//periodicos.ufam.edu.br/index.php/Decifrar/issue/feedRevista Decifrar2025-08-04T00:00:00+00:00Kenedi Santos Azevedorevistadecifrar@ufam.edu.brOpen Journal Systems<p>A <strong>Revista Decifrar</strong> tem o intuito de publicar artigos científicos de docentes e discentes da Pós-Graduação, de Instituições de Ensino Superior do Brasil e do exterior, interessados em apresentar resultados de suas pesquisas concluídas ou em andamento, haja vista que a disponibilização desses trabalhos online para o público especializado amplia a possibilidade de discussão em torno da Teoria e da Crítica Literária, bem como das Literaturas em Língua Portuguesa. Divulga textos inéditos e originais, em língua portuguesa, língua inlgesa, língua francesa e língua espanhola, com estudos na área de Letras, Artes e Humanidades em geral, nas subáreas literatura brasileira, portuguesa e outras literaturas. Constitui-se de um periódico semestral, na modalidade fluxo contínuo, destinado à publicação de artigos, dossiês, entrevistas, cartas, textos inéditos de artistas, bem como de resenhas de obras teóricas, críticas ou artísticas, de teses, de dissertações e de monografias. É organizada pelos professores pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Letras – Estudos Literários da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Amazonas.</p> <p><strong>ISSN:</strong> 2318-2229 | <strong>Ano de Criação:</strong> 2013 |<strong> Área do Conhecimento:</strong> Letras | <strong>Periodicidade:</strong> Semestral, na modalidade fluxo contínuo | <strong>DOI:</strong> 10.29281 | <strong>QUALIS:</strong> B1</p>//periodicos.ufam.edu.br/index.php/Decifrar/article/view/17224DITADURA E RESSENTIMENTO: UM ESTUDO DE RABO DE FOGUETE, DE FERREIRA GULLAR, E AINDA ESTOU AQUI, DE MARCELO RUBENS PAIVA2025-06-11T22:54:43+00:00Gabriely Rosa Caetanogrosacaetano@gmail.comViviane Aparecida Santos vivianesantos.jf@gmail.com<p>Este trabalho tem por objetivo analisar como o ressentimento em relação aos regimes ditatoriais na América Latina, em especial à ditadura militar brasileira, se apresenta nas autobiografias <em>Rabo de foguete: os anos de exílio</em>, de Ferreira Gullar (2008), e <em>Ainda estou aqui</em>, de Marcelo Rubens Paiva (2015). Sobre esse <em>corpus</em>, foi realizada uma pesquisa bibliográfica de cunho qualitativo. Como embasamento teórico, foram utilizados: a definição de ressentimento apresentada por Ansart (2004); os estudos de Lejeune (2008) a respeito do gênero autobiografia; a pesquisa de Eurídice Figueiredo (2017<em> apud </em>Licarião, 2018) acerca da literatura como arquivo da ditadura militar brasileira; e as contribuições dos autores Le Goff (1996), Pollak (1989), Seixas (2004) e Halbwachs (2006<em> apud </em>Weber; Pereira, 2010) sobre literatura, história e memória. A análise foi dividida em duas categorias: o medo como formador do ressentimento em vítimas da repressão e o ressentimento por parte de seus familiares. Como resultado, constatou-se que esses relatos autobiográficos revelam traços de ressentimentos que se formam a partir, sobretudo, do medo, da raiva, da tristeza, da mágoa e da sensação de injustiça. Por fim, foi possível concluir que tanto as vítimas diretas da repressão, como Ferreira Gullar e Rubens Beyrodt Paiva, quanto os seus familiares e amigos são afetados, como demonstra a experiência de Marcelo Rubens Paiva.</p>2025-09-26T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Gabriely Rosa Caetano, Viviane Aparecida Santos //periodicos.ufam.edu.br/index.php/Decifrar/article/view/17223JEAN VALJEAN E FABIANO: UMA COMPARAÇÃO ENTRE PERSONAGENS PRINCIPAIS E ESPAÇO PRISIONAL PRESENTES NOS ROMANCES OS MISERÁVEIS (1862) E VIDAS SECAS (1938)2024-11-29T21:40:16+00:00Marco Antônio Nunes Júniormarcojunior.a.n@gmail.comMarli Cardoso dos Santos Carrijomarli@ufu.br<p>A personagem e o espaço configuram-se como elementos essenciais na construção de narrativas e se estabelecem, desse modo, como opções de análise para pesquisas que objetivem um aprofundamento na construção de romances e de seus desdobramentos. O presente artigo – recorte da monografia intitulada <em>Fabiano e Jean Valjean: entre os espaços das vidas miseráveis </em>(2024) – busca apresentar uma comparação entre esses elementos - as personagens e os espaços – presentes nos romances <em>Os miseráveis</em> (1862), de Victor Hugo e <em>Vidas secas</em> (1938), de Graciliano Ramos. As personagens que aqui tomamos como principais – Jean Valjean, em <em>Os miseráveis</em> e Fabiano, em <em>Vidas secas</em> – se mostram como Forster (1974) nos ensina, redondas ao apresentarem riqueza psicologia e ao surpreenderem os leitores com suas ações ao longo das narrativas. Ademais, os espaços que ambas as personagens permeiam lhes são essenciais em suas jornadas; nos concentraremos no espaço prisional, o qual, tanto Jean Valjean quanto Fabiano transitam ao serem presos – se trata de contextos diferentes que, no entanto, podem gerar semelhantes consequências. Foucault (2009) reflete sobre o que chama de espaços outros da sociedade – as heterotopias. Em suas reflexões, as prisões aparecem; são classificadas como heterotopias de desvio, ou seja, são lugares em que aqueles marginalizados pela sociedade, os que não se adequam aos padrões estabelecidos por ela, são sujeitados. Nos romances, perceberemos que após a passagem pelo espaço prisional, Jean Valjean e Fabiano transformam-se em certa medida ao despertarem em si receio em relação à sociedade ou ao reforçarem sentimentos já existentes.</p>2025-09-25T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Marco Antônio Nunes Júnior, Marli Cardoso dos Santos Carrijo//periodicos.ufam.edu.br/index.php/Decifrar/article/view/17891A RESISTÊNCIA DAS MULHERES INDÍGENAS NA POÉTICA DECOLONIAL DE EVA POTIGUARA 2025-04-10T18:29:28+00:00Ana Clara de Sena Souzaana.souza9@ufu.brCarlos Augusto de Melocarlosaug.melo@ufu.br<p>Este artigo busca compreender como a obra <em>Abyayala Mebyra Nhe'engara: Cânticos de uma Filha da Terra </em>(2022), de Eva Potiguara, articula ancestralidade, gênero e território a partir de uma perspectiva feminista decolonial. A análise concentra-se em poemas que abordam a conexão das mulheres indígenas com os elementos naturais — Fogo, Terra, Águas e Vento —, compreendidos como polos simbólicos que oscilam entre resistência e ressignificação cultural. A pesquisa é descritivo-analítica, fundamentada em uma leitura crítica interseccional e no diálogo com pensamentos decoloniais como os de Eva Potiguara, Eliane Potiguara, Elisa Pankararu, Silvia Rivera Cusicanqui, Françoise Vergès, Angela Davis, María Lugones, entre outras. A literatura de Potiguara emerge como mediadora de vozes históricas e contemporâneas, configurando um território poético onde coexistem dimensões políticas e espirituais. Por meio da poética de resistência, são construídos territórios simbólicos que entrelaçam corpos, memórias e culturas, revelando uma pauta que desafia as estruturas coloniais e patriarcais. Este estudo ressalta, assim, a literatura indígena como dispositivo crucial na luta por reconhecimento e justiça social, reforçando a centralidade das mulheres indígenas na defesa de suas comunidades e saberes ancestrais.</p>2025-09-29T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Ana Clara de Sena Souza, Carlos Augusto de Melo//periodicos.ufam.edu.br/index.php/Decifrar/article/view/17216POBRES, INTELECTUAIS E CONSCIÊNCIA POSSÍVEL: DO INÍCIO DE UMA RELAÇÃO EPISTEMOLÓGICA 2024-12-04T11:02:51+00:00Felipe Chaves Gonçalves Pintofelipe-chaves78@hotmail.com<p>O texto busca discutir os primórdios da relação epistémica na sociedade de classes capitalista brasileira entre o intelectual compassivo e o sujeito pobre pelo qual aquele se interessa. Nisto, parte-se da contextualização do que se denomina como “pobre” na sociedade de classes a fim de verificar a influência que uma elite intelectual e/ou econômica exerceu nas alterações pelas quais o termo passou. Argumenta-se que há um fundo epistêmico estável que subjaz todas as ressignificações infligidas ao pobre por essa elite. Isto é, alega-se que há uma sistêmica e velada continuidade (que se quer superada) dos parâmetros com os quais os pobres são interpretados e tematizados por essa elite intelectual e/ou econômica. Enquanto recurso analítico dessa proposição, busca-se principalmente nas obras de Euclides da Cunha e João do Rio índices que possibilitam uma leitura mais ampla (do pobre interiorano, por Cunha, e do pobre citadino, por João do Rio) da tendência hegemônica da relação que o intelectual tem com o sujeito pobre. Subsequentemente, destaca-se que ainda que haja compassividade por parte dos intelectuais que se relacionam positivamente com o pobre, há também uma “consciência possível” que, a despeito da boa vontade daquele, emperra tais movimentos e os acorrenta à episteme hegemônica que rege toda a questão. Assim, é sobre essa complexa relação entre o intelectual compassivo e o pobre que se tensiona levantar algumas considerações.</p>2025-09-24T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Felipe Chaves Gonçalves Pinto//periodicos.ufam.edu.br/index.php/Decifrar/article/view/17090PAISAGENS DE PAPEL: A AMAZÔNIA RELATADA ATRAVÉS DOS VIAJANTES2025-06-11T22:35:57+00:00Thais Stefhani de Oliveira Lealtsdol.his19@uea.edu.brArcângelo da Silva Ferreiraroseaneoliver@outlook.com<p>O artigo analisa os relatos de viagem do século XIX, e como esses textos refletem a visão eurocêntrica e colonial sobre o Brasil. O estudo investiga como os viajantes europeus, ao descreverem a fauna, a flora e os povos indígenas, frequentemente perpetuaram uma visão de subordinação e exotismo em relação ao "outro". A pesquisa utiliza um método crítico de análise literária, que combina a análise de conteúdo dos textos com uma abordagem teórica fundamentada em autores como Michel Foucault, Edward Said e Mary Louise Pratt. Foucault é empregado para entender as dinâmicas de poder e saber presentes nos relatos, enquanto Said e Pratt contribuem para a análise do conceito de "orientalismo" e "<em>contact zones</em>", explorando como as relações de poder e identidade se manifestam nas narrativas de viagem. A obra de Agassiz, embora importante para a ciência, não escapa de um olhar colonizador, especialmente ao abordar os indígenas e a natureza brasileira de uma perspectiva que os enquadra dentro de categorias europeias. A análise sugere que esses relatos, além de contribuir para o avanço do conhecimento científico, também desempenham um papel na construção de uma narrativa de dominação cultural e racial. O artigo propõe uma leitura crítica desses textos, destacando as tensões entre a busca por conhecimento e as práticas de controle e subordinação.</p>2025-08-06T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Thais Stefhani de Oliveira Leal, Arcângelo da Silva Ferreira//periodicos.ufam.edu.br/index.php/Decifrar/article/view/17301RITO DE MAR-GEM ENTRE O TEMPO, MEMÓRIA E IDENTIDADE EM ANA PIZARRO E MILTON HATOUM: AMAZÔNIA, FRATURA E PULSÃO DO MUNDO2024-12-16T19:13:19+00:00Rodrigo Felipe Velosorodrigof_veloso@yahoo.com.br<p>Trata-se de um estudo dos contos “Um oriental na vastidão” e “A casa ilhada”, da obra <em>A cidade ilhada</em>, de Milton Hatoum, em diálogo com o viés crítico de Ana Pizarro sobre a identidade cultural da Amazônia no espaço fragmentado da América Latina e da teoria antropológica (ritos de passagem), em especial o rito de margem, liminar do processo ritual e suas relações míticas e simbólicas na constituição do tempo, memória e identidade das personagens Kazuki Kurokawa e Lavedan, indivíduos que vivem experiências ritualísticas, se movimentam no espaço-tempo ficcional e têm suas histórias contadas num ligação íntima e integrada à natureza amazônica. Nesse sentido, o elemento água regula o curso da vida individual e social. Assim, utilizam-se os autores: Ana Pizarro (2012; 2021), Arnold Van Gennep (2011), Gaston Bachelard (1974; 1998), dentre outros.</p>2025-08-06T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Rodrigo Felipe Veloso