INFLUÊNCIA DA DENSIDADE DE ESTOCAGEM NA SOBREVIVÊNCIA E CRESCIMENTO DE LARVAS DO MATRINXÃ (Brycon amazonicus SPIX & AGASSIZ,
Resumo
Baixas taxas de sobrevivência durante a larvicultura do matrinxã frequentemente têm sido associadas ao comportamento canibalístico iniciado nos primeiros dias de vida larval. O objetivo deste trabalho foi verificar a influência de diferentes densidades de estocagem na sobrevivência e crescimento de larvas do matrinxã. Larvas com três dias de vida foram submetidas a três tratamentos, com 4 repetições, sendo: T1-15 larvas/litro; T2-30 larvas/litroe T3-45 larvas/litro. Foram utilizadas bandejas plásticas brancas (01 litro) e as larvas foram alimentadas diariamente, por 10 dias, com organismos da Classe Cladocera, ofertados ad libitum. Monitorou-se as variáveis temperatura, oxigênio, ph e condutividade. Ao final do experimento não houve diferença significativa no crescimento em peso e comprimento de larvas submetidas a T1 (0, 0187±0, 0110g e 25,25±7,42mm), T2 (0,0123±0,0091g e 21,67±6,56mm) e T3 (0,0149±0,0133e 19,99±6,81mm). Não foram observadas diferenças entre as taxas de sobrevivência dos tratamentos comparados T1 (30,0±13,88%), T2 (51,66± 7,93%) e T3 (49,44± 6,64%) quando comparados o 5º e 10º dias, porém, analisados separadamente, no 5º dia, o T2 apresentou valores significativamente maiores (51,66± 7,93%) em relação a T3 (49,44± 6,64%) e T1 (30,00±13,88%). No 10º dia, porém, a maior taxa de sobrevivência também foi observada no T2(41,38±27,54%). Em relação à mortalidade ocasionada por canibalismo, no T3: 45 larvas/litro (p<0,05), foi significativamente maior em relação aos demais (0, 937±1.10). Os resultados sugerem que a densidade 30 larvas/litro (T2), foi a mais adequada à fase de larval do matrinxã por proporcionar maior taxa de sobrevivência, produtividade e menor ocorrência de mortalidade por canibalismo larval.