DESIGN DE ANIMAÇÃO COMO ATO DECOLONIAL: Konãgxeka, o Dilúvio Maxacali e Mãtãnãg, a encantada
DOI: https://doi.org/10.29327/5457226.1-380
Resumo
Há uma mudança em curso na produção artística brasileira, a qual a pesquisadora Alessandra Simões Paiva denomina ‘virada decolonial’. Às artes, segundo Paiva, o termo ‘decolonial’ confere a participação em uma mudança estrutural. Entre as produções audiovisuais artística surgem documentários, registros de cenas do cotidiano e animações sobre os povos originários. Nesse conjunto, o design de animação se destaca por permitir uma maior liberdade visual para percorrer um imaginário que transcende o comum, o que é necessário ao se abordar outras perspectivas para além da hegemônica. Este artigo propõe a discussão sobre a produção de animações nas quais o pensamento decolonial está presente não apenas na história a ser transmitida, mas no próprio processo de elaboração da obra. Para isso, serão apresentados dois estudos de caso de animações produzidas pela Pajé Filmes, coletivo audiovisual formado por indígenas e nãoindígenas, cujo modo de produção se apresenta como um ato decolonial.
Palavras-Chave: Design de animação; Decolonialidade nas artes; produções audiovisuais indígenas; Pajé Filmes.