecanismos de dominação e manutenção da colonialidade.</p>2024-12-20T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Paula Vargens//periodicos.ufam.edu.br/index.php/somanlu/article/view/15005As narrativas míticas e a ética do cuidado na constituição de outros mundos possíveis2024-10-12T15:38:28+00:00Maria Sandra Montenegro Silva Leãosandra.montenegro@yahoo.com.brSidcléia da Silva Santossidcleia.santos@yahoo.com<p>O objetivo deste artigo consiste em problematizar o vínculo entre as narrativas míticas e as experiências de cuidado, pertencentes a cosmovisão xamânica, promovendo uma provável alteração na existência acerca dos processos de colonização no mundo, atribuindo importância ao mito como lugar privilegiado para reativar técnicas de cuidado consigo, com o outro e com o mundo. Assim, propiciando à criação de outras perspectivas ontológicas e epistêmicas distintas das ocidentais, a fim de uma interlocução alterante, enquanto forma de descolonizar os processos de esquematização da realidade produzidos pelo capitalismo neoliberal e pelos governamentos políticos que atravessam a atualidade. Portanto, os processos de criação de outros mundos, por meio da relação entre experiências de cuidado e narrativas míticas na Tradição Xamânica, possibilitam uma possível abertura no campo educacional, provocando experiências transformadoras e trangressivas, as quais oferecem uma percepção radical à alteridade, em diálogo com as formas de sentir e pensar dos povos originários, importantíssimas em tempos de antropoceno. De acordo com o método foucaultiano (2009), uma tentativa de pensar outramente, ou seja, pensar diferentemente o que se pensa, enquanto caminho para que possamos acolher a diferença, perfazendo uma experiência de transformação dos nossos esquemas de pensamento. Não apenas produzirmos conhecimentos, mas sermos capazes de experienciar a realidade com mais liberdade, alteridade, equidade e abertura, conectando razão, coração e corpo como prática insurgente. Por conseguinte, inspirados pela problematização genealógica foucaultiana, o artigo não pretende consolidar uma forma anterior de pensamento sobre determinada experiência, mas tomá-la como problema que se tornou naturalizado, problematizando os usos que fazemos de palavras e coisas que constituem e modificam as relações sociais que estabelecemos com o mundo.</p>2024-12-20T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Maria Sandra Montenegro Silva Leão, Sidcléia da Silva Santos//periodicos.ufam.edu.br/index.php/somanlu/article/view/15535Dissimetrias2024-09-03T12:31:35+00:00Saulo de Araújo Lemossaulo.lemos@uece.br<p>Um traço marcante do amplo ciclo das modernidades (que começa pelo menos no século XIX, senão na época das grandes navegações, e segue, em várias texturas de época, até hoje) é a intenção ou o impulso de se desviar de olhares convencionais sobre o real e alcançar perspectivas diferenciadas de pensamento, arte, linguagem e experiência individual e coletiva (inclusive quanto a outros seres). Nietzsche chamou isso de “diferença do olhar”, apontando-a como elemento direcionador de sua filosofia. Este artigo procura relacionar o sintagma nietzscheano acima à experimentação formal na poesia recente como sobrevivência daquele direcionamento em uma obra que dialoga intensamente com a tradição moderna: a poesia do brasileiro Carlito Azevedo (1961). Está presente, nesse quadro, a hipótese de que os poemas de Carlito sejam indício de uma tendência mais geral, tanto na escrita literária como filosófica modernas, que mantém o deslocamento de pontos de vista como método, mas também como inquietação inevitável ante as perplexidades da modernidade. Essa possibilidade será aqui observada a partir de uma leitura de dois poemas de Carlito extraídos de seu livro <em>Monodrama</em> (2009), intitulados “Uma tentativa de retratá-la” e “Pálido céu abissal”, com foco nas questões da representação e da política como vida comunitária; tal exercício possibilitou formular a noção de dissimetria ou assimetria (ambas as palavras são sinônimas), que se associa a um percurso que vêm da “diferença do olhar” concebida pelo filósofo alemão e passa pela chamada “filosofia da diferença”, em que são compreendidos autores como Jacques Derrida, Giles Deleuze, Félix Guattari, Gianni Vattimo e outros.</p>2024-12-20T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Saulo de Araújo Lemos//periodicos.ufam.edu.br/index.php/somanlu/article/view/15165Sobre Corpas e Corpos que Importam2024-09-27T23:14:32+00:00Luis Celestinoluis.celestino@ufca.edu.br<p>A proposta original do artigo é investigar a forma como o corpo é importante para a compreensão da Biopolítica. Essa questão parece fundamental para se pensar temas contemporâneos como problemas de gênero, questões bioéticas e a existência de uma política dos corpos. Assim, parte-se de Michel Foucault mas junto com outras pensadoras e pensadores, tais como Paul B. Preciado, Sueli Carneiro e Donna Haraway é possível pensar esse lugar do corpo na biopolítica para além das proposições de Foucault.</p>2024-12-20T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Luis Celestino//periodicos.ufam.edu.br/index.php/somanlu/article/view/15505Descolonizar Foucault2024-09-27T23:27:01+00:00Raísa Inocêncio Ferreira Limainocencio.raisa@gmail.com<p>Extraído da tese "Diga-me Vênus, por que caçam as mulheres?", este ensaio apresenta a arqueologia do saber de Michel Foucault como uma prática metodológica em vistas de uma descolonização do pensamento na récita do arquivo e da história de Sarah Baartman, a Vênus Hotentote. Propomos uma escrita descolonizadora, unindo escrita acadêmica e afeto político, paresia e experiência vivida ética.</p> <div id="urban-overlay" style="left: -10px; top: -10px; width: 0px; height: 0px;"> </div>2024-12-20T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Raísa Inocêncio Ferreira Lima//periodicos.ufam.edu.br/index.php/somanlu/article/view/14126Cinema de Atravessamento e o olhar de Elen Linth2024-08-27T15:56:51+00:00Pamela Eurídice Beleza Baltazarpan.euridice@gmail.comSelda Vale da Costaseldavaledacosta@gmail.com<p>Nos últimos anos, as mulheres têm ocupado um espaço significativo na produção cinematográfica amazonense, despontando novos caminhos dentro da arte e do ofício, além de apresentar narrativas insubmissas, as quais criam uma ruptura com o olhar do cinema tradicional, evidenciando, dessa forma, a resistência e a identidade da população amazônica. Dentre as realizadoras regionais, que se destacam no circuito de festivais nacionais e internacionais e no aprofundamento de personagens socialmente limítrofes, está Elen Linth. Sócia e fundadora da Eparrei Filmes, a diretora amazonense desenvolve projetos audiovisuais que atravessam e tangenciam o seu cotidiano enquanto mulher preta, LGBTQI+ e periférica nortista. Este artigo tem por objetivo se debruçar sobre o seu modo de fazer cinema a partir da análise fílmica de três produções suas da última década: <em>Sandrine</em> (2014, 13 minutos), <em>Maria</em> (2017, 17 minutos) e <em>Transviar</em> (2019, 30 minutos). Para este estudo, utilizou-se como aporte teórico a teoria crítica feminista, tendo como conceitos norteadores o contra-cinema de Claire Johnston, o prazer visual descrito por Mulvey (1983) e a perspectiva feminina conforme pontuam Ann Kaplan e Joey Soloway. Quanto a natureza da pesquisa, adotou-se como metodologia a análise fílmica encaminhada pelo conceito de Manuela Penafria (2009) na qual possibilita interpretar filmes enquanto obras individuais, proporcionando, neste artigo, analisar como a perspectiva feminina negra é transposta para sétima arte por meio da observação sistemática. O resultado aponta para um cinema que busca humanizar e projetar o olhar de grupos minoritários por meio de reflexões de experiências cotidianas; indicando ainda a autenticidade e identidade que Linth imprime em seus filmes.</p>2024-12-20T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Pamela Eurídice Beleza Baltazar, Selda Vale da Costa//periodicos.ufam.edu.br/index.php/somanlu/article/view/9823Editorial2024-12-17T18:52:19+00:00Ludolf Waldmann Júniorludolfwaldmann@ufam.edu.br2024-12-20T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Ludolf Waldmann Júnior