MULHER PRETA E HOMEM BRANCO

A REPRESENTAÇÃO FEMININA NO ROMANCE CHOVE NOS CAMPOS DE CACHOEIRA, DE DALCÍDIO JURANDIR

Autores

  • Rosiely Façanha a Cunha Universidade Federal do Amazonas - UFAM
  • Joanna da Silva Universidade Federal do Amazonas - UFAM

Palavras-chave:

Representação Feminina, Texto literário, Chove nos Campos de Cachoeira

Resumo

Analisar a representação feminina no texto literário, e as relações de poder engendradas por construtos sociais, é, em primeiro lugar, uma ação política e social que visa desconstruir a clássica representação produzida pela hegemonia patriarcal masculina, que durante séculos relegou/a à mulher a condição de subordinação e silenciamento por meio de estratégias de disciplinamento e controle do corpo feminino. Neste sentido, o presente artigo toma como objeto de estudo a obra Chove nos Campos de Cachoeira (1941), do escritor paraense Dalcídio Jurandir, por meio da qual discutiremos a representação da mulher na sociedade Amazônica a partir do protagonismo da personagem Dona Amélia, e das relações que estabelece com os demais personagens no interior da narrativa. Mulher negra, e descendente de escravos, Amélia é discriminada pela sociedade Cachoeirense por viver na condição de “amasia” do Major Alberto, homem branco e de boa posição social na Vila de Cachoeira. A abordagem crítica/analítica aqui proposta terá como suporte teórico os estudos feminista e de gênero, apoiada em autores como: ALVES & PITANGUY (1985), ASSMAR (2003), BEAUVOIR (1970), BONNICI (2003), COSTA (2005), SILVA (2014), SAFFIOTI (2013), SCOTT (1990), que subsidiarão a discussão aqui eleita objeto de estudo.

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Publicado

2018-08-13