Amazônica - Revista de Psicopedagogia, Psicologia escolar e Educação

Capa, Sumário, Apresentação

Ewerton Helder Bentes de Castro — 2024-07-26

Capa, Sumário e apresentação do volume

Fenomenologia crítica:

Ewerton Helder Bentes de Castro — 2024-07-26

Corrente filosófica originada na Escola de Frankfurt, no início do século XX, tendo como expoentes Adorno, Habermas e Marcuse, busca compreender e criticar profundamente a complexidade, a intricância e a intrincadeza da sociedade capitalista contemporânea. O objetivo deste estudo é apresentar algumas das dimensões desta importante abordagem filosófica e suas imbricações com várias áreas do saber. Expõe-se desde sa elaboração enquanto área do saber à contextualização de alguns conceitos fundamentais e que demonstram sua grandiosidade, a saber: alienação, ideologia, emancipação, racionalização e o caráter politico que permeia toda essa construção teórica. Conclui-se que a fenomenologia crítica é uma abordagem filosófica fundamental para o entendimento dos impactos das novas tecnologias e ciências na sociedade atual. Seu diálogo aberto e crítico contribui para a reflexão sobre o papel da humanidade diante do avanço tecnológico, permitindo que questionemos, repensemos e reconfiguremos nossas relações com o mundo em constante transformação.

Contribuições da Fenomenologia Husserliana para a Psicoterapia Afirmativa

Jefther Felipe Lima Rocha — 2024-07-26

Este estudo apresenta contribuições dos fundamentos da Fenomenologia Husserliana para a Terapia Afirmativa, orientadas pela abordagem qualitativa, da atitude e do método fenomenológico. A Fenomenologia enquanto recurso metodológico, se utiliza do exercício da epoché, a suspensão do juízo em relação à atitude de existência das coisas. A Terapia Afirmativa é uma vertente que consiste num conjunto de pressupostos teóricos sobre a diversidade sexual e de gênero, bem como numa atitude clínica especificamente voltada para o desenvolvimento de uma identidade LGBT+ positiva. Destacamos como o método e a atitude fenomenológicas são essenciais para que ocorra acolhimento e a assistência de pessoas LGBT+ respeitando suas idiossincrasias. Para além de uma mudança de atitude naturalista nos saberes e fazeres psicológicos, é importante que os psicólogos intencionem conhecer mais acerca das discussões, movimentos e da realidade acerca da diversidade de gênero e sexual, visando oferecer a melhor assistência profissional e cuidado a essas pessoas.

Plantão psicológico, interseccionalidades e racialidades:

Atália Maria Schaeken Silva — 2024-07-26

Este ensaio objetiva detalhar a importância e relevância significativa do plantão psicológico e das interseccionalidades de gênero e raça no contexto contemporâneo, tendo em vista a crescente demanda por perspectivas teóricas inclusivas e compreensivas na área da psicologia, expande-se a importância de compreender a complexidade e a interconexão entre gênero, raça e saúde mental, explorando diferentes perspectivas e teorias relevantes. Segue a

proposta qualitativa, consubstanciando-se em uma revisão de literatura. São apresentados: contextualização temática, fundamentos teóricos, Psicologia interseccional, Racialidade e Psicologia, Plantão psicológico: conceitos e práticas, interseccionalidade de gênero e raça, teorias interseccionais, mulheres negras e saúde mental, homens negros e saúde mental, estratégias de intervenção, acolhimento e escuta ativa, desafios e perspectivas futuras, barreiras no atendimento psicológico, inovações e boas práticas. Conclui-se que a pesquisa apresenta contribuições relevantes para a construção de uma prática psicológica mais inclusiva e sensível às questões étnico-raciais.

A fenomenologia crítica de Merleau-Ponty e a pesquisa em Psicologia

Janderson Costa Meira — 2024-07-26

O estudo busca estabelecer a correlação entre o pensamento fenomenológico de Maurice Merleau-Ponty com a pesquisa em Psicologia. O aparato filosófico do autor, no que tange a intencionalidade e o corpo próprio, compreendidos como fundamentos da fenomenologia crítica, levou a uma nova abordagem na interpretação das experiências humanas. É um estudo sob o viés qualitativo em que embasamos a pesquisa na revisão de literatura, trazendo alguns constructos teóricos considerados pertinentes à compreensão da temática: a noção de corpo próprio em Merleau-Ponty, Aplicações da fenomenologia crítica em Psicologia, A relação entre sujeito e objeto na percepção, Metodologias de pesquisa em Psicologia fenomenológica, Entrevistas fenomenológicas propriamente ditas: compreensão da pluridimensionalidade, Estudos de caso e análise fenomenológica, Interpretação e significado na pesquisa fenomenológica, Desafios e críticas à abordagem fenomenológica em Psicologia, Objetividade e subjetividade na pesquisa fenomenológica. Conclui-se que a integração entre a fenomenologia merleau-pontyana e as teorias contemporâneas pode fornecer uma base sólida para explorar novos horizontes na pesquisa e na prática profissional. Pode, a nosso ver, abrir caminhos para a investigação de fenômenos psicológicos emergentes, como os impactos avassaladores da tecnologia em constante evolução e da virtualidade na experiência humana.

E depois do diagnóstico psicopatológico?

Keila Lumi Sugahara — 2024-07-26

O cuidado em saúde mental deve singularizar e devolver ao sujeito a tutela e o cuidado de sua existência. Diante da constante priorização de estudos que se direcionam puramente à descrição de patologias é necessário empreender iniciativas que discutam a viabilização do Ser após o diagnóstico psicopatológico partindo da realidade do sujeito que vivencia em seu cotidiano esta realidade. O objetivo deste estudo é discutir as significações atribuídas ao diagnóstico psicopatológico e abertura ao horizonte de possibilidades alinhados a abordagem fenomenológica sem excluir a subjetividade e particularidade do sujeito. Este estudo é de cunho qualitativo estruturado por meio de um estudo de caso. Os achados evidenciaram que o diagnóstico psicopatológico repercute nos diferentes modos de existir do ser humano sendo a psicoterapia uma possibilidade de abertura ao horizonte de significações.

Violências Vivenciadas por Adolescentes no Brasil:

Nadynne Araújo de Oliveira — 2024-07-26

A adolescência é amplamente discutida no que concerne a aspectos sociais, psicológicos e biológicos. Dentre os fenômenos que podem comprometer o processo de desenvolvimento saudável de um adolescente, é experienciar violências. Entretanto no Brasil, essa tem sido a realidade muitos adolescentes. O objetivo deste trabalho é integrar dados sobre o fenômeno da violência vivenciada por adolescentes no Brasil, sobretudo nos contextos escolares, e discutir à luz da fenomenologia. Esse estudo caminha por uma abordagem qualitativa, apesar da revisão integrativa compor estudos quantitativos. Foram usados os seguintes comandos booleanos: adolescente AND escola AND violência nas bases de dados, SciElo, BVSaúde e PePsic. Foram incluídos 296 trabalhos e revisados 16 artigos científicos em um espaço-temporal de dez anos. Os adolescentes sofrem de inúmeras violências que repercutem negativamente no seu processo de desenvolvimento, na sua saúde mental e consequentemente na percepção que tem de si mesmos. É necessário o estabelecimento de políticas públicas eficazes na promoção e prevenção em saúde mental que faça um trabalho integrado entre adolescente, escola, família e comunidade.

Reflexões sobre a docência em Fenomenologia no cenário de preconceitos às abordagens na formação do psicólogo

Shirley Macêdo — 2024-07-26

Esse ensaio foi escrito considerando nossa experiência de mais de 25 anos como docente em cursos de graduação em Psicologia, a partir da qual sempre presenciamos situações envolvendo preconceitos em relação às diversas abordagens. Essas situações terminam inviabilizando processos de ensino-aprendizagem, limitando a abertura à diferença, interferindo no processo de construção de identidade do futuro psicólogo, além de comprometer a saúde mental de quem enfrenta esses preconceitos no ambiente de trabalho e a ética dessa profissão nas instituições formadoras no Brasil. Destarte, nosso objetivo é refletir sobre a docência de disciplinas relacionadas à fenomenologia em cursos de graduação em Psicologia diante de preconceitos paradigmáticos, apresentando propostas de como o docente pode intervir neste cenário e mobilizar os estudantes para desenvolver de forma crítica e ética o conhecimento das diversas abordagens. O exercício reflexivo nos levou a apresentar alternativas concretas de práticas pedagógicas nessas disciplinas, além de concluir que, como as bases para a construção da identidade profissional são perpassadas pela percepção do tempo, do lugar, do outro e de si mesmo, o ensino da fenomenologia deve priorizar atividades que ampliem a percepção ética dos estudantes sobre a pluralidade do fazer psicológico.

Caracterização da produção lusófona em psicologia fenomenológico-existencial no século XXI:

Victor Portavales Silva — 2024-07-26

O objetivo do artigo é apresentar uma revisão cienciométrica da produção científica, em formato de artigos, da produção lusófona em Psicologia fenomenológico-existencial ao longo do século XXI. Para tanto, realizamos a catalogação e análise de 710 artigos produzidos nesse campo de conhecimento em língua portuguesa desde o ano 2000. A catalogação foi realizada no software Mendeley, e as análises geradas a partir dos softwares Bibliometrix e VosViewer. Os termos utilizados na busca foram psicologia fenomenológica, e psicologia fenomenológico. A base de dados consultada foi o Google Acadêmico. Como resultado, verificamos que a Revista da Abordagem Gestáltica foi o periódico com maior contribuição no período estudado e Ana Maria Lopes Calvo de Feijoo a autora com maior número de publicações. O autor mais citado foi Adriano Furtado Holanda.

A Pluridimensionalidade da Docência no Ensino Superior e as Implicações nas Áreas da Saúde

Jane da Silva Paes — 2024-07-26

O presente artigo explora a formação em saúde, com foco na docência, na vivência dos discentes e seus desafios, abordando a pluridimensionalidade do ensino superior em saúde, a necessidade de ir além da mera transmissão de conhecimentos e a importância da diversidade de saberes. Ademais, aponta a evolução histórica do ensino superior em saúde e as especificidades do âmbito rural. Também destaca a importância de reconhecer a subjetividade dos discentes, ressaltando a relevância da empatia e do olhar atento do docente, visando a potencialização do aprendizado. Enfatiza as metodologias ativas como ferramentas essenciais para a promoção da autonomia do aluno e seu protagonismo no processo de construção do conhecimento. Reconhece os desafios da docência no ensino superior em saúde, como a desvalorização da profissão, a sobrecarga de trabalho e a falta de recursos. Propõe uma reflexão crítica, em diálogo permanente, para a formação de profissionais de saúde engajados, críticos e reflexivos. Conclui que a formação em saúde trata-se de um processo transformador para discentes e docentes, por ser uma jornada de aprendizado mútuo, crescimento pessoal e profissional, que contribui para uma sociedade mais justa e saudável.

A prática da Psicologia Fenomenológica no Amazonas:

Ewerton Helder Bentes de Castro — 2024-07-26

O fazer psicológico é constituído por uma série de olhares, diferenciados entre si, sobre o ser humano, objeto de estudo. E um deles, a Fenomenologia-Existencial que pressupõe ir ao outro a partir do encontro que entre ambos é estabelecido. O objetivo deste artigo é apresentar a prática da Psicologia Fenomenológica a partir da inserção de discentes no plantão psicológico em escolas da rede pública. Para tanto é resgatada toda a base conceitual relativa a Fenomenologia proposta por Husserl, Heidegger e Merleau-Ponty. É apresentada a perspectiva dos Três Olhares que consubstancia a configuração relacional experienciada na atividade. Percebe-se que, imergir na relação com o adolescente, a partir dessa propositura de clínica, é um contínuo desafio, pois pressupõe que saiamos de nosso locus de olhar o outro apenas a partir de hipóteses diagnósticas, reducionismos ou minimalismo de enquadres, para vivenciarmos uma relação em que a compreensão do vivido é o fundamento. Conclui-se que ao discente em formação e ao profissional de Psicologia que ouse enveredar pela perspectiva em questão, significa entender que o ser humano não deve ser observado como natureza humana, como condição humana, mas como conquista.

Para além dos muros:

Mauro Batista Negreiros — 2024-07-26

A graduação em psicologia perpassa diversas fronteiras do aprendizado por diferentes perspectivas das possíveis vertentes de atuação, neste sentido, os estágios são primordiais para isso, por essa razão buscou-se aqui descrever como foi a trajetória dos alunos na matéria de estágio básico, atuando de forma observacional no projeto Plantão Psicológico nas escolas públicas de Manaus-AM. As atividades foram previamente instruídas em capacitações, os alunos foram para a prática em campo, receberam o devido acompanhamento preconizando o processo ensino-aprendizagem dos graduandos, com enfoque no desenvolvimento das atividades na modalidade de plantão, tendo como base teórica a Fenomenologia-Existencial, utilizando-se também da proposta da clínica dos três olhares de Castro, uma vez que trabalhar o Projeto de Plantão Psicológico com enfoque na Fenomenologia possibilita a imersão necessária junto aos jovens atendidos pelo projeto, ao se colocar em disponibilidade para acolher possibilitando aos discentes compreensão de que fazer psicologia é ir além do intramuros institucionais, é um fazer primordial para tornar-se psicólogo.

Ensaio sobre o sentido existencial a partir de um ponto de vista filosófico:

André Vinícius Dias Senra — 2024-07-26

Ensaio sobre o sentido existencial a partir de um ponto de vista filosófico

Psicologia Fenomenológica Crítica e Interseccionalidade:

Ewerton Helder Bentes de Casteo — 2024-07-26

Este estudo tem como objetivo apresentar a imbricação entre Psicologia Fenomenológica Crítica e a Interseccionalidade. A psicologia fenomenológica crítica destaca-se por propor uma perspectiva genuinamente reflexiva e interpretativa, que se desdobra diante da intrincada e multifacetada natureza da consciência e da subjetividade humana. A principal premissa da interseccionalidade é o reconhecimento de que essas categorias não atuam de maneira isolada, mas sim se interpenetram e influenciam uma à outra de maneira profundamente interconectada. Assim, através de uma revisão de literatura, busca-se indicar a importância da relação entre essas duas perspectivas no sentido de aprimorar a clínica psicológica e a pesquisa, possibilitando o redimensionamento do fazer clínico e o refletir a amplitude da Psicologia. A psicologia fenomenológica crítica e interseccionalidade não é um campo estático, mas sim um campo vivo e em constante evolução, que deve estar disposto a se adaptar e responder às mudanças e demandas da sociedade e das comunidades com as quais trabalha. Conclui-se que juntos, como comunidade acadêmica, profissionais e membros da sociedade, podemos mudar paradigmas e criar um futuro no qual a psicologia seja verdadeiramente inclusiva, empática e capaz de promover mudanças positivas e duradouras em nossa sociedade, contribuindo para um mundo mais justo, equitativo e respeitoso para todos.

Mas não se vive nas ruas, se sobrevive:

Fabiana Bruce Pereira — 2024-07-26

O (sobre)viver na condição de rua permeia-se por inúmeras exposições que implicam em fatores para além das especificidades individuais, devido ao entrelaçamento social, histórico, cultural e político. As mulheres cis, trans e travestis que vivem na rua configuram-se como um grupo com menor número quando equiparado aos homens, no entanto, são as mais acometidas por opressões, a partir de um conjunto de cerceamento, subjugação e invisibilização. O presente estudo objetiva tecer compreensões sobre as vivências de mulheres em situação de rua. A metodologia utilizada direcionou-se para a abordagem qualitativa, do tipo de pesquisa bibliográfica, descritiva e exploratória, cuja análise teórica fundou-se na perspectiva fenomenológico-existencial. Como critério de inclusão, nos aproximamos de estudos que versam sobre as vivências de mulheres em situação de rua, priorizando as produções científicas a partir do ano de 2015 ao ano de 2023. Os principais resultados apontam que, a condição de gênero revela-se nas relações de poder implicadas em uma matriz hierárquica patriarcal aos quais impactam diretamente nos modos de viver das mulheres; as mulheres são submetidas a violência na vida pregressa ao contexto das ruas, sendo estas mais explícitas na condição de rua, destacaram-se as violências físicas, sexuais e psicológicas. Conclui-se que há necessidade de implementação de políticas públicas direcionadas às mulheres em situação de rua e produção de cuidado nos serviços de saúde; apontando para o desafio da atuação do profissional da psicologia nas redes socioassistenciais.

A Interseção entre Psicologia Fenomenológica Crítica e Racialidade

Janderson Costa Meira — 2024-07-26

O estudo tem como objetivo estabelecer a relevância significativa da interseção entre a psicologia fenomenológica crítica e a racialidade, destacando a extrema importância de compreender minuciosamente como as experiências raciais se manifestam de forma intrínseca e direta na realidade psicossocial dos indivíduos que estão a vivenciar estas situações. É um estudo qualitative, sob a forma de ensaio teórico. São apresentados os fundamentos da Psicologia Fenomenológica, sua origem e conceitos principais, a Psicologia Fenomenológica Crítica, princípios e pressupostos, contribuição para a análise crítica da realidade, Racialidade e Psicologia, construção social da raça, racismo estrutural e institucional, Diálogo entre Psicologia Fenomenológica Crítica e Estudos de Racialidade, pontos de convergência e divergência, Metodologias de Pesquisa: possibilidades, Estudos de casos e aplicações práticas: e o olhar se torna abrangente, Fenomenologia Crítica e estudos da Racialidade. Conclui-se que desenvolver estudos na imbricação Psicologia Fenomenológica Crítica e Estudos em Racialidade, é uma contribuição significativa e efetiva para a compreensão e transformação das diversas problemáticas sociais, em direção a uma sociedade mais justa e equânime.

Prolegômenos ao Ensino e aprendizagem da Fenomenologia Husserliana e das Filosofias da Existência no curso de Psicologia da UFMA

Jean Marlos Pinheiro Borba — 2024-07-26

O artigo apresenta a descrição do relato da vivência como professor do Curso de Psicologia da Universidade Federal do Maranhão no ensino e aprendizagem da Fenomenologia Husserliana e das Filosofias da Existência. Destaco, por meio da descrição em primeira pessoa, como o relato de uma vivência dos discentes, a pesquisa direta na biblioteca, a elaboração de material, o seminário, a organização e a participação em eventos sobre Fenomenologia Husserliana e outras fenomenologias, Psicologia Fenomenológica e das Filosofias da Existência foram utilizados como estratégia metodológica de aprendizagem e avaliação do ensino. A estratégia permitiu aos alunos entrar em contato direto e imediato com os fundamentos da Fenomenologia e das Filosofias da Existência, assim como permitiu aprender na prática como ocorre a auto reflexão da consciência por meio da análise da própria vivência e com os fundamentos da Fenomenologia Husserliana, de outras fenomenologias e das Filosofias da Existência. Apresento a análise intencional fenomenológica da vivência, os seminários, a pesquisa, a participação e o contato direto com profissionais e pesquisadores da área como metodologia de ensino, estudo e aprendizagem dos fundamentos fenomenológico-existenciais. Ao final, apresento algumas reflexões que emergiram com a metodologia utilizada e as relações intersubjetivas vivências.

Temas Livres

Ewerton Helder Bentes de Castro — 2024-07-26

Temas Livres

Instrumentos para avaliação de teoria da mente em crianças

Ana Francisca de Oliveira — 2024-07-26

Esta pesquisa promove uma revisão da literatura com o objetivo de fazer levantamento dos instrumentos de avaliação da teoria da mente em crianças. Para isso, ao longo deste trabalho, buscou-se apresentar o conceito de Cognição Social, um conjunto de operações mentais associadas à percepção e à interpretação de intenções, disposições e ações de outros, bem como à orientação de respostas e comportamentos sociais do indivíduo, e incluso, nesse conceito mais amplo, o de Teoria da Mente, capacidade do indivíduo de atribuir ao outro um estado mental diferente do seu, habilidade fundamental à coordenação das habilidades sociais que provoca um significativo reflexo na qualidade de vida e no funcionamento psicossocial do ser humano. Tal habilidade desenvolve-se ao longo da infância, uma vez que estudos apontam para diferentes níveis de compreensão de estado mental. O princípio metodológico utilizado foi a pesquisa bibliografia. A partir da investigação verificou-se que uma avaliação da Teoria da Mente implica na consideração de toda a abrangência desse construto, envolvendo tarefas compostas por itens mais fáceis que requerem apenas a compreensão do desejo ou do pensamento do outro, até itens mais complexos que requerem compreensão de falsa crença em situações mais complexas. Neste sentido encontram-se diferentes testes e tarefas utilizadas para avaliação da TOM, permitindo assim conhecer o desempenho de crianças em diferentes fases do desenvolvimento até o desempenho de indivíduos com Transtorno do Espectro do Autismo e outras condições em que há alterações da Teoria da Mente

DIGITAL DISSONANCE:

Maria Luiza da Silva Carneiro da Cunha — 2024-07-26

Sob a ótica da Teoria das Representações Socais e da Teoria Cognitivo-Comportamental objetivou-se, considerando a realidade brasileira, analisar as representações de corpo feminino ideal/perfeito propagadas nas redes sociais digitais e destacar possíveis impactos sobre a saúde mental de mulheres. Empregou-se a análise de conteúdo, a partir da coleta e categorização de comentários de publicações nos perfis de duas influenciadoras digitais em uma rede social. Os comentários foram categorizados como: beleza, corpo ou saúde mental. Observou-se que conceitos e padrões de beleza e corpo ideal vêm alterando-se, preservando-se a frustração diante da inadequação à norma vigente, levando à percepção dos corpos como objetos de consumo passíveis de controle, rotuláveis e educáveis. Destacou-se que quando a mulher percebe-se fora do padrão ideal podem ser ativadas crenças e pensamentos disfuncionais, ocasionando sofrimento psíquico e podendo acarretar o desenvolvimento de transtornos mentais. Futuros estudos poderão incluir mulheres transexuais, influenciadoras internacionais e diferentes abordagens psicológicas.

Entre encantos e desafios de Anã na Resex Tapajós-Arapiun (PA):

Adriane Panduro Gama — 2024-07-26

O presente artigo tem por objetivo apresentar a contextualização e caracterização de uma região amazônica particularmente de rios e de floresta, conhecendo um pouco do seu povo e sua cultura, identidade, relação e desafios em manter a floresta em pé e o seu direito de permanecer nesta região permeada por suas cadeias socioprodutivas a fim de relacioná-las com as práticas de bioeconomia ecológica circular da floresta e da sociobiodiversidade. A pesquisa foi desenvolvida à luz de pesquisa documental a partir do banco de dados do Projeto em rede internacional Climate-U PRAXIS UFOPA, no acervo bibliográfico do Projeto Saúde e Alegria e do ICMBIO, bem como a partir de olhares colaborativos entre as autoras e os comunitários de Anã, através principalmente do diário de bordo da primeira autora, buscando descrever os desafios e fortalezas cotidianas deste território tradicional, ainda que protegido está em constantes lutas comunitárias e com disputas territoriais em seu entorno. O estudo contribuiu para uma melhor compreensão dessa realidade amazônica contextualizada, buscando dialogar com a imersão de uma bioeconomia sustentável e inclusiva a partir da perspectiva ecológica circular neste complexo bioma amazônico.

Percepção de suporte social no trabalho e saúde docente

Fernanda Figueiredo Rodrigues Chinellato de Lima — 2024-07-26

O artigo visou a analisar a relação entre a percepção de suporte social no trabalho e a prevalência de danos físicos e transtornos mentais comuns entre docentes da educação básica pública, atuantes na região Sul de Minas Gerais. Participaram 452 docentes, que responderam à Escala de Percepção de Suporte Social no Trabalho; ao Questionário de Saúde Geral (QSG-12); a uma escala de levantamento de danos físicos relacionados ao trabalho, elaborada a partir de um dos fatores que compõem o Inventário sobre o Trabalho e Riscos de Adoecimento e a um formulário sociodemográfico e laboral. Os resultados apontaram que a percepção de suporte social no trabalho apresentou capacidade explicativa do adoecimento docente, em especial, dos transtornos mentais comuns. Destacaram-se as contribuições preditivas das dimensões de suporte social instrumental e emocional, sendo a primeira em relação aos transtornos mentais comuns e às dores no corpo e a segunda, no que se refere aos transtornos mentais comuns e aos distúrbios biológicos.

Uma proposta de atividade sobre relações trigonométricas para o 3º ano do ensino médio a partir do Kamal Náutico

Letícia de Souza Castro — 2024-07-26

A História da Matemática tem ganhado cada vez mais espaço no campo da Educação Matemática, principalmente pelas possibilidades de recursos que ela pode fornecer para o cenário educacional. Os instrumentos matemáticos são um exemplo desses recursos advindos da história. Como forma de caminhar na direção de estudos que têm explorado os instrumentos matemáticos, com vistas a favorecer o processo de ensino e de aprendizagem de matemática, elencamos para estudo o instrumento Kamal Náutico. Nosso objetivo é apresentar uma proposta de atividade que utilize o instrumento náutico conhecido por Kamal, abordando o conceito de Relações Trigonométricas, em específico, a tangente, tendo como público-alvo estudantes do 3º ano do ensino médio, sob o aporte teórico da Teoria das Situações Didáticas (TSD). A pesquisa é desenvolvida com base em uma abordagem qualitativa de cunho exploratório. Tendo como resultados esperados possibilitar ao aluno a exploração dos conceitos matemáticos de forma prática, rompendo o viés apenas expositivo, normalmente presente nas regências da área de exatas. Ao final, conclui-se que se trata de um trabalho minuciosamente pensado e com uma riqueza de detalhes matemáticos, abordando o desenvolvimento de uma atividade diversificada, juntamente com recortes históricos de extrema importância para o conhecimento e relação com a História da Matemática e ainda com a presença de um conteúdo de difícil compreensão, por parte dos alunos.

Estresse em Estudantes de Graduação de uma Universidade Pública em Inhambane, Moçambique

Sansão Hilário Maússe — 2024-07-26

Os estudantes do ensino superior são considerados na atualidade como propensos ao sofrimento e adoecimento mental derivado da atividade acadêmica. Este estudo avaliou o estresse em estudantes de graduação de uma Universidade Pública em Inhambane, no sul de Moçambique. Trata-se de pesquisa quantitativa e descritiva que aplicou o Inventário de Fontes de Estresse em Estudantes Universitários a 166 estudantes, majoritariamente do sexo feminino (61,4%), com idades variadas entre 18 e 45 anos. Os dados analisados por meio do Statistical Package for Social Sciences, versão 22.0 indicaram que os fatores de estresse mais sinalizados foram: problemas de natureza psicológica; não gostar do seu corpo; não ter material para estudar; dificuldades de se relacionar com os meus colegas/amigos; os problemas de saúde física que influenciam no ritmo de vida universitária; atual situação econômica de instabilidade do país; ficar sozinho(a) em locais públicos; problemas familiares, não ter amigos e não ter boas condições de estudo. A análise comparativa revelou que estudantes do sexo masculino, do curso de História, que frequentavam o 4º ano e no regime laboral foram os mais propensos ao estresse. Estes resultados servem de alerta para haver preocupação com a saúde mental dos estudantes. Torna-se pertinente, igualmente, a realização de futuras para explorar outras fontes, manifestações, consequências e estratégias de coping usadas pelos estudantes.

Adolescência, sono e escola:

Igor Tatsuo Antony Inoue — 2024-07-26

O objetivo do estudo foi analisar os hábitos de sono e suas repercussões no desenvolvimento físico e no desenvolvimento cognitivo de 22 adolescentes de uma escola pública, no extremo norte do país. Os participantes responderam um questionário semiestruturado. Os dados foram analisados pelo Microsoft Office Excel. Dentre os principais resultados, relacionados ao desenvolvimento físico, foram: cansaço, sonolência, dores articulares, dor de cabeça, entre outras. Já entre as repercussões no desenvolvimento cognitivo reveladas pelos estudantes constam a diminuição da atenção, da concentração e do raciocínio, entre outros. Concluindo, torna-se relevante incentivar sobre hábitos de sono saudáveis para o bem-estar de adolescentes.

Manicômios Judiciários:

Adriana Rosmaninho Caldeira de Oliveira — 2024-07-26

O presente artigo busca delinear o percurso dos Hospitais de Custódia e Tratamento Psiquiátrico, os chamados manicômios judiciários, no Brasil, desde quando erigidos seus muros até o momento presente, bem como entender suas diversas formas de resistirem no tempo. Tendo como norte a Lei da Reforma Psiquiátrica (Lei nº 10.216/01), busca-se em um primeiro momento entender quais foram suas implicações formais nos institutos do Direito Penal e Processual Penal, assim como materiais, a partir da sua eficácia no plano dos manicômios judiciários. Em especial, estuda-se o nascimento do Exame Multiprofissional e Pericial de Avaliação Psicossocial, no Rio de Janeiro, bem como a Resolução nº 487/2023 do Conselho Nacional de Justiça, dispostivos que surgem a partir da Lei nº 10.216/01, mas que não garantiram o total fechamentos dos manicômios judiciários no Brasil. Para isso, utiliza-se da criminologia crítica bem como das contribuições da luta antimanicomial para compreender, em algum nível, de que maneira os manicômios judiciários resistem, embora decorridos mais de 20 anos da Lei da Reforma Psiquiátrica.

O território entre psicanálise e a atenção psicossocial

Pedro Gayoso de Carvalho Gonçalves — 2024-07-26

Nosso artigo pretende discutir o conceito de território para a psicanálise e para o paradigma da atenção psicossocial a partir de uma revisão bibliográfica, sob um recorte do sujeito nas psicoses na orientação lacaniana e tendo como panorama norteador a saúde mental pública brasileira. Por meio do conectivo lógico “e” disjuntivo como conjunção não homogeneizadora, pretendemos pensar uma clínica através da hiância, no espaço intervalar entre psicanálise e atenção psicossocial, que mobiliza elementos advindos da técnica psicanalítica no tensionamento com a lógica cidadã de horizonte psicossocial. Buscamos ponderar acerca do conceito de território, tendo como cerne uma aproximação com a noção de lugar e o diálogo dessa conceituação com um fragmento clínico, desde o entendimento de que o sujeito se constitui numa relação com a alteridade, o que inclui marcas simbólicas dos encontros e desencontros com o Outro e circuitos percorridos, criados e apreendidos que, metabolizados psiquicamente, permitem uma espécie de inscrição de algo que é singular no universal da linguagem e do logos das leis e da cidadania.

Uma revisão de literatura sobre definições, atitudes e desafios psicopedagógicos globais:

Otávio Barduzzi Rodrigues da Costa — 2024-07-26

Este artigo sobre educação inclusiva explora vários diversos pontos de vista de vários estudiosos em diferentes contextos sobre os conceitos de educação inclusiva em um esforço para alcançar o entendimento comum do mesmo neste conceito. As atitudes desta seção são abordadas a partir da perspectiva dos alunos, educadores, e a sociedade (pais), e explorar ainda mais os dilemas que professores e alunos com deficiência enfrentam na modernidade sistemas de educação. As abordagens instrucionais com foco em como professores planejam e executam aulas com diversos alunos da literatura também são delineadas de maneira sensata. Em conclusão, incluiu uma visão ampla focada em dois modelos, modelos sociais e médicos nos quais este artigo é principalmente sediado. Para que os objetivos deste trabalho fossem contemplados, foi realizado um estudo de revisão bibliográfica. Foram utilizados livros, artigos, monografias, dissertações e teses como material de referência bibliográfica.

Conhecendo o Judiciário:

Mauro Batista Negreiros — 2024-07-26

As práticas da psicologia por muitas vezes se encontram com diversas outras áreas de conhecimento, seja em vertentes de saúde, humanas, ou sociais, o que ocorre no caso do direito, que trabalha com a manutenção da ordem, civilidade e cumprimento das leis, que por lidar com pessoas vai precisar interagir com as ciências que estudam o ser humano, seus comportamentos, vontades, jeitos e formas de se organizar coletivamente, a psicologia jurídica aqui abordada trata sobre essas questões onde há a interação destas áreas, tornando-se também um vasto campo de atuação para os psicólogos e riquíssimo ambiente de aprendizado para os graduandos que buscam saber mais sobre essa vertente da psicologia. O presente artigo tem como objetivo trazer a experiencia da prática desses alunos na jornada de desenvolvimento pessoal e acadêmico que optaram pelo estágio no ambiente jurídico, onde puderam observar a postura do profissional desta área, entender os termos e formas de funcionamento do ambiente, além de ter a oportunidade de imergir em uma realidade completamente diferente da sala de aula, gerando assim grandes aprendizados e proporcionando o favorecimento da ampliação de ideias sobre a própria psicologia, evitando assim que a psicologia seja referida apenas para o consultório ou clínica no decorrer da graduação.

Os Papeis Sociais do “Ser-Mulher” e suas Percepções no Ocidente

Laís de Araújo Santos — 2024-07-26

A Teoria das Representações Sociais se consolida e reafirma o que, outrora partiu do senso comum entre o indivíduo e a sociedade, essa base teórica possibilitou o presente artigo e o trabalho de conclusão de curso que foi resultante das análises realizadas, pois objetivou-se buscar estas representações do Ser-mulher. Que foi compreendido como uma construção social influenciada por normas, valores e crenças culturais e, basicamente, a sociedade tem definido, no decorrer dos séculos, aquilo que é adequado ou não ao papel feminino. No decorrer dos estudos foi possível compreender a representação social do papel feminino em suas historicidades e suas repercussões na vida da mulher, com direcionamento a apontar as mudanças dos papeis sociais da mulher ao longo do tempo, bem como mostrar as diferentes formas de como a mulher foi e/ou tem sido vista na sociedade Ocidental, além de analisar as conquistas de espaço, autonomia e direitos adquiridos pela mulher ao longo dos anos. O tipo da pesquisa utilizada foi a pesquisa bibliográfica, e o método foi a abordagem qualitativa do tipo exploratória. Assim foi possível perceber que embora os direitos, reconhecimento e espaço que as mulheres vêm conquistando bravamente ao longo da história, as lutas e os desafios continuam e precisam tornar-se cada vez mais pauta de debates, políticas públicas e movimentos que permitam o caminhar rumo a uma sociedade igualitária.

Adolescer:

Jane da Silva Paes — 2024-07-26

O período da adolescência é parte significativa dos estudos em psicologia acerca do desenvolvimento humano. O presente artigo aborda sobre a etapa do desenvolvimento, incluindo as adversidades e descobertas que surgem nesse período. A partir de um panorama traçado um panorama desde a historicidade da adolescência, contexto histórico da construção da saúde mental dos adolescentes até o estabelecimento dos direitos das crianças e dos adolescentes, o trabalho apresenta a importância que a Psicologia confere a este período do desenvolvimento, apontando os desafios sociais e relacionais enfrentados pelos adolescentes, assim como seus posicionamentos frente a temas como o uso de Tecnologia/Mídias Sociais, sexualidade e papeis de gênero. As discussões elencadas em unidades de significado foram possíveis a partir das rodas de conversa, construção do diálogo coletiva, criação de mapas mentais e socialização de conhecimento em formato de seminários, com os discentes do terceiro período, participantes da disciplina de Psicologia da Adolescência do Curso de Psicologia. As categorias de análise giraram em torno dos problemas de autoimagem e como isso afeta no desenvolvimento do adolescente, do uso de drogas na adolescência importância da família e da educação sexual. Destarte, os novos horizontes trazidos pela matéria estudada auxiliam a perceber, por exemplo, o sentido das campanhas de combate ao bullying e ao suicídio. Por isso compreender a adolescência se faz necessário a todo profissional da Psicologia.

Análise Crítica do Livro “O Desespero Humano” de Sören Abyie Kierkegaard

Antonia Luciana Dainese — 2024-07-26

Análise crítica do livro O Desespero Humano de Kierkegaard, trazendo importantes contribuições.

Análise Crítica do Livro 'Pele Negra, Máscaras Brancas' de Frantz Fanon

Ewerton Helder Bentes de Castro — 2024-07-26

Análise crítica do livro de Frants Fanon Peles Negras, Máscaras Brancas

Análise crítica do livro Bem mais que ideias - a interseccionalidade como teoria social crítica de Patrícia Hill Collins

Atália Maria Schaeken Silva — 2024-07-26

Análise Crítica do livro de Patricia Hill Collins sobre a pluridimensionalidade da interseccionalidade nos dias atuais

Ensinando e aprendendo a língua Fula, o português nas regiões de Bafatá e Gabu (Província Leste) Guiné-Bissau e a língua Nyungwe de Tete-Mocambique :

Ussumane Balé — 2024-07-26

Durante o processo histórico de contactos interculturais entre o ocidente com o Novo Mundo, tal processo foi pautado por dualismos científicos que culminaram com a criação de uma valorização do mundo ocidental e a depreciação dos povos, línguas e culturas do Novo Mundo. Neste sentido, interessa-nos saber sobre, qual é a importância da língua e cultura de um povo como identidade diante de contactos interculturais? Este trabalho vai apresentar a noções básicas de Cultura e línguas africanas, fula da Guine Bissau e nyungwe de Tete-Moçambique. Com este trabalho pretende-se provar que, a cultura e a língua são parte intrínseca da identidade de um povo e que não existem culturas superioras, nem culturas inferioras. Portanto, todas as culturas são ricas e iguais nas suas diferenças manifestadas em diversos domínios seja no linguístico, no religioso, no simbólico assim como no parentesco entre outros.

Rádio Itagiba FM 9.0 apresenta:

Maria Jade Pohl Sanches — 2024-07-01

O presente artigo reflexivo aborda uma pesquisa conduzida no âmbito da disciplina de Estágio Supervisionado III - Oficina de Teatro, integrante do Curso de Licenciatura em Teatro da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), com o intuito de estabelecer conexões com a Pós-Graduação em Psicopedagogia. No contexto dessa disciplina, os estudantes desenvolvem um projeto de oficina de Teatro que ocorre fora do ambiente escolar regular, com foco em comunidades locais, grupos de interesse e instituições públicas, privadas ou do terceiro setor. A meta da disciplina é orientar os alunos na elaboração de um projeto de Ensino de Teatro, no qual possam aprofundar seus conhecimentos em torno de uma metodologia específica. O projeto em questão adotou o Processo de Drama como abordagem metodológica para o Ensino de Teatro com idosos, explorando o tema das lembranças, e foi conduzido no ano de 2018 no lar Itagiba, situado no bairro Chácara das Flores, em Santa Maria (RS). A partir dessa abordagem, o objetivo geral da pesquisa consistiu em investigar a prática do Drama com idosos, a partir de suas memórias, durante sessões psicopedagógicas.