INFLUÊNCIA DA DENSIDADE DE ESTOCAGEM NA SOBREVIVÊNCIA E CRESCIMENTO DE LARVAS DO MATRINXÃ (Brycon amazonicus SPIX & AGASSIZ,

Autores

  • Ana Carolina Souza Sampaio Nakauth Universidade Federal do Amazonas Instituto Natureza e Cultura Colegiado do Curso Licenciatura em Ciências Agrárias e Ambientais
  • Jarluce Reina Jacaúna Universidade Federal do Amazonas Instituto Natureza e Cultura
  • Marle Angélica Villacorta-Correa Universidade Federal do Amazonas Faculdade de Ciências Agrárias Departamento de Ciências Pesqueiras
  • Agno Nonato Serrão Acioli Universidade Federal do Amazonas Instituto Natureza e Cultura Colegiado do Curso Licenciatura em Ciências Agrárias e Ambientais
  • José de Ribamar da Silva Nunes Universidade Federal do Amazonas Instituto Natureza e Cultura Colegiado do Curso Licenciatura em Ciências Agrárias e Ambientais

Resumo

Baixas taxas de sobrevivência durante a larvicultura do matrinxã frequentemente têm sido associadas ao comportamento canibalístico iniciado nos primeiros dias de vida larval. O objetivo deste trabalho foi verificar a influência de diferentes densidades de estocagem na sobrevivência e crescimento de larvas do matrinxã. Larvas com três dias de vida foram submetidas a três tratamentos, com 4 repetições, sendo: T1-15 larvas/litro; T2-30 larvas/litroe T3-45 larvas/litro. Foram utilizadas bandejas plásticas brancas (01 litro) e as larvas foram alimentadas diariamente, por 10 dias, com organismos da Classe Cladocera, ofertados ad libitum. Monitorou-se as variáveis temperatura, oxigênio, ph e condutividade. Ao final do experimento não houve diferença significativa no crescimento em peso e comprimento de larvas submetidas a T1 (0, 0187±0, 0110g e 25,25±7,42mm), T2 (0,0123±0,0091g e 21,67±6,56mm) e T3 (0,0149±0,0133e 19,99±6,81mm). Não foram observadas diferenças entre as taxas de sobrevivência dos tratamentos comparados T1 (30,0±13,88%), T2 (51,66± 7,93%) e T3 (49,44± 6,64%) quando comparados o 5º e 10º dias, porém, analisados separadamente, no 5º dia, o T2 apresentou valores significativamente maiores (51,66± 7,93%) em relação a T3 (49,44± 6,64%) e T1 (30,00±13,88%). No 10º dia, porém, a maior taxa de sobrevivência também foi observada no T2(41,38±27,54%). Em relação à mortalidade ocasionada por canibalismo, no T3: 45 larvas/litro (p<0,05), foi significativamente maior em relação aos demais (0, 937±1.10). Os resultados sugerem que a densidade 30 larvas/litro (T2), foi a mais adequada à fase de larval do matrinxã por proporcionar maior taxa de sobrevivência, produtividade e menor ocorrência de mortalidade por canibalismo larval.

Biografia do Autor

Ana Carolina Souza Sampaio Nakauth, Universidade Federal do Amazonas Instituto Natureza e Cultura Colegiado do Curso Licenciatura em Ciências Agrárias e Ambientais

Engenheira de pesca, Mestre em Aquicultura, Docente na Universidade Federal do Amazonas, Campus de Benjamin Constant, Amazonas. Trabalha com aquicultura de espécies nativas amazônicas, especificamente matrinxã Brycon amazonicus.

Jarluce Reina Jacaúna, Universidade Federal do Amazonas Instituto Natureza e Cultura

Egressa do Curso Licenciatura e Bacharelado em Ciências Agrárias e do Ambiente

Marle Angélica Villacorta-Correa, Universidade Federal do Amazonas Faculdade de Ciências Agrárias Departamento de Ciências Pesqueiras

Possui graduação em Ciências Biológicas - Universidad Nacional de la Amazonía Peruana (1974), mestrado em Biologia de Água Doce e Pesca Interior pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (1986) e doutorado em Biologia de Água Doce e Pesca Interior pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (1997). Atualmente é professora associada III da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), professora tempo parcial sem remuneração no Curso de Pós Graduação em Aquicultura da Universidade Nilton Lins/INPA. Tutora do Programa de Educação Tutorial (PET) do Curso de Engenharia de Pesca da UFAM. Tem experiência nas áreas de: taxonomia de peixes amazônicos, biologia pesqueira, biologia de peixes aplicada a aquicultura, boas práticas de manejo na piscicultura, reprodução e larvicultura de peixes com ênfase em tambaqui e matrinxã

Agno Nonato Serrão Acioli, Universidade Federal do Amazonas Instituto Natureza e Cultura Colegiado do Curso Licenciatura em Ciências Agrárias e Ambientais

Doutorado e Mestrado em Ciências Biológicas (área de concentração em Entomologia) pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, 2007 e 2001, respectivamente. Graduado em Agronomia pela Universidade Federal do Amazonas, 1998. Atualmente é professor do Curso de Ciências Agrágrias e do Ambiente do Instituto de Natureza e Cultura/Universidade Federal do Amazonas (INC/UFAM) no Município de Benjamin Constant, Amazonas. Desde a graduação trabalha com invertebrados terrestres em ecossistemas amazônicos. Mestrado e doutorado com ênfase em ecologia e taxonomia de cupins sem soldados (Isoptera: Termitidae: Apicotermitinae).

José de Ribamar da Silva Nunes, Universidade Federal do Amazonas Instituto Natureza e Cultura Colegiado do Curso Licenciatura em Ciências Agrárias e Ambientais

Técnico de nível superior em Biotecnologia e possui graduação em Zootecnia pela Universidade Federal do Amazonas, Especialista em Biotecnologia e mestrando pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz-ESALQ/USP. Atualmente é Professor auxilar I do curso de Ciências Agrárias e do Ambiente da Universidade Federal do Amazonas, Unidade de Benjamin Constant, onde ministra as disciplinas de Tópicos de Produção Animal I, Topicos de Produção Animal II, Construções Rurais, Beneficiamento de Produtos Agropecuários e Fundamentos de Matemática e Estatística. Tem experiência na área de Zootecnia, com ênfase em Biotecnologia Aplicada a Produção Animal.

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Publicado

2017-04-03