FUNÇÕES EXECUTIVAS
E HABILIDADES FONOLÓGICAS EM LEITURA E ESCRITA DE ESCOLARES DO ENSINO
FUNDAMENTAL I
EXECUTIVE
FUNCTIONS AND PHONOLOGICAL SKILLS IN READING AND WRITING OF SCHOOLS OF THE PRIMARY SCHOOL
Priscila dos Santos[1]
RESUMO: O sucesso na aprendizagem de leitura e escrita depende do
bom desempenho no processo de sua aquisição. Diante disso, o objetivo desta
pesquisa foi avaliar o desempenho das habilidades
de memória de trabalho e consciência fonológica de escolares do Ensino
Fundamental I. Este estudo foi submetido ao
Comitê de Ética em Pesquisa e aprovado antes do seu início. A amostrafoi
constituída por 30 estudantes,
sendo meninos e meninas com idades entre 8 e 9 anos,
cursando o 3º ano do ensino fundamental I, de duas escolas da rede particular
da cidade de São Paulo. Foi comparado o desempenho nas habilidades de memória
de trabalho e consciência fonológica, de cada grupo, sendo um alfabetizado por meio do método fônico e o outro pela linha
construtivista. A análise dos dados
obtidos mostrou que os alunos da instituição que utiliza o método fônico
tiveram resultados superiores em quase todas as provas aplicadas,exceto na de
categoria semântica Animas e Frutas doteste de memória de trabalho. Assim, concluiu-se que é de grande relevância o estímulo das habilidades de
consciência fonológica e memória de trabalho para a evolução e o
desenvolvimento de aprendizagem.
Palavras-Chave: Consciência Fonológica. Memória
de Trabalho. Função Executiva.
ABSTRACT: The sucessin learning how
to write depends on the good performance in its acquisition. Having Said that,
the purpose of this study was to evaluate the performance of working memory and phonological
awareness from students of the primary school. This is study
was submitted to ethic committee, was compased by 30 boys and girls between the
ages of 8 and 9 years old attending to the third grade of primary shool from
two private school in the city of São Paulo. Each
group was compared intheperfomance in tasks of working memory and phonological
awareness, one of these groups was literated in phonological method and the
other was literated in construtivist method. The data analysis shows that the
students from the school Who uses phonological method
had superior results on the tests showring better performance, except in the
test of the semantic category of animals from FAS test. This study concluded
the purpose through the evaluation e comparison of the performance in phonological awareness and working memory tasks from
students of primary school and it´s very relevant the stimulation of
phonological awarenessa and working memory to the evolution and development of
learning.
Keywords: Phonological
Awareness. Working Memory. Executive Function.
Recebido em: 30/01/2018
Aceito em: 01/08/2018
INTRODUÇÃO
A leitura e a escrita são atividades complexas compostas
por vários processos, que precisam acontecer de modo interligado e simultâneo,
a fim de se obter um bom resultado. Esse é um tema bastante discutido em
ambientes escolares e em pesquisas de diferentes
áreas como a fonoaudiologia, a linguística, a psicologia do desenvolvimento e a
psicologia cognitiva (SALLES; PARENTE, 2007).
Na aquisição da leitura e da escrita estão envolvidas
diversas funções executivas, como a atenção, a memória, o planejamento e a cognição, que possibilitam que a aprendizagem aconteça
(ANDRADE, 2016).
A consciência fonológica é uma competência que está
diretamente relacionada ao sucesso na aquisição da linguagem escrita e pode ser
definida como umsistema de segmentação fonológica das
unidades integrantes da fala, ou seja, é a percepção dos sons que constituem as
palavras que ouvimos e falamos. Esta habilidade nos permite identificar
sílabas, rimas e fonemas, que podem ser trabalhados para composição de novas
palavras. Por isso, está associada ao desempenho
escolar e ao desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita (CYSNE,
2012).
É possível observar já em crianças com três anos de idade a
capacidade de manipular sons de rima. Em crianças a partir dos quatro anos,
espera-se a capacidade para segmentação de palavras
em sílabas. Por sua vez, a partir dos seis anos, espera-se que a criança
apresente o domínio de todos os níveis relacionados à consciência fonológica
(RIBEIRO, 2011).
Além disso, as habilidades de memória de trabalho e consciência fonológica estão ligadas diretamente à
maturidade e idade cronológica, o que possibilita positivamente, a aquisição da
escrita (GINDRI; KESKE; MOTA, 2007).
Funções executivas é o termo utilizado para conceituar as
habilidades fundamentais para planejar, iniciar,
realizar e monitorar comportamentos intencionais. Memória de trabalho,
flexibilidade cognitiva, atenção seletiva, planejamento e organização são
funções executivas alicerçadoras da aprendizagem de maneira geral (PEREIRA et
al, 2012).
A memória de trabalho é responsável por reter
temporariamente a informação e pelo processamento sincrônico de dados do
ambiente ou da memória de longo prazo. O funcionamento desta habilidade está
relacionado diretamente a tarefas cognitivas complexas. Já seu mau funcionamento pode estar ligado a problemasna
aprendizagem, como dificuldades na leitura e escrita e baixo rendimento escolar
(UEHARA; LANDEIRA-FERNANDEZ, 2010).
Para a aprendizagem, as funções executivas são fundamentais
e, diante da importância desta habilidade e das
dificuldades que podem ser causadas por seu mau funcionamento, pesquisadores
estão se empenhando em desenvolver instrumentos que possam ser aplicados em
crianças, que permitam estimular tais funções. No Brasil, foi criado um programa chamado PIAFEx (Programa de Intervenção em
Autorregulação e Funções Executivas), que tem como propósito ser uma ferramenta
de promoção das funções executivas. Este instrumento pode ser utilizado
inclusive por professores, visto que as funções executivas podem e devem ser ensinadas (DIAS; SEABRA, 2013).
Com relação ao processo de alfabetização, há evidências de
que estão envolvidas nele as habilidades cognitivas como consciência fonológica
e memória de trabalho e que estas predizem o sucesso no aprendizado da leitura (VIEIRA et al, 2005). Além disso, a ausência
de ferramentas que tenham a capacidade de avaliar os aspectos da memória de
trabalho poderá levar a uma grande limitação teórica, metodológica e clínica,
pois certamente métodos de diagnósticos mais
eficientes poderão nortear de forma mais precisa o processo de intervenção no
ambiente escolar (UEHARA; LANDEIRA-FERNANDEZ, 2010).
A fonoaudiologia é a ciência que estuda as habilidades
comunicativas. Seu campo de atuação envolve aspectos como habilitação, reabilitação e aprimoramento de diversas funções como
linguagem oral e escrita; cognição; funções auditivas e vestibulares; fluência
e articulação da fala; voz; funções estomatognáticas (sucção, mastigação e
deglutição); sistemas de comunicação alternativos
(pranchas de comunicação), aumentativos ou suplementares, dentre outras
habilidades que se relacionam ao objeto de estudo desta área, que é a
comunicação humana. Além disso, a fonoaudiologia tem muito a oferecer ao campo
educacional, uma vez que pode participar da equipe
pedagógica, colaborando para que novas estratégias educacionais sejam
elaboradas e tragam benefícios ao processo de ensino e aprendizagem (SISTEMA DE
CONSELHOS FEDERAL E REGIONAIS DE FONOAUDIOLOGIA, 2015).
Dificuldades na linguagem oral
como na compreensão, na expressão das ideias, atrasos, entre outros problemas
de fala, impactam no desenvolvimento do aprendizado. Crianças que apresentam
inabilidade dessas funções, em geral, tendem a projetá-las para o aprendizado
da leitura e da escrita. Essas dificuldades afetam o
processo de decodificação, a compreensão leitora, a estruturação de textos e
consequentemente a ortografia (SOCIEDADE BRASILEIRA DE FONOAUDIOLOGIA, 2012).
Há muito tempo, a educação no Brasil vem apresentando
dificuldades no desenvolvimento das habilidades
comunicativas orais e escritas. Esta deficiência, além de afetar o desempenho
acadêmico dos estudantes, também provoca dificuldades na inserção social e
desequilíbrio emocional. Tudo isso se
relaciona ao objeto de estudo da
fonoaudiologia, que é promover e aprimorar a linguagem oral e aescrita. Certamente,
cabe ao fonoaudiólogo educacional priorizar as principais dificuldades
enfrentadas pela educação, com foco na ineficiência em alfabetizar, garantindo
a todos a capacidade de dominar a leitura e a escrita
(ZORZI, 2015).
É importante ressaltar que o papel do fonoaudiólogo no
ambiente escolar é preventivo. Além disso,é fundamental que haja orientação
adequada aos pais e professores sobre as diferentes formas de estimulação. Deve-se considerar que o desenvolvimento adequado das
habilidades de leitura e escrita depende de condições extrínsecas e intrínsecas
da criança e que o contato com atividades que permitem a manipulação consciente
dos sons poderá beneficiar o desenvolvimento da
linguagem escrita (NUNES; FROTA; MOUSINHO, 2009).
Embora a linguagem oral e a linguagem escrita sejam o ponto
crucial da atuação do fonoaudiólogo educacional, há várias questões no âmbito
escolar que envolvem o conhecimento amplo do fonoaudiólogo, como a audição, a motricidade orofacial e a voz. O
fonoaudiólogo educacional precisa estar apto também a situações de caráter
administrativo, pois, certamente o seu planejamento de atuação deve estar
correlacionado ao projeto político pedagógico da escola, para tentar estabelecer e manter um vínculo com essa instituição
(OLIVEIRA; SCHIER, 2013).
A atuação do fonoaudiólogo está descrita na Lei Federal nº
6.965/1981e regulamentada pelo Decreto nº 87.218/1982. Para que sua atuação
seja executada de forma ética e competente, o
fonoaudiólogo educacional deverá respeitar e cumprir as normas do Sistema de
Conselhos Federal e Regionais de Fonoaudiologia e o Código de Ética
Profissional, e deverá também ter conhecimento referente às leis da área da
educação, principalmente, a Constituição Federal, a
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, o Plano Nacional e os Planos
Estaduais e Municipais de Educação, o Plano de Desenvolvimento da Educação, as
Políticas Públicas e os programas voltados à Educação e Saúde, o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Declaração
Universal dos Direitos Humano e Bioética (SISTEMAS DE CONSELHOS DE
FONOAUDIOLOGIA, 2015).
Atualmente, tornou-se comum falar em dificuldades de
aprendizagem tanto no âmbito escolar como em clínicas de acompanhamento fonoaudiológico e psicopedagógico. É crescente o
número de nomenclaturas para explicar porque crianças não se desenvolvem no
aprendizado. Os termos distúrbios, transtornos, entre outros são cada vez mais
utilizados (SORDI-ICHIKAWA, 2012). Por ser um tema de
extrema relevância no ambiente escolar e para a sociedade em geral, deve-se
conscientizar os docentes e as famílias do quão é fundamental a presença de um
fonoaudiólogo educacional, que pode auxiliar na realização de atividades que
desenvolvam as capacidades fonêmicas, além de outros
trabalhos preventivos, com o propósito de evitar futuras dificuldades (DIAS,
2013).
Ainda que, pesquisas científicas sobre o assunto sejam
muito influenciadas por abordagens clínicas e por outras especialidades da fonoaudiologia, pode-se considerar que a fonoaudiologia em
relação à área educacional apresenta-se como tema e como campo subentendido a
ser desenvolvido e aprofundado, a fim de que problemas na área educacional
possam ser resolvidos também com a participação e
contribuição da área fonoaudiológica (TRENCHE; BISERRA; FERREIRA, 2011).
Sobretudo, a parceria Educação e Fonoaudiologia deverá compreender que a
contribuição tem que ser mútua, uma vez que a linguagem mostra-se cada vez mais
presente no processo de reformulação de práticas
educacionais (ALBINO, 2015).
OBJETIVO
Avaliar o desempenho das habilidades de memória de trabalho
e consciência fonológica em escolares do Ensino Fundamental I.
MÉTODO
Este estudo comparativo, transversal e qualitativo, foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa antes do seu
início e todos os responsáveis pelos sujeitos assinaram o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo 1).
Para a obtenção
dos dados, foram aplicados testes avaliativos baseados na literatura sobre o assunto. Para a consciência fonológica, foi usado
o protocolo CONFIAS, instrumento de avaliação sequencial, que é dividido em
duas partes (Anexo V). A primeira corresponde a consciência silábica e é
composta pelos itens: Síntese silábica,
Segmentação silábica, Identificação da sílaba
inicial, Identificação de rima, Produção de palavras com a sílaba dada,
Identificação de sílaba medial, Produção de rima, Exclusão e Transposição. A segunda parte
refere-se ao nível fonêmico, sendo composta por: Produção
de palavras que inicia com o som dado, Identificação de fonema inicial,
Identificação de fonema final, Exclusão, Síntese, Segmentação, Transposição.
Para memória de trabalho foi aplicada a Prova de Fluência
Verbal Semântica e Fonêmica (NCCEA-FAS; Spreen&Benton,1977;
Norms for FAS and Animal Fluency are alsosoldbyPAR;Gladsjo, Schuman, Miler, et
al., 1999, Heaton et al., 2004), nas
categorias de animais e frutas. Foi solicitado aos participantes que produzissem o maior número de
palavras para cada uma das duas categorias
semânticas, separadamente, em 60 segundos (cada). Para a categoria
fonêmica, foi solicitado que fosse dito o maior número
de palavras que começassem com as letras F
e A, separadamente, em 60
segundos (cada) (Anexo VI). Os testes
foram aplicados individualmente e o registro foi
feito pela examinadora.
A amostra do presente estudo foi constituída por 30
estudantes, sendo meninos e meninas com idades entre 8 e 9 anos, cursando o 3º
ano do ensino fundamental I, de duasescolas da rede particular da cidade de São Paulo. Metade da amostra foi oriunda
de uma escola que utiliza o método fônico para alfabetizar, e os outros 15
alunos foram de uma escola que utiliza a concepção construtivista de
alfabetização. Como critério de
exclusão, não foram selecionados para este estudo
alunos que tinham diagnósticos de transtornos de aprendizagem, deficiência
intelectual e/ou mental. Foram utilizados testes estatísticos paramétricos e
não paramétricos para a análise dos achados.
RESULTADOS
Tabela 1: Distribuição percentual dos sujeitos segundo
idade e sexo.
Aplicação do Teste Exato de Fisher, com o intuito de verificarmos
possíveis diferenças entre ambas as instituições, para as variáveis de
interesse:
Variável |
Categoria |
INSTITUIÇÃO |
Sig. (p) |
|||
|
Método Fônico |
|||||
Freq. |
Perc. |
Freq. |
Perc. |
|||
Sexo |
Fem. |
7 |
46,70% |
5 |
33,30% |
0,456 |
Masc. |
8 |
53,30% |
10 |
66,70% |
||
IDADE |
8 anos |
10 |
66,70% |
12 |
80,00% |
0,409 |
9anos |
5 |
33,30% |
3 |
20,00% |
Fonte: Elaboração própria com base nos dados do estudo (2018)
Os resultados da tabela 1 mostram
que em ambas as instituições, o sexo predominante é o masculino. Com relação a
idade, há predominância da faixa etária
de 8 anos também em ambas instituições.
Tabela 2: Distribuição percentual de resultado teste
CONFIAS.
Aplicação do Teste de Mann-Whitney, com o
intuito de verificarmos possíveis diferenças entre ambas as instituições, para
as variáveis de interesse:
Variável |
Instituição |
n |
Média |
Desvio-padrão |
Mínimo |
Máximo |
Percentil 25 |
Percentil 50 (Mediana) |
Percentil 75 |
Sig.
(p) |
SILABAS |
Met.Fôni-co |
15 |
35,07 |
2,79 |
30,00 |
39,00 |
33,00 |
36,00 |
37,00 |
0,168 |
Construti- vista |
15 |
33,20 |
3,99 |
24,00 |
39,00 |
31,00 |
34,00 |
36,00 |
||
Total |
30 |
34,13 |
3,51 |
24,00 |
39,00 |
32,00 |
35,00 |
36,25 |
||
FONEMAS |
Met.Fôni-co |
15 |
24,07 |
3,79 |
19,00 |
29,00 |
19,00 |
25,00 |
27,00 |
0,118 |
Construti- vista |
15 |
21,13 |
5,67 |
10,00 |
30,00 |
17,00 |
22,00 |
25,00 |
||
Total |
30 |
22,60 |
4,97 |
10,00 |
30,00 |
19,00 |
22,50 |
27,00 |
||
TOTAL TESTE |
Met.Fôni-co |
15 |
59,13 |
5,71 |
49,00 |
68,00 |
55,00 |
58,00 |
63,00 |
0,146 |
Construti- vista |
15 |
54,33 |
9,19 |
37,00 |
68,00 |
47,00 |
57,00 |
60,00 |
||
Total |
30 |
56,73 |
7,90 |
37,00 |
68,00 |
50,75 |
58,00 |
63,00 |
Fonte: Elaboração própria com base nos dados do
estudo (2018)
Os resultados da tabela
2, que corresponde à distribuição percentual de resultado do teste CONFIAS na etapa silábica, mostram que os alunos da escolaA
(método fônico) obtiveram melhor desempenho nessa avaliação(35,7% de acertos, enquanto a escola B apresentou 33, 2% de acertos). Com relação à
etapa fonêmica, o melhor desempenho também foi dos alunos da escola A, que obtiveram 24,1% de acerto nas provas
avaliativas, contra 21,1% de acertos da escola B (concepção construtivista).
Portanto, oresultado final demonstra que o método de ensino contribuiu de forma
estatisticamente significante para o desenvolvimento
desta competência metalinguística.
Tabela 3: Distribuição percentual de resultado teste
FAS.
Categoria semântica
Aplicação do Teste de Mann-Whitney, com o
intuito de verificarmos possíveis diferenças entre ambas as instituições, para
as variáveis de interesse:
Variável |
Instituição |
n |
Média |
Desvio-padrão |
Mínimo |
Máximo |
Percentil 25 |
Percentil 50 (Mediana) |
Percentil 75 |
Sig. (p) |
FRUTAS PERCENTIL |
Met. Fônico |
15 |
21,87% |
17,24% |
4,00% |
62,00% |
8,00% |
18,00% |
27,00% |
0,477 |
Construti- vista |
15 |
32,20% |
28,54% |
3,00% |
84,00% |
8,00% |
27,00% |
46,00% |
||
Total |
30 |
27,03% |
23,76% |
3,00% |
84,00% |
8,00% |
18,00% |
43,00% |
ANIMAIS PERCENTIL |
Met. Fônico |
15 |
18,07% |
21,06% |
2,00% |
73,00% |
4,00% |
8,00% |
18,00% |
0,030 |
Construti- vista |
15 |
30,80% |
23,25% |
7,00% |
92,00% |
8,00% |
21,00% |
46,00% |
||
Total |
30 |
24,43% |
22,74% |
2,00% |
92,00% |
7,75% |
16,00% |
39,00% |
Fonte: Elaboração própria com base nos dados do
estudo (2018)
Na Tabela 3, que corresponde
a distribuição percentual do resultado do teste FAS, onde foram aplicadas
provas de categoria semântica com o objetivo de avaliar a memória de trabalho,
os alunos da escola B (concepção construtivista) apresentaram melhor desempenho na categoria ANIMAIS (30,8% acertos contra 18,7% da
escola A), havendo uma diferença significativa entre as instituições. Na categoria semântica FRUTAS, a escola B manteve
desempenho superior ao dos alunos da escola A (método fônico), com 32,2% de
acertos, enquanto a escola A apresentou 21,8% na
evocação em 60 segundos.
Tabela 4: Distribuição percentual de resultado teste
FAS.
Categoria fonêmica
Aplicação do Teste de Mann-Whitney, com o intuito de verificarmos
possíveis diferenças entre ambas as instituições,
para as variáveis de interesse:
Variável |
Instituição |
n |
Média |
Desvio-padrão |
Mínimo |
Máximo |
Percentil 25 |
Percentil 50 (Mediana) |
Percentil 75 |
Sig. (p) |
LETRA F PERCENTIL |
Metódo Fônico |
15 |
50,33% |
23,71% |
14,00% |
95,00% |
34,00% |
54,00% |
66,00% |
0,032 |
Construti- vista |
15 |
30,47% |
24,15% |
4,00% |
79,00% |
8,00% |
24,00% |
54,00% |
||
Total |
30 |
40,40% |
25,59% |
4,00% |
95,00% |
14,00% |
38,00% |
55,00% |
LETRA A PERCENTIL |
Metódo Fônico |
15 |
40,93% |
22,87% |
7,00% |
69,00% |
16,00% |
46,00% |
69,00% |
0,599 |
Construti- vista |
15 |
37,93% |
28,97% |
2,00% |
98,00% |
16,00% |
31,00% |
50,00% |
||
Total |
30 |
39,43% |
25,69% |
2,00% |
98,00% |
16,00% |
31,00% |
60,75% |
Fonte: Elaboração própria com base nos dados do estudo (2018).
Na Tabela 4, que corresponde à distribuição percentual do
resultado do teste FAS na evocação de palavras que começavam com as letras
dadas (A e F),os alunos da escola A (método fônico)obtiveram desempenho
superior aos da escola B (concepção construtivista),
apresentando 40,9% de acertos em palavras iniciadas com A, enquanto a escola B
apresentou 37,9% de acertos. Quanto a
evocação de palavras que começam com a LETRA F, a escola A manteve desempenho
superior, com 50,3% de acertos, enquanto a escola B apresentou 30,5% na evocação em 60 segundos.
DISCUSSÃO
Os dados obtidos no presente estudo, monstram que quanto às
funções executivas, os alunosda escola B (construtivista) apresentaram melhor
desempenho apenas na capacidade de evocar informações armazenadas na memória de longo prazo na categoria semântica. Entretanto,
em todas as demais habilidades avaliadas, os alunos da escola A (fônica)
tiveram melhor desempenho. Supõe-se que isso tenha acontecido devido ao fato de
que os alunos da escola construtivista tenham contato
demasiado com unidades maiores (palavras e frases) no início de sua
alfabetização,e pouca ou nenhuma vivência com a manipulação de unidades
menores, o que pode ocasionar prejuízos
com a habilidade de estabelecer relação grafema-fonema (decodificação), no processo de aprendizagem de leitura e escrita.
Por outro lado,os alunos que foram alfabetizados pelo método fônico
apresentaram índices superiores em todas as provas, exceto na evocação de
categorias semânticas, o que pode envolver questões atencionais.
O método fônico representa um sistema de síntese contínua,
por meio da relação fonema-grafema (decodificação), desde o início do processo
da aprendizagem, ou seja, a partir de elementos mais simples (menor unidade). A
concepção construtivista parte do princípio do método global, o que se refere a estruturas
complexas, ou seja, palavras, frases, textos ou histórias (maior unidade).
Dessa forma, esse método requer a memorização de palavras e, só mais tarde, por
meio da relação da síntese continua, o aprendiz compreenderá as unidades mais
simples, que correspondem a sílabas e letras (VALENTE; MARTINS, 2004).
Atéos anos1990, o método global era o modelo de metodologia mais utilizado em países desenvolvidos e em
desenvolvimento. Contudo, a defagem sistemática no desempenho da população
escolar desses países gerou insatisfação entre os envolvidos na educação,o que
incentivou a conhecida“Guerra da Leitura”. Países
desenvolvidos como, por exemplo, os Estado Unidos, determinaram por ordem de seu Congresso, antes
de decidir pelo método fônico ou global, que fosse feita uma análisepara avaliar os resultados demais de 100 mil estudos
experimentais sobre a eficácia de diferentes métodos
de alfabetização. Os
resultados revelaram a superioridade absoluta
dométodo fônico, o que levou o Congresso dos Estados Unidos a decretar
oficialmente essemétodocomo
omais efetivo para a alfabetização (SILVEIRA et al,2007).
É importante ressaltar que a
escola tem um papel fundamental no processo de alfabetização. Sendo assim, deve estar bem preparada, quanto
aos aspectos pedagógicos (formação, domínio da metodologia
aplicada e materiais), pois, noambiente escolar,existem crianças que já possuem uma bagagem de vida escolar, seja no primeiro
contato com a escola, na educação infantil ou em suas casas por meio de
estímulos da família; e aquelas que merecem mais observação, devido ao contato
tardio (ou nunca) com esse universo sistematizado de
aprendizagens (ROSA, 2013).
O estudo de Cardoso e Silva (2013) refere que a avaliação
do desempenho de crianças em relação à consciência fonológica e à
memória de trabalho (no início da alfabetização), pode colaborar para um bom desenvolvimentodo processo de aquisição da
linguagem escrita, pois,na medida em que os níveis de consciência fonológica e
memória de trabalho são aprimorados, a criançaavança naalfabetização. Portanto,
estas, são medidas diretamente proporcionais a esse processo. Durante a avaliação do presente estudo, observou-se que os alunos da
concepção construtivista apresentaram dificuldades significativas com relação aconsciência
fonológica. Entretanto, nas últimasprovas do teste CONFIAS, após um contato breve
com essa habilidade durante a avaliação, alguns
alunos passaram a compreender e manipular de maneira mais assertiva as provas de
consciência fonológica, indicando que, quanto maiores forem os estímulos com
relação a tais habilidades, melhor será o desempenho desses alunos, tanto em tarefas avaliativas, como para a aquisição da linguagem
escrita.
Por outro lado,Cárnioet al (2015) referem
ausência de correlação entre as habilidades de consciência fonológica e
memória de curto prazo fonológica,
observada em um estudo com escolares do 1º ano
do ensino fundamental. Sendo assim, os autores sugere que o bom desempenho
em memória de curto prazo fonológica não é necessariamente um fator
determinante para a consciência fonológica no início da alfabetização. Porém,
no decorrer do processo, o domínio de habilidades da
consciência fonológica pode favorecer o desempenho de escolares em memória de
curto prazo fonológica. Dentro do ambiente escolar, poucos profissionais ou
quase nenhum possui esse conhecimento e, por isso, tais habilidades não são observadas, nem avaliadas no processo de aprendizagem. É
preciso instrução adequada dentro deste ambiente e pesquisas envolvendo
professores entre outros profissionais do âmbito escolar, visto que tais
habilidades contribuem para a evolução no processo de aprendizagem. O estímulo de habilidades de consciência fonológica que esses
alunos recebem é muito pouco, uma vez que
essa metodologia de ensino não privilegia o ensino explícito da relação
fonema-grafema. Consequentemente o desempenho destes estudantes em todas as provas foi baixo, quando comparado aos alunos da
instituição que usa o método fônico.
Os achados dapesquisa de Antunes, Freire e Crenitte (2015) feita em
escolares com risco para dificuldades de aprendizagem, mostram que os alunos
evoluíram nas habilidades cognitivo-linguísticas de consciência fonológica,
memória de trabalho auditiva, velocidade de processamento (acesso ao léxico
mental), leitura e escrita de palavras reais, após a
aplicação do programa de remediação fonológica. Esses resultados reforçam a
importância de inserir e explorar atividades de estimulação da consciência
fonológica no ensino infantil, ou seja,
este programa contribuiu para avanços significativos
no processo da alfabetização e no desenvolvimento da aprendizagem. Esse achado
indica o quanto é importante que profissionais do ambiente escolar estejam
preparados e instruídos adequadamente com relação a tais habilidades. Quando observadas e
avaliadas, dificuldades na evocação e
manipulação silábica e fonêmica podem ser evitadas e assim trazer benefícios em
diferente fases da vivência escolar. Os alunos da instituição que faz uso do
método fonêmico apresentaram um melhor
desempenho nas provas avaliativas do presente estudo
e demonstraram melhor compreensão quanto aos enunciados de cada prova,
diferente dos alunos da instituição que utiliza a concepção construtivista, que
obtiveram baixo rendimento e precisavam de mais exemplos para compreender o enunciado das provas.
O estudo de Silva e
Capellini (2013) avaliou o desempenho de escolares com e sem transtorno de
aprendizagem em leitura, escrita, consciência fonológica, velocidade de
processamento e memória de trabalho fonológica, emum
grupo com transtornos de aprendizagem eum grupo controle, e concluiu que, o desempenho de ambos foi semelhante, o que sugere que a dificuldade em realizar
atividades de consciência fonológica, que envolve a relação grafema/fonema, não
é uma barreira apenas para alunos com quadros de
transtorno de aprendizagem, mas também para os alunos sem dificuldades
significativas de aprendizagem. No presente estudo, também foi observada a
dificuldade em consciência fonológica dos escolares da instituição que usa a concepção construtivista. Estes escolares não
apresentavam diagnóstico e/ou dificuldades de aprendizagem, porém,
obtiveram baixo desempenho com relação a
essa habilidade na avaliação.
Com relação a atuação clínica, a análise da pesquisa feita
por Wiethan e Mota (2011), que se refere a propostas
terapêuticas, destaca que o terapeuta deve considerar o fato de que crianças
diferentes, respondem de maneira distintas às diversas abordagens apresentadas,
sendo necessária uma atenção personalizada, ou seja,
individual para cada criança,
especificamente no planejamento terapêutico.
Durante a aplicação das provas avaliativas do presente
estudo, observou-se que alguns alunos necessitavam do máximo de exemplos
disponíveis no teste, para compreender o enunciado da
tarefa e assim conseguiam responder à solicitação. Assim como na abordagem
terapêutica, dentro do ambiente escolar deve-se levar em consideração e avaliar
de maneira mais individual, o processo de aprendizagem de cada aluno, pois, ele
acontece de maneira distinta e única para cada um, consequentemente levando a uma
resposta personalizada. Ou seja, é
importante que seja observado este aspecto para que o aluno não
seja prejudicado no decorrer de suas experiências escolares.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
O presente estudo teve por
objetivo avaliar e comparação o desempenho das habilidades de memória de
trabalho e consciência fonológica em escolares do ensino fundamental I.
Após a análise dos dados coletados constatou-se que é de
grande relevância o estímulo das habilidades de
consciência fonológica e memória de trabalho para a evolução e o
desenvolvimento de aprendizagem, e que a relação de tais habilidades, seja ela
direta ou indireta , contribui de maneira significativa e importante tanto no
inicio da alfabetização como na aquisição de leitura e escrita, ou
seja, quanto maior for o contato com tais habilidades, maior será o sucesso na aprendizagem, o que
corrobora com a literatura.
Os alunos da concepção construtivista obtiveram resultados
inferiores quando comparados aos alunos do método
fônico, devido ao contato insuficiente com elementos mais simples (menor unidade), o que consequentemente afetou o desempenho em todas as provas aplicadas, exceto na evocação das
categorias semânticas animais e frutas. Por conseguinte,
a escola desempenha um papel fundamental no início e no desenvolvimento da
alfabetização, pois, é a partir dela que tais ferramentas são ou não utilizadas
para compor o processo de aprendizagem.
Contudo, é preciso mais pesquisas envolvendo o
assunto, especificamente as funções executivas e o
processo de aquisição de leitura e escrita,que contribuirão para as práticas
fonoaudiológicas e educacionais mais eficientes.
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