Revista Decifrar //periodicos.ufam.edu.br/index.php/Decifrar <p style="text-align: justify; background: white;"><span lang="PT" style="color: black;"><strong>A Revista Decifrar </strong>tem o intuito de publicar artigos científicos de docentes e discentes da Pós-Graduação, de Instituições de Ensino Superior do Brasil e do exterior, interessados em apresentar resultados de suas pesquisas concluídas ou em andamento, haja vista que a disponibilização desses trabalhos online para o público especializado amplia a possibilidade de discussão em torno da Teoria e da Crítica Literária, bem como das Literaturas em Língua Portuguesa.</span></p> <p style="text-align: justify; background: white;"><span lang="PT" style="color: black;">A Revista Decifrar divulga textos inéditos e originais, em língua portuguesa, língua inlgesa, língua francesa e língua espanhola, com estudos na área de Letras, Artes e Humanidades em geral, nas subáreas literatura brasileira, portuguesa e outras literaturas. Constitui-se de um periódico semestral, destinado à publicação de artigos, dossiês, entrevistas, cartas, textos inéditos de artistas, bem como de resenhas de obras teóricas, críticas ou artísticas, de teses, de dissertações e de monografias. É organizada pelos professores pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Letras – Estudos Literários da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Amazonas.</span></p> <p style="text-align: justify; background: white;"><span lang="PT" style="color: black;"><span style="color: #444444; text-transform: none; text-indent: 0px; letter-spacing: normal; font-family: helvetica,sans-serif; font-style: normal; font-weight: normal; word-spacing: 0px; white-space: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; -webkit-text-stroke-width: 0px; text-decoration-style: initial; text-decoration-color: initial;"><span style="margin: 0px; padding: 0px; border: 0px currentColor; color: inherit; line-height: 1; font-family: inherit; font-size: 14px; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; vertical-align: baseline; font-stretch: inherit;">A Revista Decifrar utiliza o programa <strong>Plagius - Detector de Plágio</strong> na versão Pro em que os textos são submetidos não somente à verificação de plágio, mas também na detecção de utilização de Inteligência Artificial (ChatGPT).</span></span></span></p> <p style="text-align: justify; background: white;"><span lang="PT" style="color: black;"><span style="color: #444444; text-transform: none; text-indent: 0px; letter-spacing: normal; font-family: helvetica,sans-serif; font-style: normal; font-weight: normal; word-spacing: 0px; white-space: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; -webkit-text-stroke-width: 0px; text-decoration-style: initial; text-decoration-color: initial;"><span style="margin: 0px; padding: 0px; border: 0px currentColor; color: inherit; line-height: 1; font-family: inherit; font-size: 14px; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; vertical-align: baseline; font-stretch: inherit;">Todos os artigos desta revista obedecem a licença Creative Commons - Attribution 4.0 International (CC BY 4.0)</span></span></span></p> <p style="text-align: justify; background: white;"><span lang="PT" style="color: black;">O periódico está indexado nas seguintes bases:</span></p> <p style="text-align: justify; background: white;"><span lang="PT" style="color: black;"><span style="color: #444444; text-transform: none; text-indent: 0px; letter-spacing: normal; font-family: helvetica,sans-serif; font-style: normal; font-weight: normal; word-spacing: 0px; white-space: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; -webkit-text-stroke-width: 0px; text-decoration-style: initial; text-decoration-color: initial;"><span style="margin: 0px; padding: 0px; border: 0px currentColor; color: inherit; line-height: 1; font-family: inherit; font-size: 14px; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; vertical-align: baseline; font-stretch: inherit;"><a href="https://sumarios.org/revista/revista-decifrar">Sumários.org</a> | <a href="https://journals.indexcopernicus.com/search/details?id=126563">Index Copernicus International</a> | <a href="https://scholar.google.com.br/citations?hl=pt-BR&amp;authuser=2&amp;user=51VSItMAAAAJ">Google Scholar</a> | <a href="http://diadorim.ibict.br/handle/1/456">Diadorim</a> | <a href="https://portal.issn.org/resource/ISSN/2318-2229">International Standart Serial Number</a> | <a href="https://portal.issn.org/resource/issn/2318-2229">Directory of Open Access scholarly Resources</a> | <a href="https://www.base-search.net/Search/Results?lookfor=revista+decifrar&amp;l=en&amp;refid=dcsuggesten">BASE</a> | <a href="https://www.latindex.org/latindex/ficha/20102">Latindex</a> | <a href="https://journalseeker.researchbib.com/view/issn/2318-2229">Academic Resource Index</a> | <a href="https://www.citefactor.org/journal/index/23210#.W9yE3-JRfIU">CiteFactor</a> | <a href="https://latinrev.flacso.org.ar/revistas/revista-decifrar">LatinRev</a> | <a href="https://link.periodicos.capes.gov.br/sfxlcl41?ctx_ver=Z39.88-2004&amp;ctx_enc=info:ofi/enc:UTF-8&amp;ctx_tim=2023-05-31T16%3A13%3A33IST&amp;url_ver=Z39.88-2004&amp;url_ctx_fmt=infofi/fmt:kev:mtx:ctx&amp;rfr_id=info:sid/primo.exlibrisgroup.com:primo3-Journal-CAPES_SFX_OPEN&amp;rft_val_fmt=info:ofi/fmt:kev:mtx:journal&amp;rft.genre=journal&amp;rft.jtitle=Revista%20Decifrar&amp;rft.issn=2318-2229&amp;rft_id=info:doi/&amp;rft.object_id=4340000000113675&amp;svc_val_fmt=info:ofi/fmt:kev:mtx:sch_svc&amp;svc.fulltext=yes&amp;rft_dat=%3CCAPES_SFX_OPEN%3E4340000000113675%3C/CAPES_SFX_OPEN%3E%3Cgrp_id%3E1814806347%3C/grp_id%3E%3Coa%3E%3C/oa%3E%3Curl%3E%3C/url%3E&amp;rft_id=info:oai/&amp;svc.fulltext=yes&amp;req.language=por&amp;rft_id=info:pmid/">Portal de Periódicos da CAPES</a> | <a href="https://periodicos.ufam.edu.br/">Portal de Periódicos da UFAM</a> |</span></span></span></p> <p style="text-align: justify; background: white;"><span lang="PT" style="color: black;"><strong>ISSN:</strong> 2318-2229 | <strong>Ano de Criação:</strong> 2013 | <strong>Área do Conhecimento:</strong> Letras | <strong>Periodicidade:</strong> Semestral, na modalidade fluxo contínuo | <strong>DOI</strong>: 10.29281 | <strong>QUALIS</strong>: B1</span></p> Editora da Universidade Federal do Amazonas - EDUA pt-BR Revista Decifrar 2318-2229 <p>Todos os artigos desta revista obedecem a licença <a href="https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/">Creative Commons </a>- Attribution 4.0 International (CC BY 4.0).</p> <p><img src="//www.periodicos.ufam.edu.br/public/site/images/kenediazevedo/sem-ttulo-1-9d4dc52c8a49fa12b3eda1d64ce211ab.png" alt="" width="142" height="50" /></p> VISÕES DANTESCAS DE LUÍS HENRIQUES NO CANCIONEIRO GERAL DE GARCIA DE RESENDE: A TROVA SEGUIDA DE CANTIGA //periodicos.ufam.edu.br/index.php/Decifrar/article/view/11786 <p>Pretendo com este artigo mostrar uma modalidade inovadora da poesia dos séculos XV e XVI, nomeadamente das composições apresentadas no <em>Cancioneiro Geral </em>de Garcia de Resende, publicado em 1516. Essa modalidade seriam os poemas de formas mistas, cuja característica é usar dois ou mais poemas num só; a forma nasce nos salões nobres do período e abarcam, por exemplo, algumas trovas seguidas de uma cantiga, caso que estudo neste trabalho. O poema escolhido é do poeta Luís Henriques que, em versos de <em>arte maior</em> e <em>menor</em>, discorre sobre umas visões que teria tido quando em São João da Mina durante a conquista da África. Essas visões fazem parte de novo gênero desenvolvido pelos poetas palacianos no tempo em que Dante Alighieri começava a ser cultuado na Península Ibérica. Nos dois poemas, o registro é de sofrimento do eu lírico que não sabe definir o porquê de sua pena e procura respostas dirigindo-se a três entidades mitológicas – a Tristeza, a Congoxa e a Esperança. Luís Henriques vale-se de uma composição erudita em versos maiores e de uma popular em versos reais numa cantiga que encerra o poema.</p> Geraldo Augusto Fernandes Copyright (c) 2024 GERALDO AUGUSTO FERNANDES https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-06-24 2024-06-24 12 23 323 333 ENTREVISTA COM A ESCRITORA BRASILEIRA SANDRA GODINHO //periodicos.ufam.edu.br/index.php/Decifrar/article/view/15249 <p>&nbsp;</p> <p>A escritora Sandra Godinho já publicou 11 obras, três livros de contos e oito romances, cujas obras já começam a ser objeto de pesquisas. Sua produção literária aborda diferentes temáticas, como êxodo rural, migração nordestina, a utilização da religião como instrumento de ascensão social, desmatamento da Amazônia, biopirataria, a violência do regime militar contra os indígenas, a relações de poder, racismo e xenofobia, bem como feminicídio. Além do mais, a autora é colunista da Revista Amazônia Latitude, em que assina a série Pensando a Amazônia pela Literatura.&nbsp;&nbsp;</p> José Benedito dos Santos Copyright (c) 2024 José Benedito dos Santos https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-06-24 2024-06-24 12 23 334 339 ARARINHA AZUL //periodicos.ufam.edu.br/index.php/Decifrar/article/view/15279 <p>O conto integra o livro de contos "O Negro secou"(ainda inédito), que traz como temática os problemas da região, fazendo alusão ao garimpo, às mudanças climáticas, ao tráfico de animais silvestres, ao desmatamento etc.</p> Sandra Godinho Copyright (c) 2024 Sandra Godinho https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-06-24 2024-06-24 12 23 340 343 NÃO! APRENDI DIZER ADEUS //periodicos.ufam.edu.br/index.php/Decifrar/article/view/15112 <p>Por meio de uma narrativa literária que incorpora fragmentos de canções de amor, Isabelita Crosariol narra, neste conto redigido em 1ª pessoa, o processo de encerramento de uma relação tóxica e abusiva.</p> Isabelita Maria Crosariol Copyright (c) 2024 Isabelita Maria Crosariol https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-06-24 2024-06-24 12 23 344 346 O NOVELO //periodicos.ufam.edu.br/index.php/Decifrar/article/view/15245 <p>Poemas de Luciana Nobre</p> Maria Luciana Nobre Queiroz Copyright (c) 2024 Maria Luciana Nobre Queiroz https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-06-24 2024-06-24 12 23 347 354 VIVO EM MIM DE ALUGUEL //periodicos.ufam.edu.br/index.php/Decifrar/article/view/14404 Milena Geisa dos Santos Martins Copyright (c) 2024 Milena Geisa dos Santos Martins https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-06-24 2024-06-24 12 23 355 355 DILUIR //periodicos.ufam.edu.br/index.php/Decifrar/article/view/14511 <p>Poema que expressa o desejo.&nbsp;</p> Naiana de Freitas Copyright (c) 2024 Naiana de Freitas https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-06-24 2024-06-24 12 23 356 356 BURNOUT //periodicos.ufam.edu.br/index.php/Decifrar/article/view/15171 <p>Poema que tenta expressar uma experiência-limite, relacionada aos efeitos da sobrecarga de trabalho.</p> Denilson de Cássio Silva Copyright (c) 2024 Denilson de Cássio Silva https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-06-24 2024-06-24 12 23 357 357 RESPIRAÇÃO //periodicos.ufam.edu.br/index.php/Decifrar/article/view/15534 <p>poema</p> José D'Assunção Barros Copyright (c) 2024 José D'Assunção Barros https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-06-24 2024-06-24 12 23 358 358 GIRASSÓIS //periodicos.ufam.edu.br/index.php/Decifrar/article/view/15538 <p>GIRASSÓIS</p> Daniel Cardoso Alves Copyright (c) 2024 Daniel Cardoso Alves https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-06-24 2024-06-24 12 23 359 360 TRÊS IRMÃOS EM DOIS IRMÃOS: AMOR, ÓDIO E (RE)PULSA //periodicos.ufam.edu.br/index.php/Decifrar/article/view/13594 <p>A família é palco de todos os sentimentos, ou ao menos assim deveria ser. Freud (2011), ao dar forma e método à Psicanálise, muito se dedicou a investigar esse grupo, em especial a sua aparente origem, a mãe e o bebê. Partindo disso, o presente artigo visa analisar a relação familiar conflituosa no romance <em>Dois irmãos</em>, de Milton Hatoum (2000), pelo viés Psicanalítico freudiano, com enfoque no vínculo dos três filhos de Zana: Yaqub, Omar e Rânia. Na teoria freudiana, o bebê percebe-se <em>um</em> com a mãe e esta, ao longo do tempo, vai se distanciando dele, de modo que o infante percebe que sua mãe não é mais extensão de seu corpo. Nesse distanciar, outros sujeitos adentram à relação; o primeiro, tradicionalmente exposto por Freud, seria o pai, mas pode ser qualquer pessoa ou situação que retire a mãe do contato pele a pele com o filho. Em <em>Dois irmãos</em> há uma peculiaridade, Omar e Yaqub são gêmeos, o que faz com que essa percepção de <em>ser um</em> aconteça com os dois, assim como o desligar-se dela. Dessa maneira, o primeiro vínculo anuncia amor e, depois, o ódio. Na trama exposta não é o pai quem faz a separação mãe-bebê, mas o irmão (seu igual?). Amor e ódio nascem um seguido do outro e vão se entrecruzando diversas vezes. Quando Rânia nasce, já estão estabelecidos três sujeitos em torno da mãe, fazendo de Zana uma figura disputada.</p> Rebeca Soares de Lima Maison Antonio dos Anjos Batista Copyright (c) 2024 Rebeca Soares de Lima, Maison Antonio dos Anjos Batista https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-06-24 2024-06-24 12 23 232 249 MALANDROS E TRAVESSOS: UMA POÉTICA DA MALANDRAGEM NO ROMANCE HISTÓRICO ERA NO TEMPO DO REI, DE RUY CASTRO //periodicos.ufam.edu.br/index.php/Decifrar/article/view/13712 <p>O artigo analisa o romance <em>Era no tempo do rei: um romance da chegada da Corte</em>. Lançada em 2007, a obra escrita por Ruy Castro insere-se na tradição do novo romance histórico, filão que apresenta, como uma de suas marcas, a reescrita de textos caracterizada pelo alto tom paródico, além do emprego de hibridismos como forma de ofertar para o leitor novas visões de fatos e de personalidades, como ocorre com o romance em estudo. Tais recursos garantem a vitalidade do gênero romance, conferindo a essa narrativa a peculiaridade de se constituir como um gênero inacabado, se pensarmos em aspectos relacionados às teorizações propostas por Bakhtin. Dentre as várias possibilidade de análise, estudo centra-se na categoria narrativa da personagem. O estudo filia as personagens principais à tradição da malandragem.</p> Rondinele Aparecido Ribeiro Copyright (c) 2024 Rondinele Aparecido Ribeiro https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-06-24 2024-06-24 12 23 250 261 A LITERATURA COMO ESPAÇO: ESBOÇO DE UMA GENEALOGIA //periodicos.ufam.edu.br/index.php/Decifrar/article/view/12104 <p>Partindo da observação de um conjunto de romances lançados quase simultaneamente no Brasil no segundo semestre de dois mil que quinze (<em>O ano em que vivi de literatura, O princípio de ver histórias em todo lugar, História da Chuva </em>e <em>Só faltou o título</em>), o presente artigo, dialogando com conceitos de Ettore Finazzi-Agrò e Michel de Certeau, propõe um modo de olhar a presença de personagens escritores/escritoras na literatura nacional. Em vez de adotar uma leitura metaficcional ou autofccional, a hipótese busca pensar a possibilidade de se entender a “literatura” como um espaço imaginário, ou “lugares de memória”, na acepção que Finazzi-Agrò (2013) dá para o conceito de Pierre Nora. Espaços capazes de gerar personagens diversos, conflitos humanos múltiplos e, sobretudo, capazes de elaborar ficcionalmente a realidade brasileira e suas complexidades. Tal olhar permite esboçar uma genealogia da presença da literatura como espaço (e não como tema ou assunto) na literatura brasileira. Para exemplificar o potencial desse modo de olhar e pensar, os romances aqui citados são brevemente discutidos a partir autores como Sérgio Sá (2010), Paolo Virno (2013) e Mark Fisher (2021).</p> Reginaldo da Luz Pujol Filho Copyright (c) 2024 Reginaldo da Luz Pujol Filho https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-06-24 2024-06-24 12 23 262 279 O MEDO DOS ANIMAIS NA LITERATURA INFANTOJUVENIL INDÍGENA DE ASSOMBRAÇÃO //periodicos.ufam.edu.br/index.php/Decifrar/article/view/13973 <p>O objetivo deste trabalho é analisar brevemente o medo dos animais na literatura infantojuvenil indígena de assombração. Para tanto, foram selecionadas duas narrativas míticas: <em>As makukáwas</em>, presente no livro <em>Contos da floresta </em>(2012); e <em>Yaguarãbóia: a mulher onça </em>(2013)<em>, </em>ambas recontadas por Yaguarê Yamã, escritor indígena pertencente aos povos Maraguá e Saterê-mawé do Amazonas. As narrativas em questão unem medo e encanto, emoções estéticas que colaboram com a fruição da literatura impressa de autoria indígena. Além disso, o medo se mostra, principalmente no enfrentamento de personagens humanas e não humanas em espaços considerados sagrados como o mundo das florestas. Como aporte teórico tem-se Ramos (2008), Krüger (2011), Correia (2019), Sicsú (2019), entre outros de igual relevância.</p> Alex Viana Pereira Maria Evany do Nascimento Copyright (c) 2024 Alex Viana Pereira, Maria Evany do Nascimento https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-06-24 2024-06-24 12 23 280 290 LUCY: A FUGA PERFEITA É SEM VOLTA //periodicos.ufam.edu.br/index.php/Decifrar/article/view/15408 <p>O presente artigo busca empreender reflexões sobre autodefinição e autoavaliação de Lucy, personagem-título do romance de Jamaica Kincaid. Lucy é oriunda de Antígua, ex-colônia, ainda marcada pela colonialidade que pretende definir papéis e estereótipos para mulheres negras, sobretudo aqueles que as subalternizam e criam imagens de controle. Porém, Lucy subverte esses papéis e cria sua própria liberdade ao ir embora do país e se distanciar para sempre de sua mãe, forjando a liberdade ainda que bastantes fricções da colonialidade, racismo e sexismo. Para tanto, o trabalho se apoia em teorias de Collins (2016, 2019), Vergès (2020), Lorde (2019), Maldonado-Torres (2018), Woodson (2021), dentre outros.</p> Luciana Lis de Souza e Santos Copyright (c) 2024 LUCIANA LIS DE SOUZA E SANTOS SOUZA https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-06-24 2024-06-24 12 23 295 305 A MEMÓRIA DAS MÃOS”: FIGURAÇÕES DO FEMININO EM PENÉLOPE NA LÍRICA DE MÔNICA DE AQUINO (OU DESTECENDO O PERCURSO) //periodicos.ufam.edu.br/index.php/Decifrar/article/view/11682 <p>O presente artigo analisa algumas figurações do feminino na personagem clássica Penélope na lírica de Mônica de Aquino na seção “A memória das mãos”, de sua obra <em>Fundo Falso</em> (2018). O trabalho também investigou e discutiu o resgate do arquétipo das fiandeiras concernentes à imagem da personagem clássica retomada, bem como analisou as configurações poéticas, especialmente a construção da metáfora e seus sentidos na arquitetônica dos poemas da referida seção. Portanto, apoiamo-nos em diferentes perspectivas de fundamentação teórica: estudos da poesia (Paz, 1982; Pignatari, 2005; Cohen, 1974; Bloom, 2002); mitologia e construção do imaginário ocidental (Brandão, 2014; Jeager, 2013); teoria arquétipo e especialmente o das fiandeiras (Neto, 2018; Liborel, 1997; Mielietinski, 1987; 1998). As análises corroboraram a evidência de que a poeta se aproxima do cânone da qual se origina a personagem, a <em>Odisseia</em> de Homero, na medida em que resgata traços essenciais desse feminino, mas transgride a imagem clássica ao elencar características fruto dos fios do pensamento da autoria feminina e crítica contemporânea. Na lírica aquiniana, a imagem de Penélope desvela-se como um feminino aberto às manifestações da própria subjetividade e desejo. À vista disso, constatou-se também que Mônica de Aquino, como poeta contemporânea que aproveita o cânone em sua poesia, insere-se no que Bloom (2002) denomina de <em>Tessera</em> ou <em>Completude e Antítese</em> em sua teoria sobre a <em>angústia da influência</em>, e revisiona o mito como demonstra Ostriker (2022) em relação à escrita mais ginocêntrica</p> Sandro Adriano da Silva da Silva Giovana Buch Sgrignoli Copyright (c) 2024 Sandro Adriano da Silva, Você https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-06-24 2024-06-24 12 23 306 322 v. 12 n. 23 (2023): Revista Decifrar (edição em publicação) //periodicos.ufam.edu.br/index.php/Decifrar/article/view/15710 <p>A nova edição da revista Decifrar está publicando os artigos conforme ocorre os aceites e a diagramações&nbsp;(edição em publicação).</p> Os editores Copyright (c) 2024 Os editores https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-06-24 2024-06-24 12 23 LITERATURA E MEMÓRIA NA OBRA AI DE VÓS!: DIÁRIO DE UMA DOMÉSTICA, DE FRANCISCA SOUZA DA SILVA //periodicos.ufam.edu.br/index.php/Decifrar/article/view/13920 <p>O presente artigo pretende investigar em que sentido pode a literatura feita de memórias ser instrumento de resistência aos sistemas de opressão e servir à sociedade através da recordação de suas autoras, impedindo o esquecimento e evitando que violências sejam perpetuadas. A partir da literatura composta por memórias e lembranças, será possível o acesso a valores, perfis e medos de determinado povo em cada época, o que permite expandir o conhecimento e a procura por respostas em relação aos motivos dos fatos ocorridos. Para tal finalidade, será feito um breve recorte com relação à obra <em>Ai de vós!: diário de uma doméstica</em> (SILVA, 1983) para explorar os enfrentamentos das mulheres negras em questões de gênero, raça e classe, bem como o apagamento e silenciamento dessas mulheres na literatura.</p> Monica Barbosa Copyright (c) 2024 Monica Barbosa https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-06-24 2024-06-24 12 23 01 11 UMA LEITURA COMPARATIVA ENTRE MEMÓRIAS DE MARTA, DE JÚLIA LOPES DE ALMEIDA, E O BILDUNGSROMAN NA EUROPA E NO BRASIL //periodicos.ufam.edu.br/index.php/Decifrar/article/view/12824 <p>O objetivo deste trabalho é analisar <em>Memórias de Marta</em>, romance de Júlia Lopes de Almeida, à luz do conceito de <em>Bildungsroman </em>e de sua presença no contexto da literatura brasileira. Partindo das considerações de Wilma Patricia Maas (2000), Marcus Vinicius Mazzari (2010; 2020a; 2020b) e Franco Moretti (2020) acerca do subgênero, argumenta-se que a obra de Júlia Lopes de Almeida não poderia ser lida como um exemplar típico dessa tradição, mas que os contrastes revelados pela comparação são significativos para a compreensão da obra. Propõe-se, então, outros dois diálogos: primeiro com <em>Moll Flanders</em>, romance de Daniel Defoe, destacando novamente as diferenças; e, em segundo lugar, com o romance de 30, com os quais <em>Memórias de Marta </em>guardaria maior proximidade, revelando, assim, uma posição significativa no desenvolvimento de nossa literatura.</p> Dankar Bertinato Copyright (c) 2024 Dankar Bertinato https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-06-24 2024-06-24 12 23 12 31 O FARDO DE SER: LEITURA COMPARADA EM “COM LICENÇA POÉTICA” DE ADÉLIA PRADO E “FORÇADAMENTE MULHER, FORÇOSAMENTE MÃE” DE DINA SALÚSTIO E ADÉLIA PRADO //periodicos.ufam.edu.br/index.php/Decifrar/article/view/13453 <p><strong>RESUMO: </strong>O presente trabalho consiste em analisar a crônica “Forçadamente Mulher, Forçosamente Mãe” da escritora Dina Salústio e o poema “Com Licença Poética” de Adélia Prado, na busca de comparar o eu lírico presente no poema, o qual reconhece o peso de carregar uma bandeira, o qual vem acompanhado por nascer mulher, e a personagem da crônica que sente o peso do ser mãe e do ser mulher, pois sua infância &nbsp;é interrompida por uma gravidez indesejável. Michelle Perrot (2008, p.69), ressalta que a maternidade “é um pilar da sociedade e das forças dos Estados, torna-se um fato social”, marcando esse processo com uma condição da mulher, ideia que o patriarcado busca manter. Portanto, discutiremos a questão levantada pelo eu lírico sobre “carregar a bandeira” de ser mulher, enquanto que na crônica Paula, passa por situação de violência que obriga ela a ser mulher e mãe, e nessa perspectiva enfatizaremos quais são os enfrentamentos que os textos apresentam que tornam esse “ser” um peso para o sujeito mulher.&nbsp;</p> João do Nascimento dos Santos Pedro Manoel Monteiro Raquel Aparecida Dal Cortivo Copyright (c) 2024 João do Nascimento dos Santos, Pedro Manoel Monteiro , Raquel Aparecida Dal Cortivo https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-06-24 2024-06-24 12 23 32 41 FICÇÃO E REALIDADE: A LITERATURA COMO INTERMEDIÁRIA DO CONHECIMENTO EM 'A SUA MEDIDA', DE ZULMIRA TAVARES //periodicos.ufam.edu.br/index.php/Decifrar/article/view/13153 <p>Apesar de apresentar uma obra bastante enxuta quanto ao número de volumes publicados, a paulistana Zulmira Ribeiro Tavares é uma autora que tem relativo reconhecimento por parte da crítica especializada. Seus contos, no entanto, bem como sua produção ensaística, apresentam pouca fortuna crítica. Considerando essa lacuna, este trabalho se debruça sobre o conto “A sua medida”, publicado em seu livro <em>Termos da Comparação</em> (1974). A partir dele, propomos uma reflexão acerca da apreensão da realidade, da aquisição do conhecimento e do trabalho do escritor. Para tanto, consideramos textos de fortuna crítica da obra de Tavares e baseamos a discussão em um ensaio da própria autora publicado no mesmo livro, “Ficção e conhecimento”, e outros escritores que se debruçaram sobre os tópicos (ARISTÓTELES, 2004; COMPAGNON, 2001; BARTHES, 2011; ISER, 1996.)</p> Cristina Napp dos Santos Alfeu Sparemberger Copyright (c) 2024 Cristina Napp dos Santos, Alfeu Sparemberger https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-06-24 2024-06-24 12 23 42 55 O MAL EM COM OS MEUS OLHOS DE CÃO, DE HILDA HILST //periodicos.ufam.edu.br/index.php/Decifrar/article/view/13867 <p>O presente artigo investiga as manifestações do Mal e seus desdobramentos na novela <em>Com os meus olhos de cão</em>, publicada originalmente em 1986, de autoria da escritora brasileira Hilda Hilst. A noção de Mal com que trabalhamos é aquela proposta pelo pensador francês Georges Bataille, um dos grandes interlocutores de Hilst. Partimos de uma análise do personagem principal e foco narrativo da novela, Amós Kéres, e seguimos apontando os modos como se manifesta esse Mal, passando pelo dispêndio, loucura, <em>potlatch,</em> obscenidade e outras figuras do excesso. Objeto de uma “hipermoral”, ele é entendido aqui como força que leva o ser humano a transgredir sua limitada humanidade no ilimitado em que se dissolve. É o que ocorre com Amós, que, embarcado num devir (animal, invisível…), “não foi visto em lugar algum”.</p> Suzanne Modesto Fernando Scheibe Copyright (c) 2024 Suzanne Modesto, Fernando Scheibe https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-06-24 2024-06-24 12 23 56 69 A FORMA BARROCA EM O CRISTO CIGANO, DE SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN //periodicos.ufam.edu.br/index.php/Decifrar/article/view/13916 <p><em>O</em><em> Cristo cigano </em>é um livro publicado em 1961 pela poeta portuguesa Sophia de Mello Breyner Andresen, um nome de relevo da poesia moderna de Portugal. A inspiração para a composição da obra veio de uma lenda sevilhana contada pelo poeta brasileiro João Cabral de Melo Neto à escritora. Ao lermos os poemas que compõem obra, observamos que, embora estejam inseridos no contexto do século XX, eles dialogam com o Barroco, estética que teve seu apogeu nos séculos XVI e XVII. Em razão disso, o presente estudo visa estudar os elementos da arte barroca presentes em <em>O</em><em> Cristo cigano</em>. Para tanto, a fim de analisar os poemas, consultamos autores que discutem questões relacionadas às temáticas investigadas, como Octávio Paz (1984), Afranio Coutinho (1986), Rosa Maria Martelo (2014) e Benedito Nunes (1981). Com isso, verificamos que a dualidade, o contraste, o naturalismo e o erotismo, elementos importantes na construção do Barroco, marcam o livro de Sophia Andresen, dessa forma, mostrando ao leitor como a Literatura não é estanque e isolada no tempo e no espaço, dado que ela está em constante diálogo com o passado e o presente e com as demais expressões artísticas.</p> Ingrid Luana Lopes Cordeiro Copyright (c) 2024 Ingrid Luana Lopes Cordeiro https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-06-24 2024-06-24 12 23 70 87 ESSE CABELO: A TRAGICOMÉDIA DE UM CABELO CRESPO QUE CRUZA FRONTEIRAS, DE DJAIMILIA PEREIRA DE ALMEIDA: ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE AS RELAÇÕES AFETIVAS NA CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADE //periodicos.ufam.edu.br/index.php/Decifrar/article/view/13929 <p>A autoaceitação e a busca pela identidade são assuntos que buscamos evidenciar nesta pesquisa, tendo como objeto de estudo o romance de estreia da autora Djaimilia Pereira de Almeida intitulado <em>Esse Cabelo: a tragicomédia de um cabelo crespo que cruza fronteiras</em> (2017). Com uma temática emergente e necessária para o século XXI, o objetivo geral da pesquisa gira em torno das relações afetivas para a construção da identidade, bem como os específicos que nos ajudam a chegar nessa busca. Para <em>corpus</em> teórico-metodológico, baseamos a análise, sob perspectiva da literatura comparada, através dos seguintes autores: Abdala Junior (2016), através do texto Comparativismo literário e comunitarismo supranacional, que aborda a questão do lócus enunciativo; Bhabha (1998); Rama (2001); Ortiz (1940); Said (1990); e Stuart Hall (2003). Por conseguinte, a temática apresentada e desenhada através dos cabelos e do <em>lócus enunciativo </em>mostram o quanto os fatores externos podem construir a moldura como encaramos a questão da identidade, das memórias e da transculturação. Dada a complexidade dessas questões, abordar o cabelo crespo em um contexto de pesquisa acadêmica assume uma relevância significativa, pois trata-se de temas que instigam a reflexão, desafiam concepções arraigadas e oferecem alternativas para ideologias limitantes e restritivas.</p> Caroline S. C. Dantas Viviane Bitar Copyright (c) 2024 Caroline S. C. Dantas, Viviane Bitar https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-06-24 2024-06-24 12 23 88 101 ENTRE A NATUREZA E A CULTURA: OS LUGARES DE MEMÓRIA EM VISGO DA TERRA, ASTRID CABRAL //periodicos.ufam.edu.br/index.php/Decifrar/article/view/13878 <p>O objetivo deste artigo é de investigar a memória em <em>Visgo da Terra</em>, de Astrid Cabral, já que se observa na obra um esforço da autora para recuperar o passado, além de seus poemas serem lembranças do já vivido, ligadas a uma realidade de uma época pretérita, mas que sobrevive na inconsciência do tempo. A proposta da leitura dá-se a partir de um corpus teórico sobre memória, memória individual, memória coletiva, com contribuições de autores como Maurice Halbwachs e Michael Pollak, e sobre os lugares de memória, com contribuições de Pierre Nora e Aleida Assmann. Compreende-se que a memória coletiva representa um repositório abstrato de elementos que dizem respeito a uma comunidade, e se forma a partir de memórias individuais, além de se espalhar materialmente e ancorar-se nos lugares de memória. Dessa forma, esse trabalho objetiva discorrer sobre alguns dos lugares de memória (ou locais de recordação) no livro <em>Visgo da Terra</em>, de Astrid Cabral, além do levantamento de espaços físicos ou simbólicos que autora contempla com os olhos da memória.</p> <p><strong>PALAVRAS-CHAVE:</strong> lugares de memória; memória individual; memória coletiva; Astrid Cabral; <em>Visgo da Terra</em>.</p> Elane Figueiredo da Silva Carlos Antônio Magalhães Guedelha Copyright (c) 2024 Elane Figueiredo da Silva, Guedelha https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-06-24 2024-06-24 12 23 102 117 MONÓLOGO INTERIOR EM JÚLIA LOPES DE ALMEIDA: UMA ANÁLISE DO CONTO “O CASO DE RUTE” //periodicos.ufam.edu.br/index.php/Decifrar/article/view/13923 <p>Este artigo analisa da técnica do monologo interior no conto “O caso de Rute” da escritora brasileira Júlia Lopes de Almeida. A autora representa um nome importante da literatura brasileira entre o final do século XIX e começo do século XX. Com mais de 30 anos de produção, entre contos, crônicas, romances e outros, sua obra é vasta e composta por diferentes gêneros e temáticas. Júlia foi uma voz ativa pelas causas políticas e sociais do seu tempo, como a desigualdade social e os direitos das mulheres, e abertamente contraria a escravidão, o que se reflete em seu trabalho como escritora. O <em>livro Ânsia Eterna</em> (1903) reúne contos que tratam majoritariamente de temas referentes ao feminino, e traz algumas narrativas com elementos do gótico, como acontece no conto “O caso de Rute”. No tocante ao monólogo interior, técnica frequentemente associada ao modernismo, mas que permeia a literatura desde muito antes deste movimento (CARVALHO, 2012), analisaremos como Júlia usa esta técnica em diferentes momentos do texto, produzindo efeitos narrativos diversos. O método analítico dá-se mediante a contribuição dos autores: Carvalho (2012) and Humphrey (1976).</p> Maiara Afonso de Lima Marcio Matiassi Cantarin Copyright (c) 2024 Maiara Afonso de Lima, Marcio Matiassi Cantarin https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-06-24 2024-06-24 12 23 118 128 “I LOVE MY HUSBAND”: UMA DECLARAÇÃO DESCONCERTANTE //periodicos.ufam.edu.br/index.php/Decifrar/article/view/11738 <p><strong>RESUMO:</strong> este trabalho pretende analisar o conto “I love my husband”, de autoria de Nélida Piñon, uma das mais importantes escritoras brasileiras. Nossa intenção aqui é discutir as maneiras através das quais a escritora questiona estereótipos de gênero em sua enunciação literária, utilizando-se da ironia como uma poderosa arma retórica.</p> Anselmo Peres Alós Dileane Fagundes de Oliveira Copyright (c) 2024 Anselmo Peres Alós, Dileane Fagundes de Oliveira https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-06-24 2024-06-24 12 23 129 143 NOVAS CARTAS PORTUGUESAS - DO FEMINISMO À LITERATURA, DA LITERATURA AO FEMINISMO //periodicos.ufam.edu.br/index.php/Decifrar/article/view/13815 <p>Desde os anos 2000, pudemos observar, de maneira mais intensa, um movimento de recuperação de obras de autoria feminina nas literaturas portuguesa e brasileira. Antes disso, em 1972, uma obra de autoria feminina múltipla de Portugal propôs literariamente uma recuperação de autoras e de temas ligados a vida das mulheres, trata-se das Novas Cartas Portuguesas, de Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa. Nessas <em>Novas Cartas</em>, ao invés de compor um lamento de amor e abandono, como no mote escolhido das <em>Cartas portuguesas</em>, atribuídas a Mariana Alcoforado, as autoras buscam questionar a situação de opressão das mulheres, a fim de propor novas possibilidades. Por conta disso, é nosso interesse com este estudo apresentar a perspectiva da crítica feminista, para, depois, apontar a relevância social da publicação das NCP para a literatura e os feminismos portugueses, de modo a enxergar tal obra como um marco literário e feminista.</p> Priscila Finger do Prado Copyright (c) 2024 Priscila Finger do Prado https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-06-24 2024-06-24 12 23 144 156 A REPRESENTAÇÃO DE MULHERES NEGRAS E MARGINALIZADAS NA OBRA OLHOS D’ÁGUA, DE CONCEIÇÃO EVARISTO //periodicos.ufam.edu.br/index.php/Decifrar/article/view/13798 <p>As constantes lutas das mulheres e a ruptura com preconceitos estão revelando avanços e trazendo novas abordagens no âmbito da literatura. Desse modo, se faz necessário investigar as temáticas trazidas por Conceição Evaristo no que diz respeito a verificação de como se dá a representação de personagens negras no livro Olhos D’água. Esta pesquisa busca também refletir acerca da identidade e representatividade de personagens negros na literatura afro-brasileira, trazendo à luz as mazelas com que autoras e personagens são retratados no meio literário. Para tanto, se fará um breve panorama da representação das personagens negras na literatura brasileira, analisando a produção de Conceição Evaristo em um cenário da literatura produzida por homens brancos. Além disso, será feita uma análise comparativa de um conto, observando a representatividade das personagens no contexto social em que são inseridas, desvelando os traços físicos e psicológicos, bem como o espaço social em que estão inseridas e a linguagem literária que dá forma ao perfil dessas personagens. Desse modo, o desenvolvimento desta pesquisa ancorou-se teoricamente nos estudos de autores, como: Santos e Wielewick (2003), Monteiro (2016), Duarte (2013), Dalcastagné (2015), dentre outros. Portanto, consideramos de grande valia trazer para este espaço de discussão a figura da mulher negra, principalmente, como se formata sua representatividade na literatura produzida por Conceição Evaristo.</p> Ana Laura Dantas Reis Keyla Cirqueira Cardoso Nunes Copyright (c) 2024 Ana Laura Dantas Reis, https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-06-24 2024-06-24 12 23 157 170 UMA ESCRITA SILENCIOSA: CONSIDERAÇÕES SOBRE A PALAVRA E O SILÊNCIO EM UM SOPRO DE VIDA, DE CLARICE LISPECTOR //periodicos.ufam.edu.br/index.php/Decifrar/article/view/13924 <p>O artigo tece considerações sobre a palavra e o silêncio em <em>Um sopro de vida</em>, de Clarice Lispector. Reconhece, como já o fez parte da fortuna crítica, que a literatura clariceana envolve uma escrita “em diáspora”, qualidade relacionável às origens judaicas da autora. O artigo constata que a tradição judaica e sua hermenêutica repercutem em <em>Um sopro de vida</em>, na escrita silenciosa, que é tematizada, bem como na forma de uma suspensão temporal, atada à narração não linear presente nesse livro póstumo da autora. Destarte, observa-se que tema e forma estão atrelados no livro. Apontam-se ainda afinidades entre a escrita silenciosa tematizada e o caráter místico observável no livro. Tal caráter místico está ligado à busca angustiante de descortinar o mistério da vida, do tempo, da morte, vivida pela personagem Ângela Pralini, busca esta que culmina numa experiência extática que a leva a um “estado de graça”. Malgrado as limitações e precariedades da palavra no que diz respeito a revelar o mistério, é ela a matéria-prima por excelência e, de fato, a única ferramenta à disposição para abordar o enigma da vida, do tempo, da morte, que agitam e inquietam tanto Ângela Pralini quanto a personagem nomeada Autor, as quais guardam afinidades com a própria autora.</p> Leila Borges Dias Arthur Barboza Ferreira Copyright (c) 2024 Leila Borges Dias, Arthur Barboza Ferreira https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-06-24 2024-06-24 12 23 171 185 O EROTISMO MÍTICO E SIMBÓLICO NA POESIA DE LUCILA NOGUEIRA //periodicos.ufam.edu.br/index.php/Decifrar/article/view/13786 <p><strong>RESUMO</strong>: Este trabalho tem por objetivo analisar a maneira pela qual está instituída o discurso poético erótico no poema “Mas não demores tanto”, de Lucila Nogueira publicado no livro <em>Amaya</em> (2001), um dos principais do seu rico acervo. A poeta usa elementos míticos e simbólicos como marcas de seu estilo e de sua expressão literária. Para esta análise usaremos os conceitos de Octávio Paz sobre amor e erotismo em <em>A Dupla Chama</em> (1993), as reflexões de Hugo Friedrich sobre a <em>Estrutura da Lírica Moderna</em> (1991) e os de Mircea Eliade em seus estudos sobre <em>Mito e</em> <em>Realidade </em>(1991) e <em>Imagens e Símbolos</em> (1995), especialmente as manifestações e relações entre elementos mitológicos e eróticos. Desse modo, partindo-se de pontos específicos recorrentes em seu processo de criação, apontaremos os elementos de encaixe e estruturação de sua poética que cruza vários mundos na expressão do erotismo, situando-se nos interdiscursos das relações entre literatura e mito, história e cultura.</p> Caren Larissa Rocha de Souza Fernando Simplício dos Santos Copyright (c) 2024 Caren Larissa Rocha de Souza, Prof. Dr https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-06-24 2024-06-24 12 23 186 196 ESCREVENDO A PARTIR DA FERIDA: UMA ANÁLISE DA PROSA POÉTICA ÁGUAS DE KALUNGA, DE CONCEIÇÃO EVARISTO //periodicos.ufam.edu.br/index.php/Decifrar/article/view/15363 <p>Para este texto nós escolhemos a prosa poética “Águas de Kalunga”, de Conceição Evaristo, para (re)construir histórias que atualmente são contadas, mas que ainda escutamos muito pouco.&nbsp; A partir da análise duma perspectiva descolonizante, neste artigo nosso olhar se voltará para a literatura (escrita e leitura) como ferramenta de cura e transformação da subjetividade em uma experiência ora pessoal, ora coletiva, além de agir como um ato de expansão da consciência. O nosso interesse é oferecer uma opção teórica que explore a subjetividade do sujeito e coletividades a partir dum pensamento descolonial ao mesmo tempo em que construímos uma ação e movimento étnicos, ou seja, uma conscientização e superação das limitações relacionadas aos preconceitos e discriminações étnico-raciais. Para que nosso objetivo seja alcançado, levantamos a noção de <em>autohistoria</em> de Gloria Anzaldúa, bem como reflexões de outras mulheres negras feministas, como as de Leda Maria Martins (Tempo Espiralar) e da própria Conceição Evaristo (Escrevivência), enquanto as nossas reflexões se entrelaçam nesse processo de escrita-análise. As palavras de <em>Águas de Kalunga</em> confirmam o mar como um lugar de dor (ferida), mas também de cura, uma vez que o vemos como lugar de conhecimento ancestral que podem nos guiar e mostrar um conhecimento mais profundo de nós mesmos e do outro que está em nós.</p> Hellyana Rocha e Silva Joao Paulo Tinoco Copyright (c) 2024 JOAO PAULO TINOCO, Dra. https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-06-24 2024-06-24 12 23 197 216 RACISMO ESTRUTURAL E NEGAÇÃO DE DIREITOS EM QUARTO DE DESPEJO, DE CAROLINA MARIA DE JESUS //periodicos.ufam.edu.br/index.php/Decifrar/article/view/15488 <p><span style="font-weight: 400;">Este artigo analisa o racismo estrutural e a negação de direitos em "Quarto de Despejo" (1960), de Carolina Maria de Jesus, destacando as condições de vida da população marginalizada nas periferias urbanas brasileiras na década de 1960. O objetivo é discutir como o racismo negou direitos e impactou a vida da autora e dos negros até hoje, com base em teóricos como Almeida (2018), Carneiro (2006), Gonzalez(1982), entre outros.</span></p> Evelyn Santos Almeida Copyright (c) 2024 Evelyn Santos Almeida https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-06-24 2024-06-24 12 23 217 231