Diagnóstico das infecções fúngicas invasivas e de fungemias em pacientes atendidos no Hospital Universitário Getúlio Vargas
Diagnosis of invasive fungal infections and fungemia in patients attended at the University Hospital Getúlio Vargas
DOI:
https://doi.org/10.60104/revhugv9857Palavras-chave:
Micoses oportunistas; fungemias; epidemiologia; diagnóstico.Resumo
Dados apontam para um aumento na incidência das infecções fúngicas invasivas (IFIs) e de fungemias no mundo, principalmente aquelas causadas por fungos oportunistas, em virtude do aumento de indivíduos imunossuprimidos. Essas micoses são graves e geralmente decorrem da invasão pelo trato respiratório ou da colonização da pele ou mucosas do hospedeiro, e em indivíduos imunossuprimidos, tendem a se disseminar para outros órgãos ou tecidos. A despeito da importância e da gravidade do problema, o diagnóstico de tais infecções ainda representa um desafio para os médicos e microbiologistas, e uma das razões é a deficiência ou inexistência de laboratórios especializados para a realização de diagnóstico micológico na maioria dos hospitais. Diante disto, o projeto objetivou avaliar a ocorrência de IFIs e de fungemias em pacientes internados na UTI e enfermarias do Hospital Universitário Getúlio Vargas, da Universidade Federal do Amazonas. Para isto, foi disponibilizado um serviço de recebimento e de análises micológicas de amostras biológicas de pacientes com suspeitas de infecções sistêmicas, sendo que, para os casos de fungemia, foi utilizado o sistema BACTECTM Série 9000 (BD) para o isolamento primário dos agentes. Durante o período da pesquisa foram analisadas 157 amostras biológicas que deram entrada no laboratório de Microbiologia do Hospital. Destas, foram isolados 3 agentes de infecção fúngica sistêmica: Candida albicans (N=2) e Candida glabrata (N=1). Espécies pertencentes ao gênero Candida, especialmente C. albicans, têm sido apontadas como um dos principais agentes etiológicos de IFIs e fungemias no mundo, portanto o presente estudo corrobora com os dados atuais da literatura. Considerando que o HUGV não dispõe de um Laboratório de Micologia, o estudo realizado, além de colaborar com a implantação de um serviço de coleta e de análises micológicas, também contribui para fornecer dados epidemiológicos sobre infecções fúngicas sistêmicas, além de dar suporte técnico e científico na área do diagnóstico micológico no HUGV/UFAM.