CRESCIMENTO POPULACIONAL DO CLADOCERA MOINA SP. EM SISTEMA DE CULTIVO ESTÁTICO

Autores

  • Ana Carolina Souza Sampaio Nakauth Universidade Federal do Amazonas Instituto Natureza e Cultura Colegiado de Ciências Agrárias e do Ambiente
  • Reinaldo Luzeiro Müller Universidade Federal do Amazonas Instituto Natureza e Cultura
  • Marle Angélica Villacorta-Correa Universidade Federal do Amazonas Faculdade de Ciências Agrárias Departamento de Ciências Pesqueiras
  • Agno Nonato Serrão Acioli Universidade Federal do Amazonas Instituto Natureza e Cultura Colegiado de Ciências Agrárias e do Ambiente
  • Ronaldo de Almeida Universidade Federal do Amazonas Instituto Natureza e Cultura Colegiado de Ciências Agrárias e do Ambiente

Resumo

As dificuldades na produção de organismos zooplanctônicos em larga escala estão relacionadas com a falta de conhecimento suficiente para produção massiva e constante destes organismos. Este trabalho propôs descrever o crescimento populacional de Moina sp. em sistema de cultivo estático,  visando subsidiar a elaboração de protocolo de produção. Cem organismos do gênero Moina sp. foram cultivados a partir de inóculo de 35 litros da microalga Chlorella sp. (1,5x10-6 cél.ml-1) + farinha de peixe (70g), em três unidades de cultivo, com 200 L cada. Diariamente os organismos foram coletados, quantificados, classificados e medidos com auxílio de estereomicroscópio. Os dados obtidos foram organizados e elaboradas curvas de crescimento e categorias populacionais ao longo do período de cultivo (13 dias), considerando jovens, adultos e fêmeas partenogenéticas. O experimento foi conduzido sob temperatura 26,70±1,60ºC, temperatura da água 27,20±1,54ºC, pH 7,70±0,53 e condutividade elétrica 54,80±7,85 μs.cm-1. As características ambientais não influenciaram na variação de densidade. Não houve diferença significativa na participação das categorias populacionais (neonatos, adultos e fêmeas partenogenéticas) entre as unidades experimentais e os dias de cultivo. A capacidade suporte do sistema estático foi atingida aos 7 dias de cultivo (266,92±16,94 org.l-1) e tempo de cultivo 13 dias. A taxa de crescimento específico (1,09.dia-1), possibilita em curto prazo (07 dias) a obtenção de volumes satisfatórios, sendo indicado para produção massiva visando a alimentação de larvas de peixes nativos. A intervenção em sistemas estáticos de produção de Moina sp. deve ser feita partindo do 4º dia visando otimizar a fase de crescimento exponencial.

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Biografia do Autor

Ana Carolina Souza Sampaio Nakauth, Universidade Federal do Amazonas Instituto Natureza e Cultura Colegiado de Ciências Agrárias e do Ambiente

Engenheira de pesca, Mestre em Aquicultura, Docente na Universidade Federal do Amazonas, Campus de Benjamin Constant, Amazonas. Trabalha com aquicultura de espécies nativas amazônicas, especificamente matrinxã Brycon amazonicus.

Reinaldo Luzeiro Müller, Universidade Federal do Amazonas Instituto Natureza e Cultura

Estudante do Curso Licenciatura e Bacharelado em Ciências Agrárias e do Ambiente

Marle Angélica Villacorta-Correa, Universidade Federal do Amazonas Faculdade de Ciências Agrárias Departamento de Ciências Pesqueiras

Possui graduação em Ciências Biológicas - Universidad Nacional de la Amazonía Peruana (1974), mestrado em Biologia de Água Doce e Pesca Interior pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (1986) e doutorado em Biologia de Água Doce e Pesca Interior pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (1997). Atualmente é professora associada III da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), professora tempo parcial sem remuneração no Curso de Pós Graduação em Aquicultura da Universidade Nilton Lins/INPA. Tutora do Programa de Educação Tutorial (PET) do Curso de Engenharia de Pesca da UFAM. Tem experiência nas áreas de: taxonomia de peixes amazônicos, biologia pesqueira, biologia de peixes aplicada a aquicultura, boas práticas de manejo na piscicultura, reprodução e larvicultura de peixes com ênfase em tambaqui e matrinxã.

Agno Nonato Serrão Acioli, Universidade Federal do Amazonas Instituto Natureza e Cultura Colegiado de Ciências Agrárias e do Ambiente

Doutorado e Mestrado em Ciências Biológicas (área de concentração em Entomologia) pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, 2007 e 2001, respectivamente. Graduado em Agronomia pela Universidade Federal do Amazonas, 1998. Atualmente é professor do Curso de Ciências Agrágrias e do Ambiente do Instituto de Natureza e Cultura/Universidade Federal do Amazonas (INC/UFAM) no Município de Benjamin Constant, Amazonas. Desde a graduação trabalha com invertebrados terrestres em ecossistemas amazônicos. Mestrado e doutorado com ênfase em ecologia e taxonomia de cupins sem soldados (Isoptera: Termitidae: Apicotermitinae).

Ronaldo de Almeida, Universidade Federal do Amazonas Instituto Natureza e Cultura Colegiado de Ciências Agrárias e do Ambiente

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Rondônia (2004), mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente pela Universidade Federal de Rondônia (2006) e doutorado em Ciências Biológicas (Biofísica) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2012). Atualmente é professor adjunto I da Universidade Federal do Amazonas. Tem experiência nas seguintes áreas: Ecologia com ênfase em Ecologia de reservatórios, atuando principalmente nos seguintes temas: Limnologia de reservatórios, contaminação ambiental e humana por mercúrio na região amazônica. Métodos cromatográficos e espectrométricos para a detecção de mercúrio em matrizes complexas.

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Publicado

2015-05-07

Edição

Seção

Ciências Biológicas e Ambientais - Artigos